EPISODIO DOIS

2640 Words
Quem é este homem? Ele entra na minha clínica, exigindo que o ajude aponta uma arma de fogo para mim, e depois... flerta comigo? Di*abos não. Tenho que desligar essa parte feminina do meu cérebro. A parte que entende cada interação com o sexo oposto, procurando pontos de união, tentando encontrar um "acesso". Eu não quero um "acesso"com este homem; eu quero uma ''saída''. Quanto antes melhor. Coloco meu jaleco de "Doutora Aria George". É hora de concentrar toda a minha atenção em curar este homem, seja quem quer que ele, seja, e tirá-lo da minha clínica para sempre. O tiro só passou de raspão, felizmente. Um pouco mais e teria que penetrar através da ferida em busca de fragmentos de bala ou partes de osso. O fiz antes, com mais de um animal, mas sempre sob anestesia. Eu não quero ter que operar um paciente consciente. Embora, se este bastardo em particular se retorcesse um pouco sob a minha agulha, não me culparia muito por isso. O trabalho vai rápido. Ele não se contorce de forma nenhuma. Só me olha todo o tempo sem pestanejar. Quando termino, limpo o sangue com uma toalha limpa e pego ataduras. — Eu não vou perder o meu braço, Doc? Ele pergunta, sarcasticamente. O que ignoro, enquanto guardo o meu equipamento. — É um glamoroso risco. Voltará a trabalhar em pouco tempo, a agitar armas na cara de pessoas inocentes ou o que quer que seja que você faz para ganhar a vida. Envolvo a faixa limpa em torno do seu antebraço e tento evitar de todas as formas, o meu contato com ele. Deus, já passou muito tempo, penso. Muito tempo. Dezoito meses mais ou menos, se meus cálculos estão corretos. Eu fiz companhia a mim mesma quando as noites se tornaram solitárias. Mas não há nada como o sujeito real respirando, movendo-se e sangrando justo na sua frente. — Como posso lhe pagar? Ele brinca, a sua voz era um rugido baixo. — Por envolver o seu braço numa faixa?... uma vida de servidão servirá. Ele tira o último pedaço de bandagem da minha mão e termina o trabalho. Os seus dedos são enormes, mas é fascinante a forma em que se movem. Eu imagino como seria eles dentro de mim... Então eu começo a recitar lembro-me do Discurso de Gettysburg. É uma verdadeira e comprovada tática anti-excitação. Memorizei todo o discurso na sexta série e nunca falhou desde então para me manter fora de problemas. Ou, pelo menos, ele nunca falhou antes. Mas esta noite, eu não posso dizer isso com tanta certeza... Estamos envolvidos numa grande guerra civil ... Antes que os meus pensamentos se tornem obscenos, mais uma vez. — Obrigado por isso. Ele diz, enquanto avalia com frieza os pedaços restantes da sua camisa e, em seguida, os arranca com um puxão repentino. — Quero dizer, por me dar um lugar para me esconder dos homens que atiraram em mim. Não posso evitar arfar de surpresa. Não tenho certeza do porquê, mas nunca me ocorreu que alguém mais deveria ter atirado. Eu olho para a porta com medo, como que esperando ver um grupo de homens deslizando pelo corredor, com armas na mão. — Estão perseguindo você? Eu exijo. — Estavam. Ele diz dando de ombro. — Ainda poderiam estar, tecnicamente falando. Mas parece que me perderam. Um arrepio percorre a minha espinha. — Eles poderiam ter seguido você! Me colocou em perigo! — Tendo em conta que perguntou pelos albaneses, devo supor que este não é o seu primeiro encontro com o perigo. Ele inclina a cabeça para um lado. Os seus lábios estão totalmente desenhados como num meticuloso pensamento, o pouco que eu posso ver eles, ao menos. Mesmo com a lâmpada, eu não posso ver muito do seu rosto. — Agora me diga, o que você sabe sobre eles? Ele me pressiona. — Sobre os albaneses? Nada. Respondo rápido demais e, em seguida tomo um respiração profunda e estabilizadora. — Nada mais do que qualquer outra pessoa normal, quero dizer. As notícias dizem que são um problema, e quando eu vi você com uma arma, eu pensei o pior. — Está bem. Nada seria pior do que ser albanês. Eu relaxo, deixando ir, uma tensão que não me dei conta de que tinha tomado conta de mim. Graças a Deus. Ele não é albanês. Em um dia como hoje, isso é uma vitória. — Eles não são seus amigos? Pergunto o mais casual que consigo. — Os amigos geralmente tentam assassinar você? Eu engulo a saliva e n**o com a cabeça. — Não, geralmente. — Então eu acho que não. Ele fica de pé. O seu peito, bem próximo de mim. Salto para trás, como se ele fosse um demô*nio. Creio vê-lo sorrir, mas desvio o olhar antes de poder confirmar. Isso foi longe demais. Ele tem que sair. — Eu enviarei a fatura, para o seu seguro amanhã. Eu digo, apontando com a mão para a porta. — Agora você pode ir. Ele não se move. — E eu estarei aqui toda semana. Mesmo sem o seu convite. — Se você não se importa, eu gostaria de te pedir que não volte nunca mais aqui. Ele assobia e resiste ao impulso que lhe dou para a porta. — E você não mede as palavras. — E você não sabe tomar uma indireta. Eu empurro ele com mais força, ignorando o quanto o meu movimento, não faz ele se mexer. Tento uma vez mais, não serve de nada. Com um movimento, ele fecha a porta do corredor e se apoia contra a porta. — Ainda tenho uma arma, você sabe. Ele diz casualmente. O meu coração bate mais rápido, mas tento manter uma atitude calma. — Se você fosse disparar contra mim, já teria feito isso. E se você decidir me manter presa aqui, eu poderia pedir, para você acabar com o meu sofrimento, sabe? Ele ri. — Você deveria ter mais medo de mim, krasavitsa. É russo o que ele acabou de falar? Seja o que for, se comunicou diretamente com o calor entre as minhas coxas de uma forma que é ao mesmo tempo, é impressionante e assustadora. Não é que esteja disposta a mostrar para este filho da pu*ta o que me está a fazendo. — Você fugiu e se escondeu de uma luta. E acha, que pode me deixar tremendo nos seus pés, menino rude? Há um grunhido de raiva quando cruza os braços sobre o peito. — Os meninos mantêm-se firmes, mesmo que não tenham oportunidade. Os homens sabem que você não pode lutar uma guerra, se você estiver morto. — Guerra ? Eu arregalo os meus olhos. — O que você é, um traficante de drogas ou algo assim? Ele encolhe os ombros. — Digamos que ''algo assim''. Os seus ombros são largos, o peito fica mais estreita para baixo para cortar nos seus quadris e coxas fortes. É o tipo de corpo que vem de uma mistura mágica de genética e exercício vigoroso. Eu o imagino levantando peso, sem camisa, com os músculos ondulantes, o suor escorrendo por sua pele tatuada... Então a minha fantasia acende e muda de forma e, de repente, sou eu que ele está tocando. As suas mãos grandes e estranhamente graciosas reclamam cada centímetro de mim, enquanto os seus músculos se tencionam, para dar continuidade... — É hora de ir! A minha voz é aguda e tensa. Um calor que nasce no meu estômago. Com certeza um efeito secundário da adrenalina e o medo misturados com níveis letais de excitação. Sejamos muito claros: Eu não quero esse homem. Eu desisti de homens como ele. Homens que aparecem com feridas e várias contusões e ossos quebrados. Homens que se colocam em perigo, colocam-me, em perigo. Eu terminei com esse estilo de vida. Mas isso não parece ter terminado comigo. O homem não se moveu. — Ainda pode ser perigoso lá fora. Para nós dois. Eu acho que a melhor solução seria ficar aqui por um tempo. Ele diz, descruzando os braços e deslizando as suas mãos nos seus bolsos frontais, ressaltando os seus quadris para frente. — Estou seguro de que poderíamos pensar em alguma forma de matar o tempo. O volume na sua virilha é como um foco de referência. Levo três segundos desviar os meus olhos. — Você tem que ir. Repito, tentando passar ao seu redor para chegar a maçaneta da porta. — É hora de desocupar as instalações. Você está curado e eu preciso chegar em casa. Ele me evita e prende a minha mão por trás do seu corpo. — Existe alguém na sua casa? — O meu marido. Minto, sem hesitar. Muito rápido, ele pega a minha mão esquerda e segura entre nós. Ele olha para o dedo anelar vazio, e me olha. — É, então... Ele ri, colocando em evidência. — Diga que vai chegar tarde para casa esta noite. E que você poderia ficar um pouco cansada. Tento parar de tremer. — Ele é um, eh... oficial de polícia. Está em serviço. Protegendo a cidade de pessoas como você, por isso, não está em casa neste momento. Mas, na verdade, tem um dispositivo de rastreamento no meu telefone. Menti de novo, ainda menos convincente. — Estou segura de que ele já está a caminho para descobrir o que está acontecendo já que eu ainda não estou em casa. — Excelente. Então, posso te fazer companhia enquanto ele não chega aqui. Você sabe... para ter certeza de que os tipos que me perseguem não encontrem você. Ele diz. E dá umas palmadinhas no meu pulso com os dedos antes de passá-los lentamente por meu braço. O calor irradia através dos meus ossos, e se instala entre as minhas pernas. Eu estou vivendo. Literalmente, pulsações completas, como se todo o meu corpo fosse um gigante e frenética batida. — Eu estou falando sério. A minha voz é apenas um sussurro. O meu coração bate tão rápido o que é difícil de levar ar para os meus pulmões. — Você deve sair. — Provavelmente deveria. Mas não é isso o que importa agora. — O que é o que importa então? Ele sorri, e com o corpo dele, empurra o meu até a mesa de exame. Estou presa entre a borda metálica da mesa e ele. O calor do seu corpo queima através da minha roupa. A sua cabeça baixa até que os seus lábios estão ao lado do meu ouvido. Cheira a cedro. A fumaça de arma. A sangue. — O que importa é se você realmente acha que eu vou sair deste lugar sem provar você. Ele sussurra. Um arrepio percorre a minha coluna. Antes que possa responder, o homem agarra os meus quadris e me posiciona sobre a mesa de exame. Sem pensar duas vezes, envolvo as minhas pernas em volta da sua cintura. E assim, o meu destino está selado. Muito tarde para fazer uma jogada. Revelei toda a minha mão. O homem ri suavemente e desliza a mão por baixo dos botões do meu vestido, os seus dedos deslizando por minhas trêmulas costelas. — É o que eu pensava. Todo o meu corpo está em chamas. A sensação do seu corpo quente entre as minhas pernas é o suficiente para me transformar num animal. De repente, não me importa se isso é certo ou errado. Não me importa a promessa que me fiz há dezoito meses. Não me importa quem é este homem ou o que vai acontecer depois. A única coisa que me importa é a pura necessidade carnal rugindo dentro de mim. Antes que o pensamento racional possa abrir caminho, agarro a cabeça do homem e aproximo o seu rosto do meu. Os nossos corpos se fundem: lábios, peito, quadris. A mesa é alta, mas ele também. Alto o suficiente para que os nossos centros coincidam perfeitamente. Enquanto eu alcanço e abro a sua braguilha, ele agarra a cintura do meu vestido e puxa para cima. — O que estou fazendo? Pergunto em voz alta enquanto eu tiro a sua calça num movimento frenético. O homem responde agarrando um lado da minha calcinha de algodão e rasgando para tirar. Energicamente, mas sem nenhum esforço. Depois abre a sua mão e o material frágil da minha calcinha cai no chão. A mesa em baixo de mim está fria, mas só tenho um segundo para pensar nisso antes que ele tire a sua cueca boxer. — M*aldição! Sussurro. — É enorme. Há tantas perguntas que deve fazer. Tantas dúvidas que eu devo ter. Qualquer pessoa normal hesitaria aqui e reconsideraria. Mas eu estou perdida numa névoa de desejo por um homem que nem sequer conheço. A sua respiração é pesada, enquanto se posiciona na minha entrada. Não espero ele empurrar, eu me prendo nele. Os nossos corpos se encontram num golpe de união e inclino a minha cabeça para trás e deleito-me em como é estar cheia. Na verdade, realmente cheia. Se não estivesse encharcada, ter ele dentro de mim, de uma vez só, poderia ter me machucado. Mas tal como as coisas estão, eu sinto que poderia ter tudo dele, várias vezes, dentro de mim. Logo na primeira estocada. O homem agarra com força meus quadris como uma protuberância nas suas mãos, os seus dedos cravados na minha carne ele me penetra. Uma e outra vez. A mesa de exame começa a chiar em sinal de protesto, as embalagens de metal com os suprimentos e compressas de algodão vibram na mesa e se espalham pelo chão, pelo nosso vigoroso ritmo. Mas eu não me importo. Que se quebrem os suprimentos. Que quebre a mesa. Que eu me quebre. É tão bom estar assim, eu quero ele dentro de mim, e vou implorar por mais. — Você é tão grande. Eu digo entre gemidos, abrindo mais as minhas pernas, dando mais de mim este estranho. Ele amaldiçoa baixo e, em seguida, pressione uma mão contra o meu peito, me fazendo deitar na mesa. Levanto os meus braços sobre a minha cabeça e agarro as bordas da mesa para ter estabilidade, a qual eu preciso desesperadamente, assim como o homem acaricia o meu centro, passando a ponta do seu polegar. Arqueio as costas. A mesa salta debaixo de mim. As minhas pernas se levantam do chão por um momento, antes de voltar a cair, quando este ensanguentado estranho me penetra de novo. — Mais forte. Suplico, desesperada por sentir uma mão que não é a minha. — Toque-me. Me faz gozar. Fecho os olhos com força e me concentro no seu corpo batendo contra o meu, pulsando dentro de mim. Estou concentrada na sensação de ter alguém perto, de estar conectada com alguém, mesmo que esse "alguém" seja um estranho com uma arma. No final, isso é o que me leva ao limite. Não da forma alucinante em que ele me enche ou como ele acaricia o meu clítoris me fazendo gritar. É que ele é real. Ele está aqui. Estou perto de ter um orgasmo alucinante, simplesmente porque ele é um homem vivo, que respira e está me tocando. Onda após onda me atravessa sem piedade. Não posso respirar, ver ou falar, ao que parece ser uma eternidade. E depois, como costuma acontecer, a vergonha começa a tomar conta no lugar do prazer. Termino antes que ele, o meu corpo ainda está quente e flácido quando ele me penetra uma última vez e estremece. Posso senti-lo, descarregando dentro de mim e surgem as dúvidas, que deveria ter tido antes. Ele é um estranho. Um estranho que me apontou uma arma. Quem me prendeu numa sala de exame e... Bom, ele não me obrigou. Eu queria isso. Mas isso só faz com que a minha vergonha fique pior.
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