Capítulo 03

1451 Words
Salvatore. Entro no prédio luxuoso, o som dos saltos batendo no chão, as paredes de vidro refletem o ambiente moderno, com móveis minimalistas e uma recepção movimentada por profissionais apressados. Subo a escada central, que parece flutuar no espaço amplo, e vou até o elevador. Os seguranças foram posicionadosde forma estratégica, confirmando que aqui não é apenas um lugar de trabalho comum. 5% dos funcionários daqui são contratados para cuidar dos contrabandos, e coletar informações sigilosas para a Darkspire, o que nos trás poder e reconhecimento, além de uma bia quantia de dinheiro para mim e para os meus subordinados. O restante trabalha em projetos legítimos, uma fachada impecável. Posso dizer que é o equilíbrio perfeito entre o caos e a ordem. As portas do elevador se abrem, e dois funcionários saem dela. Eles param de conversar assim que me vêem e me cumprimentam. Antes que a porta se feche, um garoto magro e alto surge apressado, ele tem o cabelo castanhos e algumas sardas espalhadas pelo rosto, possui olhos verdes que são escondidos por um óculos redondo. Ele segura de forma desajeitada vários papéis . — Senhora... — o garoto gagueja, me entregando um dos muitos papéis, suas mãs tremem, mostrando que é novo. — Precisa ver isso e assinar... — O que é isso? — Seguro o papel em minhas mãos, sem pressa alguma, o examinando com desinteresse. — É um contrato. — Engole em seco. Ele aponta para o papel em minhas mãos, tentando conter o tremor. — Tem haver com a última reunião sua com o CEO da TechNova, é para a parceria do nosso novo projeto, pediram urgência... — Você vai deixar isso na minha mesa, Davi. — Interrompo o garoto antes que ele volte a gaguejar, minha paciência começa a se esgotar com o ritmo lento da sua fala. — É David senhora. — ele ajusta os óculos estranhos no rosto com a ponta dos dedos finos e trêmulo, enquanto segura os papéis de uma forma desajeitada nos braços. — David — Sussurra, como se tivesse medo de me corrigir. — Quase acertei — Digo enquanto a porta do elevador se abre. Saio sem olhar para trás, deixando que os resmungos dele se percam no ar. Permito que David vá até o meu escritório e faça o que pedi, enquanto isso passo na sala de Anthony. ✯ — Tem ideia do quanto isso é perigoso? — Nesse momento estou reclamando com Anthony sobre a investigação, andando pra lá e pra cá com a mão na cintura. — O meu nome e de outros dois membros estão na maldita lista do FBI. — O que vai fazer? — Anthony pergunta sentado a cadeira enquanto gira uma caneta entre os dedos com habilidade, sua voz tem um tom de calma quase provocador. Me jogo já poltrona de couro vermelho que fica no canto da sala, é confortável, mas não o suficiente para aliviar o estresse que isso vem né causando. — Procurar e apagar qualquer coisa que relacione a Darkspire à mim. —Declaro, fechando os olhos por um instante, sentindo a pressão latejar nas têmporas. Ainda não são nem 10 horas da manhã, e o dia já parece uma eternidade. — Quero que você cuide daquelas encomendas para mim. Ele concorda. Anthony é meu braço direito, foi o homem de confiança de meu pai e agora é meu também. Ele é meu melhor hacker, além de ser ótimo em fechar negócios, é um dos maiores pilares que mantém a família Salvatore de pé. Sua pele é n***a, tem a postura séria com seus quase 1,90, ele exala uma aura se força que combina com sua eficácia. — Agora preciso ir. — Me levanto e vou até a porta, antes de sair viro-me uma última vez para Anthony. — Não sei o que seria de mim sem você. Anthony apenas assente, o olhar firme, mas há um brilho quase imperceptível em seus olhos. Fecho a porta atrás de mim, deixando-o para lidar com as tarefas que confiei a ele. Caminho em direção ao meu escritório, mantendo a postura firme e o ar de controle absoluto. Antes de entrar na sala, peço a minha secretária que mande trazer para mim um café amargo. Entro na sala espaçosa e sento-me na cadeira giratória, giro lentamente para a parede de vidro, lá embaixo o movimento da cidade se estende como um espetáculo vivo, mais a frente o mar se agita, em contraste com o céu nublado. Minha sala tem uma bela vista para o mar, a qual gosto de apreciar, no entanto, a única coisa — ou melhor, pessoa — que consigo ver claramente em minha mente é uma certa garçonete de cabelos loiros, Hazel Fllower. Penso em passar no café onde Hazel trabalha, mas eu poderia fazer melhor que isso, talvez tirar a noite para ir ao teatro, o problema é que não sei se Fllower se apresentará esta noite, porém, só há uma forma de descobrir. Giro novamente para a mesa, dessa vez sorrindo involuntariamente com a imagem de Hazel em minha mente. A imagem do decote escondido pelo avental velho também volta aos meus pensamentos, fico pensando nos momentos em que ela se inclinou o suficiente para que eu pudesse apreciar a visão que tive. Ouço batidas suaves na porta, dou a permissão para entrar e a porta é aberta lentamente, revelando aos poucos uma mulher esbelta, de quadris largos e bem definidos, ela usa uma saia social que marca toda a extensão de seu quadril, em suas mãos há uma bandeja com uma xícara de café. Ela se aproxima e põe a xícara a minha frente, quando se vira para ir embora Hazel desaparece de meus pensamentos, dando lugar aquela bela mulher a minha frente. — Ei, você — chamo, ela se vira para mim entrelaçando as mãos atrás do corpo me encarando com um olhar submisso. — Como você se chama? Ela pisca algumas vezes, como se estivesse confusa com a pergunta, noto que seus olhos são tão negros quanto os meus, e seu cabelo um loiro escuro, é longo e cai como uma cachoeira em seus ombros delicados. — Ivy, senhora. — Sua voz sai baixa, quase hesitante. É um tom rouco, do tipo que se usa em pornografia. — Você é nova aqui, certo? — Pergunto, apenas para ter certeza que tenho um bom motivo para não ter notado essa beldade a minha frente. — Quanto tempo? — Duas semanas, senhora. — Ela parece ficar nervosa com minhas perguntas, sua voz sai trêmula, hesitante. Sorrio maliciosamente, me levantando com a xícara de café em minhas mãos. Vou até ela novamente, sem desviar o olhar do seu. Me movo ao redor dela lentamente, observando-a como uma predadora prestes a devorar sua presa. Dou um gole pequeno, analisando cada detalhe de Ivy. A saia apertada, os sapatos que parecem caros demais para um assistente qualquer, o nervosismo que ela tenta mascarar com um sorriso educado. — E você está gostando? — Minha pergunta é casual, mas o peso da minha atenção sobre ela é claro. — Sim, senhora. — A resposta dela é firme, mas seus olhos parecem evitar os meus por instinto. — Interessante... — sorrio de canto. — Você namora? — Não... — Dessa vez ela soa como uma ratinha encurralada pelo gato. — Então... Posso lhe pedir um favor, não posso? — Ivy faz que sim com a cabeça, ela abre a boca por um instante mas nenhum som sai. Aproximo meu rosto de seu pescoço, inspirando o cheiro do perfume francês falso. — Venha até meu escritório quando for 16h, hoje você vai para casa comigo. — Sim senhora — Ela desvia o olhar do meu e desentrelaça as mãos. — Boa garota. — Digo, enquanto ela faz uma breve referência e sai pela porta. Hoje, eu terei uma nova diversão... Envio uma mensagem para Henry, pedindo que ele mande entregar a chave da cobertura que fica na Avenida de Las Luces. ✯ Os gemidos de Ivy ecoam pelo ar, freneticamente. Estamos ambas ofegantes, as costas dela arqueiam-se enquanto minha língua desliza lentamente dentro dela. — Melione — Sua voz falha, trêmula e incontrolável. Tiro a língua de dente da sua v****a, sentindo o gosto do vinho se misturar com o suco dela, sorrio de canto quando seus olhos escuros encontram os meus, e por um momento, por um breve momento, não enxergo Ivy naquela cama, eu vejo a silhueta de Hazel. — O que houve? — Ela parece notar a tensão que se forma em meu rosto, e para disfarçar, sorrio novamente, deslizando a língua pela sua barriga, subindo até seus s***s fartos, coloco um deles na boca. Ela arfa.
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