đź““ Isabela — A ClĂnica A clĂnica particular tinha aquele silĂŞncio frio que me deixava sempre em alerta. O cheiro de álcool impregnava atĂ© a pele, e a luz branca dos corredores parecia zombar de quem passava, revelando cada olheira, cada cansaço escondido. No balcĂŁo da recepção, entreguei os papĂ©is que o doutor tinha solicitado no dia anterior. A atendente, educada mas mecânica, conferiu tudo com os olhos rápidos. — Senhorita Duarte, o valor para os exames complementares Ă© esse aqui. — empurrou a folha em minha direção. Peguei a caneta e assinei sem nem piscar. O nĂşmero ali poderia me matar de susto, mas nĂŁo era maior do que o medo de perder a Sera. Puxei o cartĂŁo da bolsa e paguei, sentindo aquele aperto no peito que já era rotina. — Está confirmado. — a atendente disse. — Podem se dir

