As manhãs na ilha começaram a ganhar um ritmo só nosso. Helena despertava antes de mim quase todos os dias, e eu acordava ao som dos pés dela descalços contra o assoalho de madeira da casa, o cheiro do café fresco invadindo o quarto, e o canto dos pássaros se misturando à brisa salgada que entrava pelas janelas abertas. Quando eu saía do quarto, encontrava ela de vestido leve, cabelo preso de qualquer jeito, os pés sujos de areia, o rosto sereno — e nenhuma imagem no mundo me parecia mais bonita do que aquela. — Dorminhoco — ela dizia, sorrindo de canto, servindo o café. — Achei que ia perder o nascer do sol de novo. — Não perco nada que envolva você — respondi, abraçando ela por trás, sentindo seu cheiro, o calor da pele dela. — Mas o sol tem mesmo o direito de competir com a minha mul

