Capítulo 3

1929 Words
Ester 05:30 am. Nossa to tão dolorida... Já me levantei da cama desligando o despertador e jogando a coberta pro lado toda sonâmbula, mais eu preciso ser mais forte que a minha vontade de querer ficar na cama. Ai meu Deus me ajuda a levantar to com tanto sono, se não eu vou perder a faculdade hoje. — Eu disse andando em direção da tomada pra tirar o meu celular do carregador. Abro bem os meus olhos me sento um pouco na cama e pego os meus óculos e os coloco, depois de melhorar um pouco do sono eu me levanto e arrumo a minha cama, coloco as minhas pantufas de panda e vou até o banheiro. Abro a porta do banheiro e entro para usar, ligo o chuveiro tiro a minha roupa e tomo um banho quente, depois me seco com a toalha e coloco os meus óculos que estava em cima da pia, aproveito e escovo os meus dentes, dou uma última olhada no espelho e saio do banheiro, coloco uma roupa bem simples, na verdade a primeira que eu vejo no guarda-roupa, me ajoelho de frente da minha cama e começo a orar agradecendo a Deus por mais um dia de vida. Término a minha oração e pego a minha bíblia pra ler e depois de ler o versículo eu fecho a minha bíblia e coloco na minha bolsa junto com os meus livros da faculdade. Parece que nunca vai acabar, mais calma ainda falta o meu cabelo. Amarrei o meu cabelo, fiz um r**o de cavalo nele. Por último coloco o meu tênis all star que está bem gasto, pego a minha bolsa e desço as escadas pra tomar o café da manhã. Vamos ver o que tem de bom. — Eu disse olhando pra mesa e minha mãe estava lavando os pratos de ontem a noite. — Bom dia minha querida. — Bom dia mãe eu vim ver o que tem de bom pra mim comer. — Então senta ai e tome o seu café. Eu olhei pra mesa e me sentei na cadeira. Hum...Suco de laranja e torradas! Ótimo. Ai meu Deus como será hoje na faculdade, só de pensar já me da um frio na barriga. Espero fazer muitos amigos lá e traze-los pra igreja. Terminei de comer e peguei a minha bolsa dei tchau pra minha mãe e fui pro ponto de ônibus...Entro no ônibus e depois de alguns minutos eu chego na faculdade T.N.I. uma das faculdades mais importantes de todo o País. De longe eu ouço um grito e me viro rápido pra olhar assustada. — ESTER!!! Alguém gritou o meu nome. Me viro pra olhar e era Rute. Tinha que ser essa doida, todo mundo parou pra olhar quem ela tava chamando. A Rute veio correndo toda alegre na minha direção e tinha um monte de livros na mão. Foi tudo tão depressa a Rute não olhou pro lado e se esbarrou com um menino de cabelos pretos e caiu no chão derrubando todos os seus livros. Coitada! Ele estendeu as mãos para ela pegou os livros que estava no chão e entregou pra ela. Eu comecei a correr na sua direção pra ajudá-la e vê se ela tava bem e quando cheguei perto dela o menino saiu. — Você está bem Rute? — Eu olhei preocupada. Ela deu um longo suspiro. — Rute? — Eu cutuquei o braço dela. — Estou nas nuvens. — Ela disse girando com os livros na mão com cara de boba. Eu olhei pra ela querendo rir tava muito engraçado. — Ahn? Coloquei as mãos na testa de Rute e tirei a mão. — Não está com febre é loucura mesmo. — Não aguentei e comecei a rir. — Enfim o encontrei. — Ela me abraçou. — Ta falando o que doida? — Olhei confusa pra ela. — Dele. — Ela disse olhando pro menino que a ajudou. E eu me virei pra olhar pro menino e apontei pra ele. — Aquele cara? E ela bateu na minha mão. — Que foi? — Eu disse séria. — Seja mais discreta. — Ela sussurrou segurando a minha mão e eu revirei os olhos e me virei pra olhar pro menino de volta. Não sei porque, mais eu sinto que essa cara dele não me é estranha. — Eu conheço ele de algum lugar... — Olhei pra ele pensativa. — Como? Quando? Onde? Pronto me lembrei o mimado do ônibus. — Ontem no ônibus, quando eu estava indo pra casa. — E nem me contou! — Ela levantou uma sobrancelha, cruzando os braços me olhando séria. — Ai Rute para de graça. Primeiro que nem lembrei dele e segundo que esse menino é um grosso só quer saber de baladas e essas coisas. — Nossa. — A expressão dela mudou e fez uma cara de decepcionada. — É nossa mesmo vai desencanando dele amiga. Vamos pra nossa sala! — Fazer o que né tão lindo. — Ela murmurou bem baixinho. — Tão lindo mais não tem Deus no coração. — Eu puxei Rute pelo braço e nós duas fomos pra sala de aula. Sentamos uma do lado da outra e pouco a pouco foi chegando os alunos. E nós duas ficamos vendo as pessoas que entravam na sala. Até que no final entrou o menino do ônibus e era o mesmo menino que ajudou a Rute agora a pouco e ele estava acompanhado com dois amigos. Ficaram na porta parados conversando. Até que entrou um Prof° e falou alto com eles chamando a atenção de toda sala. — Pedro, Thiago e André. Vamos entrar e sentar? Ou vão ficar aqui na porta de seguranças? — Calma Prof° Estávamos esperando o Sr. Chegar. — Disse Pedro apoiando a mão no ombro do Prof° Enquanto isso o André colocou uma folha de caderno escrito algo. "Me chute". Os meninos sentaram e Rute sussurrou algo para mim. Eu me virei pra olhá-lá estava indignada com a atitude dos meninos pareciam que estavam no prézinho. Nem as minhas crianças da escolinha são assim, graças a Deus. — É Pedro. — Disse Rute bem baixinho sorrindo pra mim. — Quem? — Eu olhei confusa pra ela. — O nome dele é Pedro. — Rute!!! — Olhei pra ela séria. — Meninas querem dividir a conversa com a turma? — Disse o Prof° chamando a nossa atenção e nos deixando com vergonha. — Não Prof° Desculpe atrapalhar. — Eu disse sem graça pra ele. Pedro começou a rir alto olhando pra mim e começou a falar algo. — A santinha tinha que se defender. Rute falou baixinho comigo. — Amiga eles estão olhando pra você o André e o Thiago. — Legal. — E eu nem fiz questão de virar o meu rosto pra olhar pra eles. O Pedro acabou ficando furioso. — Calem a boca seus moleques!!! — O Prof° Apontou o dedo para os três e a sala olhou pra ele de olhos arregalados. — Que maravilha o silêncio. Prevejo que vou gostar dessa turma. Deixem eu me apresentar eu sou o Prof° Robson e enquanto eu estiver aqui dentro não quero um pio. Saiu daquela porta pra fora, vocês podem berrar até perderem a fala. Mais entrou daquela porta pra dentro, não quero um pio. — Bateu o apagador na mesa. — Ah não ser que seja sobre o assunto da aula. Eu vou no estacionamento pegar minha bolsa e quando eu voltar estejam nos lugares de vocês. O Prof° saiu da sala e a folha das costas dele caiu. E o aluno que chegou atrasado pegou a folha amassou e jogou na lixeira e se sentou. Três meninas se levantaram do lugar e foram em direção da minha carteira e de Rute e uma delas estava com três convites na mão. — Olá me chamo Safira e essa é Ágata a minha amiga e eu vou dar uma festa e o tema é máscara vai ser na minha casa sábado a noite e queria convidar vocês. Não é da minha vontade convidar pessoas pobres e novatas, mais pra tudo tem uma excessão. A menina era ruiva e usava roupas chiques o seu nariz era todo empinado e ela falava com um ar arrogante e ela estendeu o convite e a menina que estava sentada na carteira da frente pegou e quando Rute ia pegar o convite eu fiz questão de recusar. E Ágata olhou furiosa para mim e Safira levantou a mão e Ágata deu um passo pra trás cruzando os braços bufando de raiva. — Desculpe mais não posso aceitar. — Porque? — Disse Safira chocada cruzando os braços me olhando. — Porque sábado a noite já tenho um compromisso. E Ágata falou apontando o dedo pra mim. — Se você soubesse quem nós somos, não negaria o convite. Rute disse baixinho. — Ester melhor pegar o convite só pra elas saírem. — Eu já falei que não vou e você melhor que ninguém deveria saber que eu não me envolvo nesses lugares Rute. — Disse bem alto. — Que compromisso é mais importante do que a minha festa? — Ela pegou o convite me mostrando. — Sabe queridinha, milhares de meninas dariam de tudo pra serem convidadas pra irem na minha festa. Pagariam altos valores pra poder entrar e você recusa. Porque tem um compromisso sei lá com quem. Eu me levantei e olhei nos olhos de Safira e disse respirando fundo. — Tenho certeza que se você e suas amigas soubessem pra onde eu vou cancelariam a sua festa e iriam pra lá também. Safira olhou pra mim chocada. — Que lugar é esse? Não me diga que é igreja. É o que faltava! — As duas começaram a rir e a sala toda atenta a nossa conversa. Eu fiquei séria e cruzei os braços. — Sim é na igreja. — E eu me virei pra todos da sala e comecei a falar alto. — E eu convido todos vocês. O Endereço: Rua das flores. N°175 e podem levar seus amigos, vai ser um encontro lindo de jovens às 19:30 da noite. E toda a sala começou a rir de mim e eu me virei pra olhar pra Rute que fez uma cara triste como se estivesse com vergonha de mim parecia que a Rute queria esconder a sua cara no chão. Menos o menino que chegou atrasado riu mim. E eu vi que o Pedro se levantou e ele ia falar algo pra mim, só que o menino que chegou atrasado foi mais rápido e cortou ele. — Eu irei com você! — Ele gritou pra todos ouvirem. E todos ficaram em silêncio. Eu olhei pro menino que tinha os cabelos dourados e encaracolados, sua voz era forte o seu rosto era sereno de olhos azuis bem clarinhos e ele tinha um sorriso encantador. Ele parecia com um anjo. Eu não sei o que me deu mais eu fui até a mesa dele ignorando aquelas meninas e todos e peguei o seu caderno e anotei o endereço da minha igreja. — Obrigada! — Eu disse baixinho sorrindo. — Eu que agradeço. — Ele respondeu e me sentei de volta no meu lugar me sentindo vitoriosa. Safira pegou o convite que estava na sua mão e o amassou o jogando no chão e um menino pegou o convite que ela jogou no chão pra ele e ela saiu dali com raiva e ódio de mim e foi se sentar no seu lugar. Continua...

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