Capítulo 2

1301 Words
Ester Como me concentrar com a paisagem, se esse rapaz que está sentado do meu lado não para de reclamar no celular. — Reviro os olhos e respiro fundo. — Ai Jesus me dê paciência... — Murmurei baixinho ainda bem que ele não me ouviu. — Meu Thiago o meu carro novo...Sabe o que é isso cara novoooo, acabou de quebrar no meio da rua e eu tive que pegar um ônibus todo quebrado, caindo aos pedaços. — Disse o rapaz que está sentado do meu lado no celular todo bravo. O que tem demais andar de ônibus? Eu pensei e revirei os olhos estou tentando me segurar pra não acabar dizendo poucas e boas pra esse menino. Será que ele não vê que tem gente que chegou cansado do trabalho e ele fica fazendo o maior auê, como se estivesse em qualquer outro lugar. Olha eu acho que os Pais dele não deram educação pra ele e se deram ele não aprendeu... — Mano já falei só to indo pra essa balada por causa da Safira, cara hoje tudo deu errado pra mim. Meu carro que quebra, meus pais viajaram sem falar comigo e amanhã ter que ir para a faculdade e ainda por cima eu nem fiz o trabalho que me pediram pra fazer da faculdade. Se não fosse pela Safira eu nem estaria indo pra essa Balada, mais fazer o que cara pra ela eu abro até uma excessão.... AH QUE d***a!! Ele gritou e eu tomei um susto, todo mundo se virou pra olhar pra ele e pra mim e eu fiquei super sem graça, me virei rápido pra janela como se eu não o conhecesse e ele está agindo como se não estivesse nem ai para as pessoas. Mais confesso que tá me dando um pouco se dó dele. Coitado eu acho que ele precisa de ajuda, ele acabou de dizer que tudo deu errado pra ele, mais como eu posso o ajudar? — Eu fiquei pensando e me virei pra falar com ele. — Desculpe moço atrapalhar, mais aconteceu algo? — O meu celular descarregou. — Ele disse me mostrando o celular desligado. — Por favor que horas são? — Ele olhou para o meu pulso que tinha um relógio de cor roxa. Eu olhei para o relógio em meu braço e falei as horas pra ele. — Agora são 22:30 pm. — E dei um sorriso pra mostrar que eu era simpática. Quem sabe isso não o ajudasse. É pela cara dele eu acho que não. — Valeu. — Eu tento ser legal pra pessoa virar pra mim e me dizer "Valeu"? Ele tirou os óculos colocando na sua jaqueta preta e se virou pra olhar pra mim, confesso que sem os óculos até que ele é bonitinho. Ei Ester o que você ta pensando? Voltei em si e prestei atenção ao que ele ia me dizer. — É... você sabe se a balada psy fica muito longe daqui? — Ah desculpa mais eu não frequento baladas. — Eu respondi um pouco sem graça. — Não sabe o que perde! Mocinha... — Ele disse revirando os olhos. Eu respirei fundo pra não ser grossa. — Me chamo Ester e eu não tenho nada a perder, porque tudo o que eu quero eu já tenho. É não deu pra não ser grossa com ele, até parece que eu tenho cara de baladeira né? Por favor me poupe. — Tipo o que? — Ele levantou uma sobrancelha fixando os seus olhos pretos em mim. Eu não pensei duas vezes e o respondi dando um sorriso sem graça pra ele. — Tipo Deus. — Lá vem outra crente. — Ele levantou a cabeça e começou a rir com um ar de zombação. Pra que eu fui querer ajudar esse menino? De verdade isso que da eu querer ser boazinha, antes eu tivesse mudado de lugar, olha quantas cadeiras vazias... Eu olhei bem séria pra ele e de verdade eu não tava achando graça nenhuma. — Você deveria buscar ir frequentar uma igreja um dia e tirar todo esse preconceito. — Não, não muito obrigado eu já estou ocupado demais. Eu o encarei e franzi a testa. — Indo pra baladas? — Sim indo pra baladas. — Ele sorriu. — Com licença. O ônibus parou a porta se abriu e ele desceu as escadas e a porta se fechou e eu me virei e fiquei ali olhando pra janela e comecei a falar com Deus em meus pensamentos. "Ah Senhor se esses jovens soubesse o quão maravilhoso é te servir agora não estariam indo para esses lugares que te afastam deles". Peguei a minha bolsa e me levantei dei o sinal para o motorista parar a porta se abriu e desci do ônibus, andei até a minha casa abri a minha bolsa e peguei as minhas chaves e entrei. — Oi filha chegou? — Disse a minha mãe com uma vassoura na mão varrendo a casa e parou pra olhar pra mim. — Sim mãe. — Eu me aproximei e dei um beijo no rosto dela. — E como foi hoje na escolinha? Coloquei a minha bolsa no sofá me sentei e comecei a falar. — Começou com o Pietro que estava bravo com o coleguinha dele e eu chamei ele de canto e falei pra ele que Jesus não se alegrava disso e depois os dois estavam brincando e fizeram até a atividade juntos. — Que maravilha minha filha me da aqui a sua bolsa. — Ela pegou a bolsa da minha mão. — E vai tomar um banho porque o jantar já ta pronto. — Ai muito obrigada mamãe minha barriga ta roncando tanto. — Eu disse com as duas mãos na barriga fazendo careta. Ela olhou pra mim e começou a rir e eu me levantei do sofá, subi as escadas e fui tomar um banho. ~//~//~ Depois do banho eu coloquei a minha roupa e desci as escadas indo pra cozinha. - Mãe você viu o meu celular por ai? - Eu coloquei pra carregar ta lá na estante. - Disse ela com os pratos na mão colocando na mesa. - Obrigada! Eu fui até a estante e peguei o meu celular desbloquiei a tela dele e vi que tinha uma mensagem pra mim e abri a mensagem pra ler. Mensagem: "Oie amiga é a Rute cheguei bem em casa, não se esqueça que amanhã vamos começar a faculdade de direito juntas e eu to muito ansiosa. Fica com Deus." Eu dei um sorriso e coloquei o celular na estante de novo e minha mãe me chamou. — Vem filha o jantar está pronto. — To indo mãe, a Rute me mandou mensagem falando da faculdade. — Que maravilha. Vai dar tudo certo filha pra vocês duas, vou estar orando por vocês. — Muito obrigada mãe. — Me sento na cadeira e apoio a minha mão na mesa esperando a minha mãe sentar pra gente orar e jantar. — Agora vamos agradecer o alimento. — Ela disse se sentando. — Sim. — Faça a oração hoje filha, pode ser? — Tudo bem vamos fechar os nossos olhos. Senhor Jesus muito obrigada pelo dia de hoje e por esse alimento que tem nos proporcionado e nunca deixado faltar. Que sempre venha se multiplicar, nas nossas vidas e na vida daqueles que precisam. Em nome de Jesus amém. — Amém. — Nossa mãe tem batata frita. — Claro não pode faltar. — Eu realmente tenho a melhor mãe do mundo. — E eu a melhor filha do mundo. Agora vamos comer que eu não sou de ferro. — Sim vamos. — Eu disse sorrindo. Narrador Depois de comerem as duas lavaram a louça e Ester foi pro seu quarto leu a bíblia, orou e dormiu. Continua...
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