Ana narrando
- Que trânsito h******l - Lucas diz
- Parece que todo mundo resolveu sair de casa agora - Eu falo - Deve ser por isso que não tinha uber disponível.
- Conheço um atalho por aqui - Ele fala entrando em uma rua e eu o encaro - o GPS mandou e porque tem.
- Tem certeza que é seguro Lucas? - Pergunto para o mesmo
- Está comigo está com Deus - Ele diz
Começamos a andar por umas ruas muito estranha e eu claro estava me borrando de medo, já o corajoso estava bem tranquilo.
- m***a - Ele murmurra é eu o encaro - A gasolina está acabando.
- Tá de s*******m né Lucas ? - Pergunto o encarando - Como você esquece de abastecer , estamos no meio do nada.
- A placa diz que daqui 1km tem um posto - Ele fala
- Você sabe a onde estamos? - Eu pergunto para ele que assente mas faz uma careta.
Rodamos o 1km e nada do posto, O ponteiro da gasolina só descia e já estava escuro, a rua era uma reta e mato para os dois lados, o carro começou a parar e eu o encarei ele que estava com uma cara fechada.
- E agora? - Pergunto para ele
- Vamos tentar falar com Henrique ou com o Greco - Ele fala pegando o telefone - d***a o meu acabou a bateria.
- Deixo ver o meu - Digo pegando ele - Está sem sinal.
- d***a - Ele diz dando socos na direção.
- E agora ? - Pergunto para ele
- Vamos esperar alguém passar e pedimos ajuda - Ele fala
- Nesse fim de mundo? - Pergunto - Acho difícil.
Abro a porta do carro e desço, ligo a lanterna do celular.
- A onde você vai? - Ele desce do carro e pergunta.
- Procurar sinal para falar com o meu pai - Falo para ele
- Espera vou com você - Ele diz
Andamos um pouco no meio da estrada mas não passava ninguém, nem carro, nem se quer uma barata na rua. Ja tínhamos andado bastante.
- Ali parece que tem alguma coisa - Ele aponta para uma casinha pequena.
- Talvez tenha alguém aí que possa nos ajudar - Eu falo - Vamos la.
Lucas bateu nas portas e eu bati palmas,mas parecia não ter ninguém ali.
- É melhor voltar para o carro - Ele diz e comeca um vento forte oque parecia que ia dar uma tempestade - Melhor entrar ai dentro.
- Como? - Pergunto para ele
- Arrombando - Ele fala dando um chute na porta que cai, com a lanterna do meu celular ligada procuramos um interruptor mas não achamos nada.
- Acho que aquilo ali é um lampião - Falo para ele
- Você sabe oque é um lampião patricinha? - Ele faz graça
- Meu vô tem um na sala - Eu falo e ele acende o lampião.
Ficamos ali por algum tempo e nada da chuva parar ou pegar sinal no meu telefone.
- Aí que m***a - Falo - A bateria do meu celular acabou - Ele coloca a mão na cabeça e bufa - A culpa é toda sua Lucas.
- Minha ? - Ele pervunta - Não tenho culpa que o GPS me mandou por aqui.
- Era só você não ter entrado , ter continuado na fila - Falo cruzando os braços .
- Sempre a culpa é minha, você também estava reclamando do trânsito - Ele fala
- Mas você esqueceu de colocar a m***a de gasolina no carro - Eu falo
- E você que entrou dentro do carro e nem se ofereceu para ajudar na gasosa - Ele diz e eu o encaro
- Quem me ofereceu carona foi você - Falo para ele
- E quem aceitou a carona foi você - Ele diz e eu bufo.
- Como você pode ser tão chato - Digo bufando.
- E você uma patricinha mimada - Ele fala me deixando mais furiosa .
Ficamos ali em silêncio, eu não olhava para ele e ele não olhava para mim, já deveria ser madrugada e a temperatura caiu muito. A casa não parecia ser abandonada, ela era simples mas super limpinha, devia ser de alguém que passava por aqui apenas de passagem. E espero que não volte enquanto nos dois estiver por aqui.
- Veste isso - Ele diz me estendendo seu moletom e eu o encaro - Você está com frio e eu não consigo ver uma mulher passando frio mesmo que essa mulher seja você.
- E você? - Eu pergunto.
- Estou de manga comprida - Ele diz e eu assinto.
- Obrigada - Falo e coloco o seu moletom, ele tinha um cheiro bom, tinha o seu perfume.
- Também não precisa ficar cheirando meu moletom - Ele fala
- Só estava vendo se não estava fedido - Falo para ele que começa a rir.