Minhas pernas pareciam ter travado no lugar. O nome dele ressoava em minha mente como uma sentença de prisão: Adrian Monteiro. — Quem é Adrian Monteiro? — perguntei, com a voz embargada, mas tentando transmitir firmeza. Foi Lola quem respondeu, cruzando os braços e desenhando um sorriso irônico em seus lábios. — O cara que você dançou no colo há pouco. Não o garoto sorridente, o outro. fez uma pausa dramática, deixando o peso de suas palavras cair sob mim. — O poderoso. Aquele que não piscou um só segundo enquanto te observava. Senti o ar se tornar escasso, como se houvesse uma pressão invisível envolvendo minha garganta. O sangue deslizou frio pelas minhas veias, uma onda de aversão que me fez lembrar do olhar penetrante dele, da mão forte que me segurou quando tentei me desvincular,

