Naquela noite, algo estava diferente no ar. Desde que aumentei a segurança ao redor da mansão, Helena parecia mais inquieta. Caminhava pela casa como uma leoa enjaulada, os olhos azuis faiscando raiva cada vez que via um dos seguranças posicionados nas varandas, nos corredores, até mesmo perto do quarto. — Você transformou essa casa em uma prisão — ela disparou, com o tom cortante como uma lâmina afiada. — E você tem se comportado como alguém que precisa de grades — respondi, me aproximando devagar, encurtando a distância até que o ar entre nós se tornasse puro veneno. Ela cruzou os braços, desafiadora. — Eu sou sua esposa ou sua prisioneira, Nicolas? — As duas coisas — soltei, seco. Helena arfou, surpresa. Mas não recuou. A maldita coragem dela me instigava mais do que qualquer out

