capítulo 9

1326 Words

**Adrian — Continuação** Ao chegar ao meu apartamento, sou recebido por um hall que exala silêncio e modernidade, quase a ponto de ser impessoal. É o tipo de espaço onde cada passo ecoa, como se a própria arquitetura me lembrasse que eu estou sob sua autoridade. Passo o cartão magnético na fechadura e a porta se abre. Um silêncio absoluto. Sempre aquele silêncio. A primeira coisa que faço é retirar o relógio e deixá-lo em cima do aparador. Em seguida, tiro as roupas e os sapatos. O alívio não vem apenas pela liberdade do couro, mas pela simples constatação de que estou sozinho pois é nesse estado de solidão que consigo respirar sem a necessidade de ponderar cada palavra que digo. Dirijo-me ao banheiro. Faço o giro no registro, e a água jorra com vigor, espirrando contra o box de vidro

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