Nada faz sentido. Nada além disso: o toque de Gael. O seu cheiro. Os seus olhos, brilhantes e penetrantes, seguros apesar de tudo o que nos aconteceu.
Ele se ajoelha na minha frente e limpa os meus cortes com um pano quente. Fios de sangue escorrem pela minha panturrilha.
— Como isso aconteceu? Ele pergunta.
— É uma longa história… Eu respondo.
Ele sorri para mim. É uma risada suave, triste, fechada e me dá vontade de chorar de novo. — Estou escutando.
Então, com um estremecimento, começo do começo. Conto a ela sobre o meu plano de fuga, sobre como Rose e eu íamos correr noite adentro juntas.
Como iríamos encontrar as nossas famílias e começar de novo.
— …nós estávamos indo para…
Mas pensar nisso traz à tona a dor da sua morte repentina, e então eu deixo cair a minha cabeça nas min
