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1006 Words
Melyssa Garcez Depois do café da manhã, eu entrei no meu quarto e decidi dar uma organizada. Ontem, antes de dormir eu fiz uma certa bagunça querendo encontrar uma blusa específica e fiquei com preguiça de arrumar. Começo pela cama dobrando os lençóis, ajeito os travesseiros e caminho até o closet. O meu celular vibra no meu bolso e sorrio vendo algumas mensagens no grupo da família, me dando felicitações e parabéns pela bolsa. Mensagens da Tia Taly, tio Mason, tio Bruno, tia Ester, da minha avó, avô, Anthony e Jeniffer. Todos eles mandaram alguns textos grandinhos, com várias figurinhas e Adam faz graça no grupo. O meu pai é outro que se juntou a minha mãe para mostrar a felicidade! Sorrio pelo jeito da minha mãe continuar enviando fotos minha e dela e vou agradecendo a todos, um por um. Só não tem nada de Tyler. Por lembrar dele, me lembro do que ele falou uma vez há poucos meses quando fomos sair para jantar todos juntos em família. Tyler se sentou ao meu lado na mesa e isso já foi um pouco estranho para mim, mas, o que ficou mais estranho ainda, foi ele me elogiar bem perto do meu ouvido. “Você está muito linda, Melyssa! Vermelho combina com você!” Quase me engasguei na hora e fiquei banhada na vergonha. Ele nuns tinha dito algo parecido para mim e eu fiquei sem reação e ele percebeu. Qualquer um perceberia. O meu rosto queimou, a voz não saiu e eu nem consegui comer direito lá. Desde esse jantar, eu não consigo olhar para ele direito e confesso que tenho o evitado. Tyler é lindo, de verdade e não digo por ele ser da família, mas como homem mesmo. É alto, corpo definido, ombros largos, olhos claros, barba rala e bem feita, mas as vezes ele tira tudo. Ele tem cabelos alinhados e escuros, braços fortes com veias marcadas e tem uma voz indescritível. A voz dele marca o ambiente e ele nem precisa de esforço para nada. As gorotas se jogam em cima dele e do Adam. Ou seja, ele é lindo por completo! Não sei o que deu nele naquela noite, mas, com certeza foi da boca pra fora e por isso, eu evito de pensar nesse ocorrido. Volto a organizar o meu quarto e quando finalizo, eu corro para a minha mesa e ligo o notebook. Digito o endereço do site da Universidade e começo a ler pela centésima vez, as informações do campus, informações históricas do local, cursos ofertados, as qualificações dos professores e claro, as fotos de todos os ângulos. O nervoso já chega outra vez, mas a minha atenção é roubada por uma ligação. — Oi, amiga! — Atendo assim que vejo o nome da Heloise. — Meus parabéns, gata!! Que orgulho de você... — Ela praticamente grita e fico chocada. — A minha mãe te ligou? — Sorrio já tendo a resposta. — O que você acha? Pensei que saberia por você, sua traíra! — Sorrio mais ainda imaginando a minha mãe contando até para os ventos. — Desculpa! Eu recebi o e-mail hoje e contei logo a eles no café da manhã. Eu juro que ainda não acredito nisso tudo! — Falo passando as fotos no site. — Mas eu, sim! Você mereceu e merece essa bolsa..., só me dói saber que você tem que ir. — Ela fala fazendo uma voz triste. — Ainda tenho um tempo aqui... podemos aproveitar para fazer umas coisas e vamos manter contato. — Digo a acalmando e conversamos um pouco. Heloise abre o site no notebook dela também e conversamos sobre as informações do campus. Nem vejo o tempo passar, mas ficamos quase uma hora conversando pelo celular. Quando desligamos, continuo no notebook e nem vejo o tempo passar. — Melyssa, eu vou à empresa deixar um documento que o seu pai esqueceu! Quer vir junto comigo? Depois podemos passar naquela loja para comprar os hidratantes. — A minha mãe pergunta entrando no quarto. — Fotos do campus? — É, sim! Lindo não é? — Mostro mais algumas e ela olha com muita atenção. — Olha essas aqui... é enorme e já me apaixonei. — Muito lindo, gostei! Depois me mostra mais? O seu pai está me esperando. — Aceno que sim e desligo o laptop. Eu troco de roupa rapidinho, colocando um vestido vermelho rodado bem leve, solto os cabelos e uso perfume. Pego as minhas pulseiras, um colar e a minha bolsa para levar o celular e cartão, então, saímos juntas indo pegar o carro. Peço para dirigir e recebo as chaves indo para o banco do motorista e dou a partida saindo do condomínio. Apesar de ser nervosa, eu gosto de dirigir! Quando chegamos à empresa, estaciono e subimos indo para o último andar do prédio. Gosto de vir aqui e, provavelmente, eu logo vou começar a trabalhar nesse lugar e sempre que venho, tento decorar os lugares para saber logo. — Mãe, onde fica o banheiro mais perto? Eu esqueci... — Pergunto ao sentir o zíper do vestido me incomodar. — Ali, querida! Vai lá que depois você pode ir à sala dele. — Aceno em concordância e dou meia volta. O zíper está me cutucando sem parar, como se tivesse algo nele e pinica me deixando louca. Eu entro no banheiro já abrindo o zíper lateral e vejo um pedacinho de etiqueta que estava preso, então, fecho novamente e dou uma olhada no meu reflexo no espelho. Aproveito para passar apenas um batom e dou um jeito nos meus cabelos e saio logo em seguida para procurar a minha mãe. O meu celular vibra na bolsa e tento abrir para pegar enquanto faço o caminho da sala do meu pai, porém, sinto um impacto grande contra o meu corpo e o meu braço é agarrado, me impedindo de cair. Ao ser puxada, me esbarro outra vez, indo de encontro a algo düro e ao olhar para cima, é Tyler. Sim, é ele bem aqui.
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