capítulo 01

4508 Words
PV: OLIVER Certamente não há quem goste de se sentir decepcionado, seja com uma pessoa ou algum momento muito esperado, ninguém gosta de ter uma surpresa desagradável, muitas vezes a decepção pode estar ligada a uma expectativa sempre muito positivas em relação às situações diárias, esperar todas as circunstâncias de uma forma negativa também não ajudará para excluirmos a decepção das nossas vidas, o mais importante é pensar, tudo é imprevisível e depende de vários fatores para terminar de maneira positiva ou negativa. Minha vida sempre foi cheia de decepções, eu pensei até que já tinha me acostumado em ser decepcionado o tempo todo, minha primeira decepção foi quando descobri que minha namorada só estava comigo por interesse, mas eu ainda era jovem e não levei em consideração, eu também não morria de amores por ela, dei de ombros e segui com minha vida adiante. Acontece que o tempo foi passando e o número de decepções só aumentava cada vez mais, coloquei em minha cabeça que todas as mulheres só se interessavam pelo meu dinheiro e o poder que o meu nome ostentava, decidi então que só ficaria com elas por diversão e prazer, na minha opinião era uma troca justa, eu daria o que elas queriam e eu teria delas o que queria também, foi assim durante toda a minha vida, um dos motivos por que meu pai e eu sempre brigávamos feio, ele dizia que se eu não mudasse o destino me obrigaria a mudar a força, não dei nenhum crédito ao seu conselho, eu era um bad boy mulherengo e não estava disposto a mudar por nada e nem por ninguém, quanto mais meu pai reclamava e brigava mais eu fazia merda, as coisas só pioraram quando minha mãe morreu e pouco tempo depois ele se casou com uma mulher muito mais jovem que ele, ninguém me tirava da cabeça que aquela cobra traiçoeira da Isabel já era sua amante antes, e a desgraçada ainda se dizia amiga de minha mãe, minha irmã se revoltou quando soube que meu pai ia se casar novamente, Thea até acusou Isabel de ter matado nossa mãe no dia do casamento deles, eu estava bêbado demais pra impedi-la ou talvez eu também concordasse com ela não sei ao certo... fato é, que eu continue com minha vida totalmente desgovernada. mesmo meu pai praticamente me obrigando a trabalhar isso não atrapalhava minha vida com as festas e as mulheres, ele dizia o tempo todo que eu tinha que casar e ter família, só essas palavras usadas na mesma frase me causava arrepios. Meses depois que meu pai se casou com a cobra da minha madrasta, sofreu um acidente de barco e morreu, sofri com a sua morte, apesar de tudo, das brigas, ele era meu pai e mesmo tendo me decepcionado muito com ele eu o amava. Hoje fazia quinze dias que tínhamos o enterrado, e hoje também era o dia da leitura do testamento, o advogado responsável por isso era o Jhon, ele sempre foi um amigo da família, alguém em quem meu pai confiava de olhos fechados. - Quanto tempo ainda vamos ter que esperar pela boa vontade da sua irmã? Isabel pergunta impaciente, nem me dei ao trabalho de respondê-la. Estávamos reunidos no escritório esperando minha irmãzinha descer para dar início a leitura do testamento, sorri internamente ao ver Isabel se contorcer na cadeira de forma impaciente , eu sabia que Thea estava demorando de propósito, ela não perdia a chance de chatear nossa madrasta. - A leitura só pode começar quando a Srt.Queen estiver presente, eu sempre admirei a calma com que Jhon falava, assenti balançando levemente a cabeça enquanto Isabel bufava de raiva. - Cheguei! Thea falou chamando minha atenção, a encarei sorrindo ao mesmo tempo que lhe dava uma piscadela. - Até que enfim! Isabel quase gritou o que fez Thea revirar os olhos entediada. - Já que estão todos reunidos podemos começar, Jhon disse enquanto mexia em alguns papéis. Eu estava tranquilo, sabia que Isabel tinha direito em alguma coisa, mais os únicos herdeiros mesmo éramos minha irmã e eu, então eu não tinha com o quê me preocupar. - Isso é impossível! meu pai não faria isso comigo! quase morri de susto com o berro que Thea deu quando Jhon disse que Isabel ficaria responsável por ela e consequentemente sua parte na herança. - Jhon! o chamei, eu também não concordava com aquele absurdo, eu era o irmã mais velho eu deveria ser o responsável por ela. - Não me interrompam, nos repreendeu. - Quando eu terminar a leitura vocês podem questionar ok! Jhon falou com autoridade e mesmo a contra gosto assenti. - Sra.Rochev! nosso advogado chamou pelo nome da cobra que o encarava com expectativa, seus olhos negros brilhavam. Jhon disse calmamente o que meu pai deixou pra ela, e como eu já sabia não foi muito, somente uma pequena participação na empresa e na mansão e uma pensão mensal por cuidar dos bens da Thea. - Isso é um verdadeiro absurdo, Isabel praticamente gritou. - Têm mais uma coisa Sra.rochev, Jhon chamou sua atenção. - A Senhora vai administrar os bens da Srt.Quem somente enquanto ela for menor de idade, e serei eu a supervisionar o seu trabalho, caso alguma coisa esteja errada, a Senhora responderá legalmente por isso, Jhon disse com tranquilidade, ele parecia não ter medo de enfrenta-la - Eu acho que você vai trabalhar pra mim querida madrasta, Thea falou com desdém enquanto um sorriso deboxado dançava em seus lábios. Eu quis repreende-la mais a cara de desgosto que Isabel fez foi incrível. - Sua vez Oliver! Jhon falou encarando-me com curiosidade, franzi o senho confuso. - Você vai receber o mesmo que sua irmã, com a diferença que você será o presidente da corporação Queen e também poderá controlar todo o seu dinheiro como bem entender, nem sua madrasta ou qualquer outra pessoa terá poder sobre você, o que você decidir será acatado imediatamente, sua fortuna é muito grande Sr.Queen, juntos a fortuna de vocês, Jhon aponta de mim para Thea. - Soma a maior fortuna do país, Jhon nem terminou de falar direito meu sorriso satisfeito esticou-se de orelha a orelha. - Mais têm uma condição! assim que eu ouvi Jhon Diglle falar senti meus ossos estremecer. - Que condição? perguntei me pondo em alerta, acho que comemorei cedo demais. - Você poderá receber sua herança e usufruir como bem entender, desde que esteja casado antes de completar trinta anos de idade, caso isso não aconteça todo o seu dinheiro incluindo a presidência da empresa passará altomaticamente para sua madrasta, eu não estava acreditando no que ouvia, meu coração quase saltou pela boca tamanho o susto que eu levei, enquanto eu encarava minha irmã com os olhos esbugalhados, Isabel sorria vitoriosa. Como eu disse a decepção sempre me acompanhou, em minha cabeça eu me perguntava como diabos eu encontraria uma mulher que aceitasse de casar comigo em menos de três dias. PV: FELICITY SMOAK Há, momentos em nossa vida, que nos sentimos pequenos , fracos , inseguros e incapazes de reagir e vencer alguma dificuldade que a vida nos impõe. É de se assustar que alguém tão próximo a nós cause tanta decepção, alguém que têm o dever de te proteger e cuidar de você as vezes é a que mais te faz sofrer. Eu sempre fui uma pessoa alegre, mesmo quando não tinha motivos para sorrir eu tentava não chorar. Minha mãe morreu a alguns anos, ficando só meu pai eu e meu irmão, Roy era filho da minha mãe com seu primeiro marido, eu não o conheci por que ele morreu antes que eu nascesse, meu irmão e meu pai até que se dava bem, mais depois que Roy descobriu sobre o vício do meu pai as coisas em nossa casa ficaram tensas, eles brigavam dia sim e o outro também. Sempre tinha um infeliz nos importando por contas das dívidas de jogo que meu pai fazia era um inferno. Eu tinha acabado de sair do banho e estava preparando o jantar enquanto Roy tinha ido até a casa do Berry pegar um filme pra gente assistir, meu irmão e eu sempre nos demos muito bem, Roy era ciumento e protetor, as vezes era até exagerado, mais acho que ele agia assim por que meu pai não se importava muito comigo, estava mais interessado em alimentar seu vício. O som vindo do outro lado da porta chamou minha atenção, desliguei o fogo e fui atender, levei um susto quando vi quem era o infeliz batendo na porta, tentei fechar mais o desgraçado era muito forte e sem nenhuma delicadeza empurrou-me. - Pelo jeito você me conhece, falou prepotente, - Seu pai deve muito dinheiro ao cassino do meu pai e ele já perdeu a paciência, gritou caminhando em minha direção. - Onde está o seu pai? perguntou furioso, seu aperto firme já estava me machucando. - Eu não sei! gritei de volta e só senti o choque do tapa que me fazer cair no chão. - Eu não gosto que gritem comigo, você parece o tipo de garota atrevida, mais eu sei como ensinar boas maneiras a garotas como você, seu sorriso perverso me assustou, tentei me levantar e correr mais Cooper me segurou firme me jogando no chão violentamente, gritei de dor enquanto ele me mantinha presa ao chão. - Seu pai nos deve dinheiro faz muito tempo, estou cobrando apenas os juros, ouvi o som do meu vestido sendo rasgado e me desesperei. - Por favor não faz isso! implorei em prantos. - É muito mais excitante quando vocês resistem e suplicam, e você é tão linda, sua mão nojenta me apertava com força , reprimir a vontade de vomitar ao sentir sua mão deslizar por minha perna. Tentei sair de seu aperto mais eu já estava ficando sem forças, o ar parecia faltar em meus pulmões, ouvi o som do zíper da sua calça descer e com uma violência que eu não conhecia Cooper rasgou o resto do meu vestido me deixando apenas em minhas peças íntimas, gritei o mais alto que consegui por socorro e senti mais um tapa ferir meu rosto. - Cala boca! gritou apertando o meu pescoço com força, encarei seus olhos e só vi a escuridão. - Sai de cima de mim! tentei mais uma vez fugir de seu aperto mais foi inútil, deixei as lágrimas rolarem por meu rosto ferido sem cerimônia, por mais que eu tentasse resisti não dava, ele era mais forte que eu, fechei os olhos esperando pela violência que não veio, respirei aliviada quando o peso de seu corpo imundo foi tirado bruscamente de cima de mim. - Maldito! me assustei com a voz do meu irmão, com muito custo consegui me erguer e me encolhi escorando-me na parede. Roy parecia descontrolado enquanto esmurrava sem compaixão a cara de Cooper. - Você ia abusar da minha irmãzinha seu desgraçado! Roy gritou enfurecido e jogando Cooper contra a parede. - Eu só estava cobrando uma parte do que seu pai nos deve! o infeliz nem terminou de gritar e Roy partiu pra cima dele com tudo. - Roy, Roy já chega! tentei chamar sua atenção. - Roy! gritei mais alto e finalmente ele encarou-me - Lis! como você está? me diz que ele não conseguiu... - Eu estou bem, você me salvou falei o interrompendo, Roy tirou a camisa que usava e me deu para vestir, mesmo esse infeliz não conseguindo o que queria me deixou bastante machucada. - Isso não vai ficar assim! eu vou voltar aqui com meus homens e vou acabar com vocês tão ouvindo? Cooper gritou tentando se equilibrar nas pernas, Roy realmente tinha feito um bom trabalho batendo nele. - É melhor você ficar longe da minha irmã miserável! Roy gritou lhe socando ainda mais forte ao mesmo tempo que Cooper pelo susto se desequilibrou e caiu batendo a cabeça na bancada que dividia a sala da cozinha. Arregalei os olhos assustada quando percebi o sangue escorrendo de sua cabeça. - Ai meu Deus! Ele está morto? perguntei com a voz trêmula. - Eu acho que sim, Roy estava tão assustado quanto eu. - O que nós vamos fazer Roy? Esse desgraçado e filho do Dono do cassino! e agora ele está morto, falei chorando. - Ele te machucou! tentou abusar de você! foi legítima defesa, Roy falava mais pra si mesmo. - Se eu não tivesse chegado logo ela teria te machucado muito mais Lis! eu nunca ia me perdoar se ele tivesse... Roy não terminou de falar me abraçou forte enquanto eu chorava desesperada em seus braços. Por culpa do meu pai meu irmão agora seria chamando de assassino, minha vida não poderia piorar poderia? tinha um cadáver na minha sala, eu estava com medo e machucada, meu irmão iria precisar do melhor advogado, tinha a dívida do meu pai pra pagar e eu não fazia ideia de como conseguir tanto dinheiro em pouco tempo... PV: FELICITY Minha casa virou um cenário de crime, era mesmo que está assistindo um seriado de tv, os policiais andavam pra todo lado e faziam perguntas que me custava muito responder, mas a cena que realmente quebrou meu coração foi ver meu irmão ser algemado e levado preso como um assassino qualquer. - Eu Prometo que farei de tudo pra te tirar da cadeia Roy, falei enquanto o abraçava, minhas lágrimas lavava meu rosto sem cerimônia. - Não quero que se preocupe comigo, eu vou ficar bem... - Como quer que eu não me preocupe se você está sendo preso por minha culpa! falei o interrompendo. - Ei ! o que aconteceu não foi sua culpa nunca mais repita isso entendeu! Roy falou me abraçando ainda mais forte. - Não quero que fique aqui sozinha, vai pra da Cait e fique lá, não volta pra casa tá me ouvindo Lis? - Roy perguntou preocupado, assenti. - Temos que ir garoto! um policial puxou Roy dos meus braços o levando de forma brusca e se não fosse por Barry correr ao meu encontro teria caído no chão. - Eu Prometo que vou procurar o melhor advogado pra ajudar você Roy! falei alto pra que ele ouvisse. - Cuida dela até eu voltar Barry! Roy gritou de volta antes de ser levado preso para a delegacia. - Você precisa prestar esclarecimentos sobre o que aconteceu aqui moça... - Têm que ser hoje? ela não está em condições de esclarecer nada, não está vendo o estado dela? Barry veio em minha defesa agradeci em silêncio. - Vá a delegacia amanhã bem cedo com um representante legal, o policial falou. - E eu espero que o advogado seja muito bom por que o pai daquele garoto vai pedir o fígado do seu irmão, o policial falou me assustando enquanto apontava para os legistas levando o corpo de Cooper. - Não se preocupe Felicity vai dar tudo certo, Barry tentou me acalmar mais falhando miserávelmente. - Amanhã vou está lá com o melhor advogado, falei com uma confiança que eu nem sabia que tinha, o policial apenas assentiu e foi embora. - Vêm, eu vou te levar pra casa da Caitlin, Barry praticamente me carregou nos braços de tão mole que eu estava, minhas pernas não me obedecia. Cait não morava muito longe e como sempre tinha roupas nossas uma na casa da outra nem me dei ao trabalho de pegar roupa lá em casa, acho que nem dava pra entrar já que tinha fita amarela por toda a casa. - É melhor você tomar esse chá pra se acalmar um pouco, você está muito nervosa Lis, Cait fala me entregando uma caneca de chá aceitei de bom grado e a agradecendo. - Teve notícias do seu pai? é Barry quem pergunta, apenas balancei a cabeça em negação. Quando meu pai fugia dos cobradores passava semanas sem aparecer em casa, agora depois do que aconteceu vai passar meses tenho certeza. - Ele está fugindo com certeza, falei com desgosto. - Lis eu não tenho certeza se isso vai te ajudar, mais vou falar com meu chefe pra falar com o amigo dele que é advogado pra ver se ele te ajuda... - Está falando daquele seu chefe mulherengo e irresponsável que sempre aparece nas revistas com várias mulheres? pergunto a interrompendo. - Ele pode ser irresponsável e tudo o que você quiser, mais têm um amigo que é advogado, um dos melhores criminalistas... - Você acha que ele pode me ajudar? - Não custa nada tentar Felicity, Barry fala nos interrompendo e eu assinto. - Tudo bem! fala com seu chefe, se ele realmente me ajudar serei muito agradecida a ele, falei confiante, o som do celular da Cait tocando chamou nossa atenção. - Olha só! é ele, Cait fala animada e se levantando do sofá. - Vou aproveitar pra falar agora mesmo com o Sr.Quee. Cait se afastou pra fala com o tal chefe dela e eu realmente esperava que ele pudesse ajudar. - Ei! não fica assim, vai dar tudo certo, Barry me abraça tentando me consolar. - Estou com medo do que vai acontecer com meu irmão Barry, falei entre soluços. - Lis você deveria ir ao hospital, Barry fala tocando meu rosto machucado. - Acho que tenho que fazer um exame antes de ir a delegacia, falei com pesar e Barry assentiu. - Pronto Lis! o Sr.Queen me pediu um favor e eu aproveitei pra pedir outro em troca, ele vai falar com o advogado amigo dele e amanhã mesmo a gente vai no escritório falar com ele... - Obrigada Cait, agradeci sincera, pelo menos eu tinha amigos com quem contar em uma hora como essas. - Acho melhor você tentar descansar um pouco Lis! Barry fala carinhoso. - Eu venho te buscar amanhã pra fazer o exame falar com o advogado e depois ir na delegacia, eu sinto muito tudo o que aconteceu com você, seu abraço apertado me fez respirar aliviada, percebi o olhar de Cait desviar do meu ao ver Barry me abraçando com tanto carinho, na mesma hora nos afastei. - Te espero amanhã então, falei me levantando um pouco sem graça. Barry era um fofo, eu o considerava meu melhor amigo, mais quando o assunto era o coração ele parecia tapado, Cait morria de amores por ele, ele se quer a enxergava, nos despedimos e depois que ele foi embora realmente tentei descansar. - Você precisa tomar uma atitude já que o Barry não toma, comentei quando já estávamos deitada, Cait suspirou cansada antes de mumurar frustrada , ele é um i****a. - A gente se conhece desde de criança Cait, Barry só não percebeu ainda que é você a mulher da vida dele, mais eu sei que se você não fosse tão você! ele já tinha te percebido. - Barry sempre foi apaixonado por você Felicity, acho que sempre será, não estou te culpando, se apressou em dizer. - Eu sei que você nunca lhe deu esperança, mais ele nunca vai olhar pra mim como olha pra você... - Ele vai te olhar com amor, a cortei, - E eu serei a madrinha do casamento de vocês, falei sorrindo. - E esse será o dia mais feliz da minha vida, Cait suspirou apaixonada e eu assenti. Conversamos por hora e quando finalmente o sono me venceu adormeci, quando acordei senti a dor em meu corpo me incomodar mais que antes, levantei com certa dificuldade e fui ao banheiro fazer minha higiene matinal, quase não me reconheci ao encarar-me no espelho, meu rosto além de dolorido estava praticamente deformado, um suspiro pesado escapou de minha garganta, esforcei-me para não chorar, eu tinha que erguer a cabeça e seguir em frente, tirar o Roy da cadeia era meu primeiro objetivo, depois pensar em um jeito de saudar a divida do meu pai. - Você está pronta? o Barry já chegou, Cait interrompeu meus pensamentos, assenti com um leve balançar de cabeça. - Eu não vou poder ir com vocês mais esse aqui é o endereço, Cait entregou-me um pedaço de papel e me desejou boa sorte. - Têm certeza que esse é o endereço certo? Barry encarava confuso o papel em sua mão . - A Cait disse que era esse prédio mesmo, afirmei não muito confiante. tínhamos acabado de chegar ao endereço que a Cait nos deu - Não quero te desanimar não Lis, mais acho que esse advogado deve cobrar muito caro, olha esse prédio! parece mais um arranha céu. - Eu sei! mais estou desesperada Barry, com uma coragem que eu nem sabia que tinha puxei Barry pela mão e entramos no tal prédio. - Por favor pode nos dizer onde fica a sala do Sr.Merlim? eu não sei se eram os óculos escuros que eu estava usando ou o cabelo que cobria parcialmente meu rosto, mais assim que a recepcionista me viu arregalou os olhos em espanto. - Fica no vigésimo andar corredor três segunda porta, a secretária dele vai os anunciar, a recepcionista respondeu de imediato agradeci e logo em seguida Barry e eu entramos no elevador subindo direto para o vigésimo andar. - Por favor só esperem cinco minutos, ele está ao telefone mais logo irá atendê-los, a secretária do Sr. Merlim era muito gentil. - Vocês aceita uma água, suco ou café? - A gente vai ter que pagar? encarei Barry como se tivesse um terceiro olho em sua testa, como ele me sai com uma pergunta dessas? - É claro que não Senhor é cortesia, a moça respondeu com um sorriso divertido e eu dei uma leve cotovelada em Barry. - Não precisa se incomodar moça muito obrigada, respondi com a mesma gentileza enquanto Barry resmungava um " Aí ". - A gente vai ter que pagar? qual é Barry! já não basta a nossa cara de pobre! o repreendi. - Eu não sei se você percebeu Lis, mais aqui é tudo muito chique a gente deve pagar até pra respirar, fiquei com medo hora essa! vai que o suco e o café vai pra nossa conta. Se não fosse pelo moço moreno de olhos azuis nos chamando Barry tinha levado outra cotovelada. Pelo menos o Sr.Merlim era super gentil, ele nos encaminhou até a sua sala e mesmo tímida e tentando esconder meu rosto sentei-me na cadeira a sua frente. - Meu nome é Thomas Merlim mais podem me chamar de Tommy, Em que posso ajudá-los? quem querem que eu ponha na cadeia? a confiança em sua voz me deixou muito contente. - Na verdade é alguém que eu quero tirar da cadeia, respondi exitante. - Qual a acusação? por que esse alguém foi preso? suas perguntas eram diretas. - Homicídio, mais foi em legítima defesa, apressei-me em dizer. - Me conte como tudo aconteceu moça, pediu-me. - Pra entender melhor o Senhor precisa ver isso, levantei a cabeça afastei o cabelo do rosto e tirei os óculos escuros. - Jesus Cristo! gritou horrorizado. - Quem te atropelou? perguntou ainda analisando-me. Coloquei os óculos de volta e comecei a narrar com riqueza de detalhes tudo o que tinha acontecido, não me importava relembrar esse momento horrível desde que eu conseguisse tirar o Roy da cadeia estava disposta a qualquer coisa. - Eu sinto muito por você, Felicity né! assenti com um leve balançar de cabeça. - Infelizmente existem muitos vermes como esse desgraçado que tentou abusar de você, não sabe como os desprezo... - Então o senhor vai me ajudar? perguntei nervosa, eu estava muito anciosa queria saber sua resposta logo. - É claro que eu vou ajudar seu irmão Felicity, assim que Tommy respondeu pude finalmente soltar o ar que nem lembrava que tinha prendido. - Muito obrigada Sr.Merlim, agradeci emocionada, e eu realmente estava não via a hora de contar ao Roy que tinha conseguido um bom advogado para ele. - Quanto ao pagamento... - Falamos sobre isso quando seu irmão já estiver livre, interrompeu-me. - A verdade Sr. Merlim ... - Por favor me chame de Tommy, interrompeu-me novamente. - A verdade é que eu não tenho dinheiro para pagar seus honorários, mais eu estou disposta a trabalhar e se você tiver um pouquinho de paciência eu prometo que pago tudo... - Vamos fazer um acordo Felicity, interrompeu-me mais uma vez. - Vou trabalhar para tirar seu irmão da cadeia o mais rápido possível , acredito que não vai ser difícil principalmente depois que você fizer o exame. Quando já tiver tudo certo e você e seu irmão tiverem como me pagar falamos sobre isso o que acha? meu sorriso satisfeito esticou-se de orelha a orelha ao ouvi-lo falar, pelo menos uma notícia boa. - Pode parcelar em quantos anos? Barry que estava mudo resolveu se pronunciar, Tommy apenas sorriu como resposta. - Faremos o seguinte falou se levantando, eu vou resolver tudo o que tiver que resolver aqui e encontro vocês na delegacia, a essa altura você já terá feito o exame e eu já terei preparado minha defesa, Prometo que vou conseguir que ele responda em liberdade e se tudo sair como eu espero, hoje mesmo seu irmão volta pra casa. - Meu Deus eu nunca vou poder lhe agradecer o suficiente, falei emocionada. - Esse é meu trabalho Felicity não têm que me agradecer, sorri de forma gentil. - Na verdade temos sim Doutor, não é todo mundo que faz o que o senhor vai fazer pra gente, Barry falou e eu assenti. Pelo menos eu saí do escritório do Tommy bem mais confiante, estávamos passando pela recepção e indo em direção a saída quando de repente tropeço e só não cai de cara no chão por que braços fortes. ampararam-me - Têm que prestar mais atenção por onde anda loirinha! sua voz rouca fez minha pele se arrepiar. - A culpa não foi só minha você também estava distraído! resmunguei sem encara-lo. - É assim que você me agradece por eu te salvar de quebrar a cara? perguntou deboxado na mesma hora o encarei tirando os óculos escuros. - Ai caramba! você já caiu quantas vezes? agora sua voz tinha um misto de preocupação e diversão que eu fiz questão de iguinorar. - Isso não é da sua conta intrometido! praticamente gritei, nem entendi o por quê de agir assim com o estranho de olhos azuis. - Calma! levantou as mãos em rendição. - Sua namorada e muito estressada! acho que você não está fazendo o serviço direito rapaz, o estranho sorri deboxado e dando um leve soco no ombro de Barry, nem tive tempo de questionar seu comentário e******o quando percebi ele já tinha entrado no elevador. - Ele piscou pra mim? perguntei incrédula e se não fosse por Barry me segurar tinha ido atrás dele e lhe dado um belo chute na canela, era só o que faltava! o tico e o teco estavam em conflitos na minha cabeça, depois de tudo o que passei eu tinha que encontrar um i****a metido a b***a! ninguém merece.
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