capítulo 03

1060 Words
Bruna Narrando. _ Volta para o morro é um desafio para me, sair do morro indo para casa das minhas tias lá e Brasília, pensei que lá eu iria viver uma coisa diferente, que eu iria me sentir bem lá, mas ao contrário, me sentir toda estranha, uma das minhas tias são lésbicas, e foi justamente na casa de quem eu fiquei, não tenho preconceito, ao contrário vivo super bem com isso, só que a mulher dela ficava-me olhando de um jeito estranho, agora estou voltando, eu moro com a minha prima, a minha mãe faleceu a alguns anos atrás. . Ligação on . _ Pego meu celular e disco o número da maluca da minha prima a Daiane, ela trabalha e é uma pessoa super tranquila. . Daiane _ fala p*****a? _ falou toda animada com o seu jeito de sempre. Bruna _ estou voltando, vem me buscar na rodoviária, daqui trinta minutos estou chegando _ falo sinica, ela nem sonhava que eu estava voltando para o rio de Janeiro. Daiane _ como assim voltando? Você nem me avisou nada _ falou toda confusa. Bruna _ sim, estou voltando agora corre para a rodoviária, por que eu não quero ficar esperando não _ falo aparentemente chateada. Daiane _ o seu r**o* já já tô chegando lá, eu só queria ver se eu não tivesse de folga hoje _ falou ofegante. Bruna _ eu sei os seus dias de folga se esqueceu, agora não demora, tchau _ falo e Desligo. Ligação off! . _ Sentir o ar do rio de Janeiro é diferente, parece que eu estou em um outro país, eu não quero ir passar tanto tempo né Brasília tão cedo, só se for três dias no máximo(...) não demorou muito eu chego na rodoviária, a louca da Daiane já está lá me esperando. . Daiane _ que saudade de você piranh@ safadon@ _ falou batendo na minha bund@ . Bruna _ também. Sentir mow saudade de você _ falo abraçando ela. Daiane _ agora vamos, chega e casa eu quero saber de tudo, tudo mesmo _ falou me ajudando com as malas. _ Entramos no uber e ele deu partida para o morro do Vindigal, minha verdadeira casa, depois de longos minutos já estamos de frente, o motorista parou o carro e eu já entendi tudo. . Motorista _ Desculpa senhora, eu não posso passar daqui _ falou um senhor com os cabelos grisalhos olhando para nós. Bruna _ não tem problemas, quanto deu? _ pergunto simpática. Motoristas _ Cinquenta e cinco reais _ falou mostrando o celular para nós onde mostra o valor exato. Bruna _ pode ficar com o troco, muito obrigado _ falo entregando sessenta reais a ele. Motorista _ muito obrigada _ falou dando um sorriso de lado. _ Descemos do carro pegando a mala e quando fomos subir sair um monte de homens armados não sei de onde é para na nossa frente, sinceramente eu não entendi nada direito. . Daiane _ tá doidos meninos, quer matar nós do coração, abaixa isso _ falou Daiane com a sua boca grande e colocando a mão no coração. Vapor _ não dá não, ordem do patrão, se alguém tenta subir o morro que não seja moradora é pra ser barrada _ falou todo sério. Daiane _ tá doido boca, essa aqui é a Bruna a minha prima a que mora comigo _ falou sem entender. Boca _ ela tá diferente pra caralh0, mesmo assim Daiane não dá não, já tem mais de uns anos que essa mina se saiu daqui, eu preciso anunciar ao patrão que tem gente nova querendo entra no morro _ falou todo sério ajeitando a fuzil. Bruna _ então liga para o seu patrão aí _ falo já perdendo a paciência, detesto que me faça de b***a, fui nascida e criada nessa favela, agora tá com essa palhaçada. Boca _ aciona ele no radinho aí Rodo _ falou com um outro vapor. . Bruna _ era só o que me faltava uma coisa dessa _ falo já sem paciência. Daiane _ relaxa aí Bruna, já já nos tá e casa, eu que não sabia dessa nova regra do morro, se não já teria ido falar com ele _ falou se encostando na parede. _ Eu só faço fazer um bico enorme, que coisa Ridícula isso, graça a Deus o sol não tá tão quente, por que se não eu tava fudid@ além de tudo esse tão patrão não vai chegar não é, eu detesto espera, depois de longos minutos chega dois caras né uma moto, eu olho para eles e tiro a Vista, não gosto de me envolver com bandido. Mas o que está na garupa é uma delícia. . Boca _ ali patrão, a Daiane com a prima, pelo fato da prima dela ter saído daqui à una cota eu preferi chamar o senhor _ falou com o cara da garupa e apontando para nós, ele desce da moto e vem até nós. NANO _ qual o teu nome garota? _ perguntou sério. Bruna _ Bruna _ falo de braços cruzados. NANO _ tá voltando para o morro por que mesmo, já que você se saiu daqui tem uma cota? _ perguntou todo marento. Bruna _ não me adaptei lá não, então resolvi volta _ falo olhando pra ele, fui feita de uma mulher e um homem, não vou baixar a cabeça pra ninguém. NANO _ abaixa o queixo que aqui você não tá falando com as suas amigas _ falou-me olhando de cara feia. Bruna _ não tô com queixo empinando não, só tô le falando a verdade e olhando nos seus olhos para você ter certeza que não estou mentindo _ falou já perdendo a minha paciência, homem nojento do caralh0. NANO _ falar direito comigo caralh0, se eu sonha que está mentindo eu dou um tiro no meio da sua cara, tá libera e cuidado no proceder, por que tô doido pra levar alguém no matagal _ falou apontando o dedo na minha cara. Bruna _ obrigado _ falo pegando a minha mala e saindo dali. _ Vontade manda ele se lascar isso sim, ele tá achando que é quem pra falar comigo desse jeito, só porque ele é dono do morro, comigo não rola isso não, pra me ele é como qualquer outra pessoa aqui dentro.
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