**Isabela **
Os primeiros raios de sol da manhã penetraram pela cortina, projetando sete faixas douradas que riscavam a sala como pinceladas em uma tela. A claridade foi suficiente para me acordar, mas não de um sono reparador; era um daqueles em que o corpo parece apagado, mas a mente continua turva. Eu ainda estava estendida no sofá, encolhida sob a manta, vestindo a mesma roupa do dia anterior. O celular vibrava incessantemente sobre a mesa, mas o som abafado me parecia tão distante e irrelevante.
— Isa… a voz suave da Sera se fez ouvir, mais perto do que eu esperava.
Abrindo os olhos repentinamente, meu coração disparou como se eu tivesse sido pega em flagrante. Sera estava lá, de pé, apoiada no braço do sofá. Seu rosto, ainda pálido, contrabalançava com um sorriso frágil que tentav
