Não faço confusão entre química e rostos desenhados em um mapa. Eu administro as situações. E, para minha surpresa, funciona. --- A porta se abre sem necessidade de anúncio. Ele é o único que possui esse passe livre, Adriel. — Intervenção, meu irmão. Adriel adentra o ambiente, com as mangas da camisa dobradas, riso fácil, exibindo aquele jeito despreocupado, como se tivesse nascido desafiando a gravidade. Quatro anos mais novo que eu, possui o mesmo corpo alto, mas sua mente parece de um planeta completamente diferente. — Hoje você me deve duas horas de vida após o jantar no fundo. — Como você define vida? — pergunto. — É sair da gaiola de vidro. Ir ao camarote do Aurora. Beber whisky, ouvir música, conhecer pessoas. Sem pauta, sem fotos, sem “senhor Monteiro” em cima de você. Olho

