Louisa
Um casal veio em nossa direção, ambos eram muito elegantes e tinham um semblante gentil no rosto.
_A quanto tempo Sue. -Minha mãe abraçou a mulher loira elegante enquanto meu pai cumprimentava seu acompanhante. -Essa é a minha filha Louisa.
_Prazer em conhece-la Sra.Richards. -Disse estendendo minha mão para cumprimenta-la
_Não precisa de toda essa formalidade, pode me chamar apenas de Sue. -Apertou minha mão com um sorriso gentil no rosto. -Vejo que já conhece meu filho Franklin.
Apenas assenti com um sorriso no rosto. Logo todos estavam conversando aparentemente sobre negócios e projetos de parceria, tudo muito chato. Quando olhei em direção ao Frank o mesmo estava me olhando.
_Me daria a honra dessa dança? -Aproximou-se e segurou minha mão direita.
_Claro...
Enquanto caminhavamos para a pequena pista de dança eu podia sentir os olhos do meu pai sobre nós, mas com a minha mãe ao lado dele sei que ele não faria nada. Assim que chegamos ao meio da pista Frank colocou as mãos em minha cintura enquanto eu colocava as mãos delicadamente em seus ombros, em pouco tempo já estavamos nos balançando lentamente olhando nos olhos um do outro ao som de um violino. Ele com certeza era atraente, com seus olhos incrívelmente azuis e seu cabelo loiro penteado para trás com uma camada extra de gel.
_Então seus pais são Peter e Améia Parker? Agora entendi o que você quis dizer com a química ser de família...
_E os seus são Reed e Sue Richards, também explica a sua paixão por física Sr. Richards...
_O que mais você gosta de fazer?
_Bom, eu participo do clube de debates e de ginástica da escola e pretendo fazer teste para líder de torcida mês que vem.
_Uma ginasta inteligente quem diria...
_Nem toda garota que gosta de esportes é burra como uma porta como todos pensam Sr.Richards...
_Você parece ser uma caixinha de surpresas... -Ele me girou e quando retomamos para posição inicial estavamos ainda mais próximos e suas mãos haviam descido até o meu quadril, me pergunto quanto tempo minha mãe conseguiria manter o meu pai na dele.
_Acredite, eu sou... -Respondi com uma piscada de olho
Então percebi que ele estava olhando para a minha boca enquanto dava uma leve mordida em seu lábio inferior, Frank aproximou um pouco mais seu rosto do meu, já podia sentir sua respiração quente em meu rosto, involutariamente minhas mãos subiram até a sua nuca o que fez com que ele se aproximasse ainda mais... Meu coração estava a mil por hora, tenho certeza que as minhas mãos estão suando, mas é agora, vai rolar... Então finalmente ele quebrou a distância entre nossos lábios, parecia que não existia mais ninguém naquele salão, apenas eu e ele... É estranho beijar pela primeira vez, mas é como se eu soubesse exatamente o que fazer, seus lábios eram quentes e mácios e esse beijo com certeza foi incrível. Finalmente nos separamos por falta de ar, enquanto nossas testas ainda estavam encostadas eu dei um tímido sorriso e Frank me retribui do mesmo modo, só então caiu a ficha de que não estávamos sozinhos e pior ainda que meus pais estavam a poucos metros de nós, lentamente olhei em direção onde nossos pais estavam, minha mãe olhava em minha direção com as mão cobrindo a boca, meu pai também estava olhando para nós, mas ao contrário da minha mãe ele estava com uma expressão muito séria, o cenho franzido e apertando os lábios deixando sua boca como um linha, eu realmente podia ver a raiva em seus olhos enquanto meu avô apenas dava uns tapinhas em suas costas rindo muito. A única coisa que eu conseguia pensar era "Fudeu!"
Frank estava olhando na direção oposta, percebi que ele olhava para seus pais que estavam chamando ele, eles não pareciam surpresos ou bravos, só que estavam de saida.
_Preciso ir Lo... Nos vemos na escola... -Ele soltou as mãos da minha cintura e se despediu beijando as costas da minha mão.
Ok, o Frank foi embora agora eu preciso ir até os meus pais... Me virei na direção deles e vi que meu pai ainda estava com a mesma expressão no rosto, parecia que ele não havia nem piscado enquanto minha mãe parecia tentar acalma-lo, comecei a andar lentamente na direção deles, eu me sentia caminhando no corredor da morte, a cada passo que eu dava eu ficava cada vez mais tensa, já comecei até a rezar mentalmente "Mesmo que eu caminhe num vale de sombras não temerei m*l algum..." era o que se passava na minha cabeça seguido de vários "Fudeu, Fudeu de vez!". Quando finalmente estava frete a frente com os meus pais senti meu coração até parar de bater.
_Vamos embora. -Foi a única coisa que o meu pai disse dando as costas pra mim e pra miha mãe.
_To encrencada? -Perguntei olhando pra minha mãe.
_O que você acha?
_Merda...
Nos despedimos do meu avô e tio e fomos atrás do meu pai que a essa altura já deveria estar dentro do carro. O caminho inteiro foi de puro silêncio, meu pai olhava apenas para a estrada enquanto apertava o volante tão forte que o coitadinho só faltou sangrar, quando ele parou em um sinal vermelho minha mãe colocou a mão sobre a dele que estava no câmbio, mas ele m*l olhou para ela, apenas seguiu a viagem, isso só podia significar uma coisa, ele está extremamente puto e eu estou muito morta, fui o resto do caminho pensando no que estária escrito na minha lapide.
Quando finalmente chegamos em casa eu entrei de cabeça baixa, com o r**o entre as pernas com a maior cara de cachorro sem dono, meu pai ainda estava com uma expressão séria no rosto.
_Pai...
_Acho melhor você ir para o seu quarto Louisa. -Disse sentando-se no sofá afroxando a gravata.
Louisa? Nem quando eu quase coloquei fogo na casa tentando fritar um ovo ele me chamou de Louisa, tá agora eu estou me sentindo mal... Olhei pra minha mãe e ela apenas assentiu com um olhar de "Deixa que eu vou conversar com ele" então fui para o meu quarto como ele havia pedido. Enquanto trocava de roupa eu só conseguia pensar naquele beijo, foi muito bom, mas confeço que foi imprudente, eu m*l conheço ele e beijei ele na frente da minha família inteira, na frente do meu pai ciumento super protetor... Com certeza foi uma péssima decisão...