Preso

1285 Words

Naquela noite, o silêncio dentro de casa era tão denso que parecia que até as paredes estavam segurando o fôlego. Helena estava no quarto, de costas pra mim, a luz do abajur jogando sombras no contorno do seu corpo. Eu estava parado na porta, observando sem saber o que fazer. Pela primeira vez em anos… eu não sabia como resolver algo. — Você vai continuar aí me olhando? — ela disse, sem se virar. Dei um passo. Meu coração batia pesado, como se soubesse que algo estava prestes a mudar para sempre. — Eu não posso te perder, Helena. Ela riu. Um riso sem alegria nenhuma. — Você não pode perder o que nunca teve de verdade, Nicolas. Aquilo me doeu mais que qualquer tiro, qualquer golpe, qualquer traição. — Eu te amo — insisti. — Do meu jeito torto, doente, do jeito que eu aprendi a amar…

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