Capítulo 01.

1513 Words
Acordei com o toque do despertador, olhei para o relógio ainda sonolenta, que o mesmo marcava sete da manhã. Levantei-me esfregando as mãos nos meus olhos e bocejando, calcei as minhas pantufas e segui em direção ao banheiro. Assim que saí do mesmo, direcionei-me ao guarda-roupa, pegando um traje de roupas sociais e as vestindo, logo depois, calçando os meus saltos. Peguei a minha bolsa e segui em direção a cozinha, onde encontrei o meu irmão terminando o seu café. — Bom dia! — cumprimentou ele, dando uma última mordida na sua torrada. — Bom dia! Já está pronto? — perguntei pegando um pêssego da fruteira. — É claro e você? Nervosa para o seu primeiro dia de trabalho? — Demais! O meu coração está batendo tão forte que parece que vai sair pela boca — Relaxa, tudo vai sair perfeitamente! — Obrigado Eli — sorri levemente. — Enfim, preciso ir, boa sorte no seu emprego, qualquer coisa mande-me uma mensagem. — Tudo bem, até mais. — Até. Assim que Eli se retirou, peguei a minha bolsa e a arrumei, colocando alguns de meus pertences. Em seguida a fechei e peguei a minha cópia da chave, saindo do apartamento e descendo as escadas, caminhando até a empresa. Hoje era o meu primeiro dia de trabalho em uma das maiores empresas de Londres, eu fui contratada para ser a nova secretária de um dos maiores CEO’s, eu estava muito nervosa, pois nunca havia sido secretária de ninguém antes e os meus dois primeiros empregos foram numa simples loja de calçados e roupas. Ao chegar na empresa, respirei fundo tentando conter a ansiedade e logo em seguida entrei. Assim que entrei, comecei a observar o local melhor, e confesso que eu fiquei admirada pelo local. A recepção era grande, haviam janelas grandes de vidros que a iluminava. As suas paredes eram brancas e as suas decorações eram simplesmente extraordinárias. — Olá — cumprimentei a atendente na recepção. — Oi, eu sou a nova secretária. — Loise, certo? — perguntou a moça — Isso, sou eu — confirmei com um leve sorriso. — Pode acompanhar-me — pediu se retirando atrás do balcão. Assim que nós nos retiramos da recepção e subimos para o andar de cima, a moça conduziu-me à uma sala. — Aqui está, o seu novo escritório — sorriu gentilmente. — Muito obrigada por mostrar-me — sorri. — Não precisa ficar nervosa, vai dar tudo certo! Primeiros dias são assim mesmo. — Sim, estou um pouco nervosa, mas creio que logo passará. — Qualquer coisa você pode me chamar. — Claro, obrigada. Assim que a moça retirou-se do escritório e fechou a porta, coloquei a minha bolsa na mesa, retirando alguns pertences dentro dela. Em seguida, peguei o notebook e o abri, ligando-o em seguida. Algum tempo depois, o Sr.Hermam chamou-me para ir até o seu escritório. Levantei-me um pouco nervosa e caminhei até a sua sala. Ao chegar, bati na sua porta e a abri, entrando em seguida — Senhorita Louise. — Bom dia Sr.Hermam, posso-lhe ajudar em algo? — Sente-se por gentileza — apontou a sua mão em direção a poltrona na sua frente. — Claro — sorri nervosa. Fechei a porta e segui em direção a poltrona, sentando-me em seguida. — Chamei você aqui para conhecer-lhe um pouco melhor. — Agradeço muito pela oportunidade. — Então Louise, pelo o que eu vejo aqui, você tem apenas 22 anos... tão nova. — Sim. — Você só trabalhou em duas lojas, certo? — Isso, apenas em duas. — E você é daqui do Reino Unido mesmo? — Na verdade eu sou da Espanha. — É, eu percebi pelo seu sotaque. Está gostando daqui? De Londres? — Estou, é um país e uma cidade muito bonita. — Bom, se o meu funcionário contratou você, é porque deve ser boa no que faz. A moça do balcão, mostrou-lhe tudo certinho? — Sim. — Que bom... mas então é isso Louise, seja bem-vida — sorriu suavemente de lado. — Obrigado — retribuí com outro sorriso. — Já pode ir. Levantei-me da poltrona e retirei-me de seu escritório, voltando novamente para o meu. O Sr.Hermam era um homem muito bonito e elegante, ele tinha cabelos louros, olhos azuis-escuros e um corpo muito bonito. Seu sorriso era encantador e a sua aparência impecável. Ele era gentil, mas ao mesmo tempo autoritário. Sentei-me na minha cadeira e comecei a fazer alguns relatórios para o Hermam, que o mesmo havia-me pedido por mensagem. Algum tempo depois, olhei para o relógio e vi que havia dado o meu horário para o almoço. Arrumei a minha mesa, a deixando em ordem. Levantei-me e peguei a minha bolsa, saindo do escritório em seguida. Assim que cheguei na parte de baixo, caminhei em direção a recepção, saindo da empresa e seguindo até uma lanchonete. Sentei-me num banco no fundo do local, colocando o salgado em cima da mesa, que eu havia pegado, em seguida, ouvi o meu celular tocar, peguei e o atendi. — Alô? — E então, como está indo? — perguntou o Eli. — Por enquanto está sendo tranquilo, e o seu? — Está sendo tranquilo também — respondeu ele. — Fico feliz que os nossos horários para o almoço sejam os mesmos, é bom conversar com você nesse meio tempo. — Eu também, sinto-me só por aqui — falei desanimada. — Eu também, mas logo, logo, nós estaremos com várias amizades novas. — Assim espero. — Enfim, vou desligar agora, espero que continue tranquilo por aí. — Tudo bem! Espero o mesmo para você. Assim que finalizei a chamada, desliguei o meu celular e o guardei na minha bolsa, voltando a comer. Ao terminal, limpei a minha boca com o guardanapo e levantei-me, saindo da lanchonete e voltando para a empresa. Assim que retornei para o meu escritório, sentei-me e voltei a fazer alguns relatórios. Tempo depois, ouvi alguém bater na porta do escritório, em seguida vi o Sr.Hermam entrar. — Oi Sr.Hermam, posso-lhe ajudar em algo? — perguntei nervosa. — Só vim ver se está indo tudo bem por aqui. — Está sim — sorri. — Terminou os relatórios? — perguntou olhando-me fixo. — Ainda não, mas estou quase terminando. — Faltam quantos? — Falta apenas um. — Um? — perguntou surpreso, arqueando uma sobrancelha. — Rápida você. — Costumo ser. — Muito bem Loise! Vim-lhe comunicar que nesta sexta haverá uma pequena comemoração aqui na empresa e espero ver-lhe presente. — Claro, estarei presente. — E não se atrase! Começará às oito. — Tudo bem, serei pontual — sorri. — Assim espero! Assim que o Sr.Hermam se retirou do escritório e fechou a porta, suspirei aliviada, voltando a concentrar-me no trabalho. O Hermam era um homem que me deixava muito nervosa com a sua presença, pois, ele passava um ar autoritário, fazendo-me ficar desconfortável. Ao dar o meu horário para ir embora, arrumei a mesa e recolhi os meus pertences, os guardando na minha bolsa. Levantei e me dirigi até o elevador. Havia ficado até tarde no trabalho, pois o Hermam havia pedido para que eu ficasse fazendo mais alguns relatórios para ele, então eu acabei saindo às onze da noite. Assim que entrei no elevador, em seguida o Sr.Hermam havia entrado, deixando-me novamente sem jeito. — O que está achando da empresa? — perguntou ele, tentando deixar o clima menos tenso. — Achei tranquilo — sorri levemente, olhando para baixo. — A sua família mora na Espanha? Ou eles vieram com você? — Viemos eu e o meu irmão. — E os seus pais? Assim que o Hermam perguntou dos meus pais, fez-me sentir m*l, eu não gostava de falar sobre o assunto, isso fazia-me muito m*l. — Eles faleceram — respondi triste. — Eu sinto muito. — Tudo bem — sorri ainda tristonha. Ao chegarmos no andar debaixo, saímos do elevador e seguimos para a porta. — Vai a pé? — perguntou ele andando ao meu lado. — Sim, mas não é tão distante. — Certeza? Acenei com a cabeça. — Posso dar-lhe uma carona. — Não precisa, obrigado! — sorri sem jeito. — Não é bom uma moça andar na rua sozinha a essas horas. — Eu vou ficar bem, não precisa se preocupar. — Bem... eu sou o seu chefe, então eu faço questão em dar-lhe uma carona e espero que você obedeça à ordem do seu chefe! — Ham... tudo bem. Acompanhei o Sr.Hermam até seu carro, ele abriu a porta do passageiro para que eu pudesse entrar, em seguida, ele entrou no carro dirigindo até o meu prédio. Ao longo do caminho nós fomos calados, Hermam tentava puxar alguns assuntos, mas eu o respondia de forma curta e tímida. Era desconfortável estar no carro do meu chefe, que eu havia acabado de conhecer. — Enfim, chegamos — disse ele estacionando o carro. — Sim, chegamos. Obrigado mais uma vez — sorri tímida. — Que isso, não precisa agradecer — sorriu gentilmente. — Enfim, até amanhã Sr.Hermam. — Até Loise. Assim que me despedi dele, desci do carro e em seguida entrei no apartamento.
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