Snake Whisper

Tempo limite

Dizer que Sirius estava feliz em sair de casa provavelmente teria sido o eufemismo do ano. Harry tinha a crescente suspeita de que seu padrinho não estivesse do lado de fora desde o início de julho - sem contar com o pequeno resgate da casa de seus parentes - e isso aconteceu quase duas semanas atrás.

Então, ele realmente não podia culpá-lo por querer sair o mais rápido possível, embora isso tornasse um pouco mais difícil explicar que ele realmente deveria aplicar alguns encantos de glamour antes de mudar para sua forma de cachorro.

Eles saíram da casa, m*l conseguindo passar pela cozinha, onde a maior preocupação deles - a sra. Weasley - estava com frequência preparando uma refeição. Felizmente, ela estava muito ocupada gritando com alguém chamado 'Mundungus' para notar qualquer outra coisa, então eles passaram despercebidos.

Como a casa estava localizada em algum bairro trouxa, eles não tiveram problemas, pois apareceram do nada, caminhando pela estrada para uma parte mais populosa da Londres trouxa.

Eles andaram por um tempo e Harry se divertiu assistindo Sirius, que perseguia com entusiasmo gatos e pombas, correndo em volta de seu afilhado e latindo alegremente para alguns pedestres, que saltaram antes de atravessar abruptamente a rua. Bem, seu padrinho certamente não era um cachorro pequeno.

Ainda assim, quando as ruas ficaram mais movimentadas - afinal, era uma tarde quente de quarta-feira - Sirius voltou ao seu lado, andando obedientemente ao lado dele por um tempo, enquanto Harry olhava em volta.

Realmente, apesar de ter sido criado por trouxas, já que os trouxas eram os Dursleys, ele nunca foi capaz de andar livremente por nenhuma cidade trouxa e isso foi bastante interessante. Embora depois de quatro anos de Hogwarts, ele já tivesse certeza de que a parte não mágica do mundo continha menos maravilhas para ele considerar ficar. Seu lugar era com os magos.

Ainda era muito bom poder atravessar uma multidão onde ninguém o encarava. Ninguém sabia o nome dele, o passado ou os pais. Ninguém esperava nada dele, exceto se comportar como uma criança de quinze anos. Não foi tão r**m.

Depois de um tempo, ele encontrou um pequeno café em algum canto que parecia agradável e não muito ocupado.

"Ei, que tal uma bebida?" ele perguntou, virando-se para Sirius, que latia em aprovação. Eles entraram em um beco escuro onde Sirius poderia voltar, antes de entrar naquele café, sentando-se em uma bela e pequena mesa fora da loja, perto da rua.

Era ... estranho, de alguma forma, sentar-se com seu padrinho - que era considerado assassino em massa por bruxos e trouxas - em uma mesa, entre trouxas, apenas aproveitando o bom tempo.

Os encantos glamourosos mudaram um pouco o rosto de Sirius, assim como o cabelo e a cor dos olhos, que eram de alguma forma irritantes, mas necessários para sua segurança, então Harry não comentou. Em vez disso, iniciaram uma conversa sobre isso e aquilo, acompanhando os aspectos mais triviais de suas vidas enquanto pediam bebidas e bolos. Embora realmente não houvesse muitas coisas triviais que aconteciam com eles.

Eles tinham acabado de pegar suas bebidas quando Sirius notou alguma coisa.

"Diga, filhote ... desde quando você usa pulseiras?" ele perguntou, franzindo a testa. Harry decidiu usar e mantê-lo ativado o tempo todo antes de pedir ao padrinho para sair, para que ele não pudesse mais ser rastreado por ninguém, mas ele pensou que Sirius já havia percebido isso antes e simplesmente optou por não comentar. .

Ele encolheu os ombros. "Na verdade, não. Na verdade, esse é diferente. Isso me impede de ser rastreado. Nem mesmo Voldemort deve ser capaz de me encontrar com um feitiço agora."

As sobrancelhas de Sirius se ergueram. "Onde você conseguiu algo tão poderoso?" ele perguntou, definitivamente curioso agora. "Tenho certeza que você não o usou quando Remus e eu pegamos você de seus parentes."

"Bem ... essa é realmente uma história complicada ..." Harry pensou por um momento se era seguro contar ao padrinho, antes de se dar um t**a mental. Honestamente, ele precisava parar com aquela coisa de desconfiança, ou isso criaria um hábito. E embora não fosse um mau hábito, ele realmente não via razão para temer que Sirius de todas as pessoas contasse a alguém seus segredos ou qualquer coisa.

Então, ele contou o que aconteceu mais cedo naquele dia e como concluiu que o bracelete não foi amaldiçoado, mas provavelmente realmente útil.

O que terminou com um Sirius carrancudo. "Você confiou no Monstro? E se ele o tivesse levado a uma armadilha ou algo assim?"

Harry suspirou. Ele sabia que poderia ser tão teimoso quanto seu padrinho agora, mas eles realmente tentaram parar com isso e pensar de maneira mais lógica. "Olha, Monstro não é tão r**m quanto você pensa. Claro, ele praticamente adora sua mãe e está um pouco desagradável, mas fora isso, ele está bem. Ele sempre insulta a todos porque é isso que ele foi ensinado a fazer Tente ser mais gentil com ele e ele vai parar. "

"Você tem certeza? Ele me odeia há décadas!" Sirius murmurou, claramente não querendo fazer nada a respeito, mas ainda assim pelo menos meio caminho aberto para aconselhamento.

"Bem ... tente dar a ele coisas que ele gosta. Você disse que ele adorava seu irmão, certo? Apenas dê a ele um pouco das coisas antigas de Regulus que você quer jogar de qualquer maneira. Seria fora do caminho e Monstro seria feliz. Isso não mata dois coelhos com uma cajadada só? "

Seu padrinho resmungou algo baixinho.

"Perdão?"

"Eu disse que vou tentar ok? Mas, honestamente, eu não sei o que você vê naquele maldito-"

"Sirius! Sem mais xingamentos, está bem?" Harry tentou parecer reprovador, mas parecia divertir seu padrinho mais do que qualquer coisa.

"Tudo bem, tudo bem ... cara, você é pior que o Moony."

Sirius se recostou na cadeira, passando a mão pelos cabelos de cores erradas.

"Então ... como vão as suas tarefas?" ele se perguntou em voz alta, mudando o assunto de maneira não sutil e confundindo Harry por um segundo antes de se lembrar da desculpa que havia usado para escapar de todo o frenesim da limpeza. Mas ele imaginou que poderia ser honesto com seu padrinho mais uma vez.

"Estou treinando desde meados de julho. Foi a primeira coisa que fiz depois que Shiva abriu meus olhos".

"Shiva?" Sirius perguntou, franzindo a testa novamente.

"Ah, você a conheceu na semana passada, no dia em que me trouxe aqui", explicou Harry, sorrindo levemente quando o padrinho entendeu.

"Sua cobra de estimação ... Como é que você conseguiu uma cobra afinal?"

"Bem ... foi algum tipo de acidente na verdade. Ela meio que se perdeu e aterrissou no jardim da frente dos Dursley, onde eu a encontrei. Ela é bastante inteligente. "

Ele deixou de fora a parte com a mãe de Shiva - que ele ainda não conhecia - e que ela havia lhe dito que estava lá para protegê-lo. Não havia necessidade de deixar seu padrinho ainda mais desconfiado, já que já era de se surpreender que ele não tivesse nada contra a própria cobra.

Mas essa explicação pareceu boa para Sirius, pois ele apenas balançou a cabeça com um sorriso. "d***a, você é um filhote maluco."

"Não é tão maluco quanto se tornar um animago para andar com um lobisomem nas dependências da escola", Harry respondeu e seu padrinho riu.

"Realmente... Então, o que você está fazendo, se não a lição de casa? Lendo de novo?"

Harry assentiu. "Bastante, na verdade. Sua biblioteca de família é incrível!"

"Quais tópicos?"

"Bem ..." Havia o problema agora ... ele não estava exatamente lendo os livros que estavam lendo no momento. "Isso e aquilo..."

Mas Sirius continuou, provavelmente achando que não era algo normal. "Por exemplo?"

"Uh ... magia de sangue?"

Os olhos de Sirius se arregalaram. " Harry ! Isso é seriamente magia n***a, espero que você saiba disso?"

"Sim, eu não sou i****a, eu sei onde ficam os livros. Mas não é como se eu quisesse usar esse conhecimento agora. Eu só quero saber como Voldemort conseguiu esse ritual de ressurreição, talvez encontre uma falha ou algo assim ... quer dizer, minha mãe morreu enquanto me protegia ... depois do que até me tocar machucou Voldemort! Sem mencionar todas as malditas enfermarias ao redor da casa dos meus parentes, que são a razão pela qual eu preciso voltar para elas. Quero saber como não pode ser uma coisa r**m ".

Eles se entreolharam por um tempo, antes que Sirius assentisse lentamente. "Tudo bem. Eu acho que é compreensível. Apenas tenha cuidado. As Artes das Trevas são perigosas e você precisa de um autocontrole poderoso para resistir à sua atração. Nunca se deixe controlar por isso, está ouvindo?"

Havia um brilho nos olhos de Sirius que mostrou a Harry que seu padrinho havia aprendido essa lição uma vez. O que não foi tão surpreendente, considerando onde ele cresceu. Ele pode ter se rebelado contra sua educação, mas até Harry sabia (a essa altura) que crianças de sangue puro tinham aulas especiais antes de irem a Hogwarts e provavelmente durante as férias de verão. E se a família era tão sombria quanto os Black pareciam ... certamente não eram apenas lições de escrita ou tradições de puro sangue ...

Então ele acenou para o padrinho apenas uma vez, antes de levar o assunto a algumas partes mais leves.

"Você sabe, Hermione também tem um novo projeto. Encontramos um livro de um de seus antepassados ​​que negava a existência de um 'nascido trouxa' e alegava que toda bruxa e mago tinha que ter pelo menos um bruxo na família."

Ele explicou o conteúdo e Sirius ficou pensativo por um tempo, antes de dar de ombros.

"Acho que seria uma possibilidade. Nunca soube muito sobre hereditariedade e outras coisas, mas conheço uma maneira fácil de testar se isso está correto".

Harry piscou. "Realmente?"

"Sim. É um pequeno ritual que toda criança de sangue puro é ensinada. Embora não seja exatamente fácil de executar e não seja muito divertido para a pessoa que a usa. Porque extrai sangue dessa pessoa para desenhar uma árvore genealógica com seus ancestrais. Quanto mais sangue fica, mais ancestrais mostra. Portanto, pode ser perigoso para a pessoa se for usada por muito tempo. E só mostra os pais de cada pessoa, sem irmãos ou qualquer coisa além da relação de sangue ", explicou Sirius, pensativo.

"Então ... se quisermos provar isso, Hermione poderia usar esse ritual para voltar algumas gerações - até onde ela se sentir confortável - e ver se há alguma família de sangue puro que conhecemos?" Harry perguntou.

"Basicamente, sim. Você precisaria de poções de reforço de sangue, é claro, por segurança, e um bruxo adulto, se algo der errado."

"Você faria isso por nós, certo ...?"

"... eu sabia que você perguntaria ... mas, oh, bem, não tenho nada melhor para fazer de qualquer maneira. Sirius sorriu. "Um pouco de aventura não pode ferir, certo? Não é de qualquer maneira perigoso ..."

Harry riu. Sim, esse era seu padrinho. Ele só esperava que a Sra. Weasley nunca descobrisse isso, ela iria enlouquecer.

"Obrigado, Sirius. Eu realmente espero que valha a pena ..."

"Não importa. E provavelmente será. Mesmo que essa teoria seja uma besteira, Hermione terá uma árvore genealógica, ou você, eu acho, se ela não quiser fazer isso, Lily também é nascida trouxa. só precisamos de um pouco de tempo para preparar as poções necessárias, para que possamos usar o fim de semana ".

"Poções ...?" Harry pensara inevitavelmente em Snape e em como ele nunca os ajudaria a fazer nada.

Como se sentisse seus pensamentos, Sirius revirou os olhos. "Oh, vamos lá, você não está realmente pensando em Snivellus, está? Para sua informação, eu fui um auror filhote. Você precisa de um NEWT em poções para isso ..."

Harry corou um pouco. "Certo, desculpe ..."

Felizmente, a garçonete finalmente chegou com seus bolos - desculpando-se por terem que esperar tanto tempo, mas o bolo tinha que ser feito primeiro - então eles comeram, ouvindo a atividade movimentada dos trouxas ao seu redor.

Como aquela mãe do outro lado da rua que apressadamente puxava uma criança chorando, claramente envergonhada pelo menino que estava fazendo uma pequena birra.

Ou o casal que estava sentado em outra mesa no café, flertando sem palavras entre si através de gestos e olhares ...

Sim, Harry gostava disso, de observar a vida cotidiana de alguns trouxas enquanto comia seu bolo surpreendentemente delicioso e aproveitava o sol. E o fato de seu padrinho estar com ele tornou tudo ainda melhor.

Sirius parecia pensar no mesmo, enquanto se espreguiçava feliz, parecendo que gostava do clima.

"Você não tem ideia do quanto eu senti falta disso ..."

Harry apenas sorriu divertido, embora já estivesse pensando em outra coisa. Ele realmente não queria abordar outro assunto sério tão cedo, mas eles tinham sua privacidade aqui e quem sabia quando eles poderiam conversar livremente?

Então ele ficou sério de novo, olhando para o padrinho. "Diga ... por que você nunca saiu lá fora? Quero dizer, claro, Dumbledore disse isso e tal, mas ... essa não pode ser a única razão, pode?"

Agora Sirius estava olhando para ele também, rindo secamente. "Acredite ou não, foi a única razão." Ele suspirou, olhando para as pessoas que passavam pela rua. "Você sabe, Dumbledore é realmente um bom falador. Ele sabe o que dizer para conseguir o que quer e como formulá-lo. Eu não acho que ele mente completamente para você, mas ele faz você pensar nas coisas do jeito que ele quer que você pense, usando o fato de que você confia nele para manipulá-lo. Ele me disse tudo que eu arriscaria se eu saísse.Como você ficaria sem mim novamente se eu fosse pego e tudo mais. Claro, ele mascarou isso como sendo preocupado - e talvez ele realmente estivesse -, mas ele me contou esses fatos como se não houvesse outra opção. E eu acreditei nele. Ele me convenceu completamente de que não havia nada que eu pudesse fazer. É assim que Dumbledore é. "

Harry olhou para o padrinho surpreso. Claro, sua lógica era impecável e quase igualava seus próprios pensamentos sobre esse assunto, mas ainda era difícil ouvir essas coisas de outra pessoa.

Apenas alguns meses antes, ele teria achado alguém com essa teoria louca e agora ele tinha tanta certeza disso... era quase assustador.

Mas havia algo mais o confundindo.

"Eu acho que você está absolutamente certo, mas ... como é que você, de todas as pessoas, pensou nisso tão profundamente? Sem ofensa, mas eu pensei que você ficaria... bravo com Dumbledore em vez de .. pensando logicamente sobre isso", ele murmurou cuidadosamente.

Sirius bufou. "Ei, nem sempre estou correndo para as coisas de frente!" Harry levantou uma sobrancelha. "Tudo bem ... talvez eu tenha dito a Moony e ele me disse seu ponto de vista ..." seu padrinho acrescentou resmungando.

Rindo levemente, Harry assentiu. Parecia mais isso, Remus parecia mais realista do que Sirius. Embora ele estivesse um pouco surpreso de qualquer maneira, ele sempre pensou Remus completamente sob o controle de Dumbledore.

Por outro lado, se ele pudesse ver os erros do velho - ainda que com uma pequena ajuda -, quase todo mundo poderia ver se isso lhe fosse explicado corretamente.

"Então ... você está me apoiando?" Harry finalmente perguntou depois de um momento silencioso, onde os dois comeram o resto de seus bolos e Sirius assentiu.

"Nós sempre apoiaremos você, filhote, lembre-se disso. Embora sugerimos não contar a todos, porque em momentos como esse precisamos de solidariedade. Não adianta antagonizar abertamente Dumbledore se Voldemort ainda estiver por aí. Nós podemos... não lhe dê mais possibilidades de atacar quando ele o fizer. "

Harry assentiu. Isso fazia sentido. Ele ainda tentava convencer Ron e Hermione, mas era isso. Ele veria o que poderia ser feito sobre Dumbledore, uma vez que Voldemort não era mais uma ameaça para todos.

Por enquanto, saber que havia pessoas que compartilhavam sua opinião era suficiente.

"Mas ... me promete uma coisa?"

Harry olhou interrogativamente para seu padrinho enquanto falava novamente.

"Se você quiser ir contra ele, diga-me. Eu tive uma semana para pensar em tudo e agora não tenho mais tanta certeza se foi apenas por azar que entrei em Azkaban sem um julgamento adequado."

Os olhos de Harry se arregalaram. Nenhum julgamento? Ele sabia que naquela época muitas pessoas não haviam sido julgadas, mas ninguém nunca havia questionado, mesmo depois que Dumbledore soube que Sirius era inocente ...

Mas seu padrinho ainda não havia terminado.

"Com certas medidas, tenho certeza de que poderíamos limpar meu nome e as pessoas do Ministério ficariam mais do que felizes com a sujeira do nome de Dumbledore. Você é o 'Garoto que Sobreviveu', mesmo que o desacredite agora poderia mudar tão facilmente. Só não apresse as coisas. "

Harry assentiu, sorrindo levemente, e quando eles se levantaram, finalmente decidindo voltar, ele abraçou seu padrinho. Realmente tinha sido uma boa ideia vir aqui.

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