A noite estava fria e silenciosa na Sardenha. O vento uivava do lado de fora, mas dentro do trailer, o ambiente estava carregado de uma tensão palpável. Arman estava ali, diante de Amapola, a mulher que ele soubera ser sua esposa, mas que ele nunca soubera de verdade. Amapola estava sem palavras, perdida na realidade de tudo o que acabara de descobrir. Ela se sentia como se o chão sob seus pés tivesse desaparecido, como se todas as certezas que ela tinha sobre si mesma fossem agora poeira, dissipando-se no ar.
Arman olhava para ela, seu rosto tenso e suas palavras pesadas, como se cada uma delas tivesse um peso insuportável.
— Então, você é minha esposa? — Arman perguntou, sua voz fria, mas com um toque de dor. — Mas você... mudou seu nome para me seduzir? Para depois ir embora? Por quê?
