O restante do dia na casa de Nicolas foi um verdadeiro show de horrores.
Ele não sabia como, mas Emily havia se transformado em um pequeno aparelho de bateria infinita que só sabia gritar.
E gritar.
E gritar mais um pouco.
Nada do que a médica havia recomendado parecia funcionar por muito tempo. Ele tentou a massagem, os movimentos de bicicleta, a posição de bruços, o banho morno… e, quando nada disso adiantou, apelou para os remédios. E eles até ajudaram. Por uma hora.
Depois disso, Emily começava tudo de novo.
Aquela altura, Nicolas já estava com a camiseta manchada de leite, o cabelo bagunçado e olheiras que fariam qualquer zumbi se sentir envergonhado. Ele andava de um lado para o outro pela sala, balançando Emily nos braços e murmurando promessas desesperadas.
"Por favor, filha
