Capítulo 3

1516 Words
Eu olho para o meu prato, cutucando os restos do meu jantar. A comida aqui é incrível, posso me ver me tornando um jantar regular aqui durante a minha estadia em Seattle. É realmente uma pena que eu esteja cansado demais para comer e saboreá-lo da maneira que merece. — Jesus Pamela, sorria você. Eu sinto que estou jantando com um manequim.— Blake suspira e deixa cair seus talheres em seu prato. — Me desculpe Blake. Eu deixei minha cabeça no set. Foi um longo dia, e minhas bochechas estão cansadas de rir. — Então eu acho que dar uma olhada em um bar está fora de questão?— Ela levanta uma sobrancelha perfeitamente formada e me olha esperançosa. — Desculpe, Blake, amanhã? Taylor está tendo sua festa de aniversário em algum clube da cidade, elenco, equipe e apenas convidados. Eu também tenho folga na quinta-feira.— Ela se senta mais reta. O fato de eu ter o dia seguinte de folga desperta seu interesse. Significa que podemos ir com tudo e sofrer as consequências na cama na manhã seguinte. — Perfeito. Estamos aqui há uma semana e eu não entrei em uma boate. Eu preciso dançar.— Seus olhos brilham e ela sorri seu sorriso perverso. Cheio de nuances sobre como ela pretende aproveitar Seattle. Não permito que Blake traga homens para casa. Quando ela se mudou para a minha casa em Los Angeles, ela comprou uma casa para um homem depois de uma noitada na cidade. No dia seguinte, sentei-me no sofá e assisti p**a enquanto as fotos da minha casa passavam pela tela em ‘Interviews Fame’. Eu estava mortificado. Meus espaços privados estavam abertos para exibição pública. Todo mundo sabia tudo sobre minha casa, desde o conteúdo da minha geladeira até a cor dos meus lençóis. Não há nenhuma maneira que eu vou deixar isso acontecer novamente. Blake se desculpou profusamente e aceitou a nova regra da casa sem nem mesmo revirar os olhos. Ela estava ao mesmo tempo envergonhada e zangada. Ela não achava que ele fosse o tipo de fazer uma coisa dessas. Como ela chegou a essa conclusão depois de conhecê-lo por um período tão curto de tempo está além de mim. O i****a nem teve a decência de admitir que não era um convidado meu . A mídia fez suas próprias suposições falsas com base no fato de que ele tinha fotos do meu quarto. Daquele momento em diante, houve uma regra — Não trazer homens para casa— , sem exceções. Atticus e Derullo eu sou mais tolerante. Em LA eles têm acomodações separadas. Eles compartilham um apartamento de 3 quartos atrás da casa principal. Contanto que eles consigam que seus convidados assinem um documento sobre minha privacidade e permaneçam em seus aposentos, estou bem com isso. Confio neles para não divulgar o código dos portões ou deixar ninguém se aproximar de mim ou da minha casa. Eles são muito sensatos para fazer isso comigo, mas acima de tudo são leais e protetores. Eu me sinto um pouco culpado que a regra só se aplica a Blake, mas se ela não gostar, ela sempre pode ter sua própria casa. Meu telefone vibra ao longo da mesa. É Marcel. — Oi gato.— Eu respondo. Marcel é um querido amigo. Eu o conheço desde sempre. O pai dele e o meu são melhores amigos. Além de Derullo, Atticus e meu pai, ele é um dos poucos homens em quem confio. Eu posso ser eu mesma com ele. Sem ser uma grande estrela, sem atuar. Marcel está vindo para ficar em Seattle por alguns dias. Ele deveria vir na próxima semana, mas ele está me ligando para me dizer que vai voar amanhã em vez disso. Algo sobre uma sessão de fotos no Havaí. Enquanto eu o escuto me dando todos os detalhes, dois funcionários do clube entram. Eles conversam com Atticus e depois com Blake. Blake está balançando a cabeça. Eu me pergunto o que está acontecendo lá? — Você ainda esta aí?— Marcel pergunta, recuperando minha atenção. — Desculpe Marcel.— Eu desvio o olhar de Blake — Então eu vou pedir para Atticus te buscar no aeroporto por volta das quatro? — Parece bom. Vejo você amanhã Pamela. Tchau. — Tchau.— Eu termino a chamada — O que foi isso?— Eu pergunto a Blake imediatamente, apontando para as portas que os funcionários acabaram de sair. — Ah, isso? Nada, apenas alguém querendo entrar na sala ao lado. Eu disse a eles que não, mas que colocassem suas despesas em nossa conta.— Ela dá de ombros. — Blake, nós terminamos aqui de qualquer maneira. Você deveria ter dito a eles para nos dar alguns minutos.— Eu balanço minha cabeça e pego minha bolsa, colocando meu telefone dentro — Vamos, minha cama está chamando. Ela revira os olhos e pega sua bolsa da mesa. Derullo abre as portas e Blake sai. — Atticus, Marcel está chegando amanhã. Eu disse a ele que alguém iria buscá-lo. Você pode buscá-lo às quatro? Eu estarei no set, então deve ficar bem apenas com Derullo. — Sem problemas, Pamela.— Ele coloca o braço em volta das minhas costas sem realmente me tocar e estende o outro braço me protegendo do lado, em seguida, me leva para fora da sala VIP. Eu mantenho minha cabeça baixa para começar, mas quando não há flashes ou gritos eu levanto minha cabeça. A primeira coisa que vejo são o conjunto mais hipnotizante de olhos azul claro esfumaçados. Eles fazem meus pés parar bruscamente. Minhas bochechas coram e minha boca se abre. Meus olhos flutuam até a boca abaixo dos olhos e todo o meu corpo aquece – ondas de calor pulsando em minhas veias. Minha respiração acelera secando minha boca. Isso é embaraçoso. Eu desvio o olhar de sua boca antes de realmente fazer papel de boba e começar a ofegar. Eu o absorvo. Cabelo escuro acobreado bagunçado, ombros largos, camisa justa que mostra um vislumbre da delícia escondida por baixo. Atticus me conduz para frente. Minhas pernas estão fracas. O que diabos aconteceu? Eu me viro para um último olhar. Oh meu Deus, eu adoraria sentar naquele rosto. Rapidamente alcançamos Blake e Derullo que estão esperando nos elevadores. — Oh. Meu. Deus. Ele não era lindo?— Blake suspira e se recosta na parede. — Ele quem, tanta gente ali, credo — Finjo desinteresse, quando na verdade ainda estou tentando regular minha respiração. Lindo? Lindo é um eufemismo grosseiro. O homem era a perfeição. Eu mamaria ele por horas. — Eu dei a ele meu número.— Ela afirma alegremente, então pega seu telefone para verificar se há alguma mensagem. — Você deu?— Eu tento disfarçar a decepção em minha voz. — Eu não ia passar por ele sem ter ao menos uma mínima chance.— Ela ronrona com um tom predatório. As portas do elevador se abrem me dando a pausa que preciso para encerrar a conversa. Eu não respondo, apenas entro no carrinho de aço inoxidável e me recosto na parede fria. Fecho os olhos e tudo o que vejo são orbes de um lindo azul claro. Eu não culpo Blake por passar seu número para ele. Às vezes eu gostaria que minha vida pudesse ser tão simples assim. Que eu poderia ir a um encontro sem fazer manchetes. Que eu poderia dar meu número para um homem bonito sem medo de ser perseguido, ameaçado ou precisar obter um novo número porque ele o listou em sua página do **. Fico quieto pelo resto da viagem para casa. Eu me pergunto qual era o nome dele? Quando chegamos de volta ao nosso apartamento, despejo minha bolsa no sofá e vou para o meu quarto, deixando Blake sozinha para continuar checando seu telefone. Eu tiro meu vestido, abrindo-o e deixando-o cair aos meus pés. Saindo da poça de prata, eu a deixo no meio do meu andar e vou para o meu banheiro. Começo a encher a banheira, depois volto para o quarto e ligo meu iPod. Meus pensamentos ainda são consumidos pelo Adônis de cabelos acobreados e olhos cinzentos. Esse sentimento é novo para mim, não entendo muito bem o que aconteceu comigo quando o vi. Mas sei que a minha libido é a coisa mais intensa. Entro na banheira e afundo lentamente na massa de bolhas. O vapor infundido de baunilha flutuando da água invade minhas narinas e eu fecho meus olhos. Meus dedos deslizam por minha b****a, e eu me possuo na intenção daquele homem de olhos tão perfeitos, g**o como uma c****a no cio. Abro os olhos louca com o que acabei de fazer. O que está acontecendo comigo? Estou cercada de homens bonitos o tempo todo. Nem uma vez meu corpo me traiu assim. Talvez tenha sido o culminar do cansaço e das emoções de filmar uma cena tão intensa hoje. Ligo meu som baixinho pelo controle remoto e escuto Beyoncé falando do Ego do Jay-Z, meu pensamento vai para o ego dos olhos cinzentos. Eu afundo, submergindo-me sob a água.
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