Tudo começou com um maldito evento de gala. Era beneficente, com políticos, empresários, investidores. Eu não podia faltar. E, por mais que eu soubesse que estar ali exporia Helena aos olhos famintos de homens que não mereciam nem respirar o mesmo ar que ela, eu a levei. Orgulhoso. Arrogante. Como se mostrar para o mundo que ela era minha fosse suficiente para afastá-los. Doce ilusão. Ela desceu as escadas da nossa casa usando um vestido azul-marinho justo, que delineava cada curva do seu corpo como uma segunda pele. O decote era delicado, mas matador. Os cabelos soltos, ondulados, caíam como ouro líquido sobre os ombros. E os olhos… os olhos estavam mais brilhantes do que nunca. Eu fiquei paralisado. Sentia a respiração pesada, o coração acelerado como se estivesse prestes a perder o c

