Adeus, Helena.

1003 Words

Ela desceu as escadas em silêncio, carregando uma pequena mala na mão e os olhos inchados, como se tivesse chorado a madrugada inteira. Eu estava sentado no mesmo sofá onde passei as últimas horas, olhando fixamente para o nada, escutando cada passo dela como se fosse um prego cravando no meu peito. Ela não disse uma palavra. Nenhuma. Só me olhou por um segundo. Um olhar rápido, seco, que parecia pesar anos e promessas sobre os meus ombros. Eu não reagi. Não levantei, não pedi pra ela ficar, não chorei na frente dela. Eu só fechei as mãos com força, tentando conter a vontade de gritar. E então, Helena passou pela porta. Foi assim que acabou. A casa ficou vazia de novo, mas agora era diferente. Não era um vazio de espaço — era um vazio de alma. Eu ouvia o silêncio e ele gritava o nome de

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