De cara com a fera- parte 1

1682 Words
Bato na porta, porém ninguém responde. Kumiko: — É sério isso? — O que é sério? Fala Jiang abrindo a porta. Kumiko: — Nada! Estava apenas falando sozinha. Jiang: — Ótimo, agora hospedamos uma mulher louca que fala sozinha. Sério isso, ele me chama aqui para ficar me irritando? Jiang: — Que foi? Irritei você? Kumiko: — De forma alguma, só não tenho tempo para perder falando com alguém de mente tão infantil. Não pude evitar, ele fica me refutando todas as vezes que tento falar algo. Jiang: — Você! Ele dá um profundo suspiro enquanto me aponta o dedo indicador... Jiang: — Sinceramente, eu não chamei você aqui para brigarmos novamente. Chamei você porque quero me desculpar de forma adequada. Aparentemente você estava certa sobre estar sendo seguida, mais não era um fantasma, e sim uma assassina. Kumiko: — Uma assassina? Como assim? De onde ela veio? Jiang: — Também não temos a mínima ideia e não há vestígios de onde ela veio. Kumiko: — Então foi ela que me envenenou? Jiang: — Como você sabe que foi envenenada? Mandei que todos ficassem de boca fechada. Kumiko: — Eu não sou tão i****a assim. Jiang: — Não que você seja inteligente, mais tenho certeza que você não descobriu isso sozinha. Ele realmente é um adivinho ou algo do tipo? Eu realmente aparento ser uma i****a que não pode descobrir por conta própria que foi envenenada? Jiang: — Enfim, não é como se eu gostasse me desculpar com você, apenas fiz o mínimo. Kumiko: — Ha! Não é como se eu gostasse de falar com você também, sabe? Alguém tão narcisista como você! Você realmente é muito convencido em achar que eu estou me divertindo com esse tipo de conversa, estou apenas seguindo o fluxo. Ele se aproximou e me pressionou contra a parede, eu pude ver chamas em seus olhos, é como se ele quisesse me m***r. Jiang: — Narcisista? Minha querida, alguém como eu não tem o luxo de ser Narcisista. Narcisismo é um defeito e eu não tenho defeitos. Então ele saiu e me deixou boquiaberta sem saber o que responder. Como ele consegue ser assim? — i****a! Ai! Que raiva! Quero apenas explodir e virar **! Quem ele pensa que é? Narcisista! Com toda certeza! Meu sangue praticamente ferveu de tanta raiva, as minhas bochechas esquentaram e ficaram vermelhas igual a um tomate, como eu pude cair numa provocação tão infantil? — Preciso me acalmar e voltar para o meu quarto, afinal de contas ainda tem alguém me esperando. Fengge: — Quem está esperando você no seu quarto? Kumiko: — Que susto! o que faz aqui? Achei que você estivesse me esperando no quarto. Fengge: — Se é isso que você quer, eu posso voltar para lá. Adoro ver uma bela dama imaginando coisas... Kumiko: — Quem está imaginando coisas? Apenas supus isso. Fengge: — Fica evidente seus desejos maliciosos por mim. Kumiko: — Ai! Para de encher o saco! Quem tem desejos maliciosos por um p********o como você? Fengge: — p********o não, apreciador de belezas Kumiko: — Sim, sim... Então apreciador, pode me levar ao me quarto? Ainda sinto meu corpo fraco, quero me deitar um pouco. Fengge: — Com todo o prazer do mundo. Só não tão prazeroso por você estar fraca. Ele sorriu e piscou para mim como um velho t****o. Isso me dá calafrios, estou começando a achar que deveria decorar logo os corredores desse lugar. Enquanto ele me guiava pelos corredores do palácio, eu não deixava de me perguntar, o que faria depois que melhorasse, por onde eu começaria? Kumiko: — Fengge? Fengge: — Sim? Kumiko: — Sobre minha mãe... Por onde eu deveria começar? Quero muito encontrá-la, mais não sei o que fazer. Fengge: — Sabe pequena humana, acho que antes de você se preocupar com os outros, deveria se preocupar com você mesma. Esse não é o momento certo ainda, você deve melhorar primeiro e começar a praticar seus poderes para não ser um fardo. Kumiko: — Poderes? Fengge: — Isso é assunto para outro momento. kumiko: — Por quê? Fengge: — Por que ainda não é o momento, se você tentar dá um passo maior que a perna vai acabar tropeçando. Chegamos em frente ao quarto e ele abriu a porta para eu entrar. kumiko: — Você não vai entrar também? Fengge: — Se eu entrar significa que não vamos ficar apenas conversando, você ainda quer que eu entre? kumiko: — Não, com certeza não! Acabei fechando a porta na cara dele. Como ele tem coragem de fala algo assim, tão descaradamente? Sinceramente, acho que esse mundo é o mundo dos loucos. Olho para a cama é como se ninguém havia se deitado nela antes, e esse vestido preto, parece que vou a um velório. — Haaaa! Porque tudo está me irritando hoje? Então alguém bate na porta e uma serviçal entra. — Com licença senhorita, vim para avisar que você irá jantar na sala de banquetes hoje a noite. Kumiko: — Com quem? Serviçal: — Não sei senhorita, apenas sigo ordens e falo o que me foi dito. Kumiko: — Tudo bem. Então a serviçal abaixa sua cabeça e saí. — Muito estranho isso, as pessoas que moram aqui não gostam de mim, porém ainda me chamam pra jantar? Talvez eu esteja sendo presunçosa. Eu me deito na cama e fico olhando para o teto, esperando o tempo passar. Cada minuto que se passava parecia uma década.Quando o último raio de sol desapareceu da minha janela, alguém bate novamente a porta, mais dessa vez não era a serviçal, era Fengge. Fengge: — Está acordada? Kumiko: — Sim, apenas estou com preguiça de me sentar e olhar para seu rosto. Fengge: Essa doeu. Pois fique sabendo que muitas garotas se matariam para olhar para esse belo rosto. Kumiko: — Entendo, sorte delas de ainda não terem visto, seria uma decepção total para elas. Fengge: — Eu sei que você está sentindo ciúmes Kumiko: — Não mesmo! Fengge: — Venha, levante, vamos jantar, o chefe preparou um prato especial para você. Kumiko: — Claro, a comida daqui é de m***r mesmo. Fengge: — Engraçadinha. Me levantei de forma preguiçosa e destrambelhada, sinceramente, só vou comer porque estou morrendo de fome, senão teria me afundado nessa cama, até ficar a marca do meu corpo nela. Seguimos para a sala de banquetes e quando os guardas abrem as portas, sinceramente é de cair o queixo. As paredes são adornadas em ouro e pedras preciosas, a mesa do imperador é tão grande que daria para brincar de corrida em cima dela. Fengge: — É melhor fechar a boca, está molhando o piso inteiro. Kumiko: — Muito engraçado você. Fengge: — Venha nossas mesas são do lado da mesa do imperador. Kumiko: — Tudo bem, por falar nisso o imperador e a imperatriz vem? Fengge: — Infelizmente não, eles estão ocupados de mais fazendo planejamentos, para melhorar a segurança e apoio do império. Kumiko: — Entendo. Sentei numa almofada e com uma mesa baixa, ao lado de Fengge. Logo depois entra Bigwen. Nunca trocamos sequer uma palavra desde o dia que eu entrei aqui, que tipo de pessoa será que ele é? Fengge: — Você chegou. Bigwen: — Não diga, jamais teria reparado se você não tivesse me avisado. Não pude evitar de soltar uma risadinha. Fengge: — Você acha isso engraçado? Kumiko: — Quem sabe? Bigwen: — Pelo alguém com senso de humor. Fengge: — Seu sarcasmo não tem graça Bigwen. Bigwen: — Para ela teve. Não concorda senhorita? Kumiko: — Um pouquinho. Fengge ficou vermelho como um tomate de tanta vergonha. Bigwen: — Enfim... Como está nossa hóspede? Kumiko: — Um pouco entediada. Bigwen: — Sei como se sente, eu vivo aqui desde pequeno, mais com o tempo a gente acaba se acostumando. Kumiko: — Não quero me acostumar com isso. Bigwen: — Entendo, e como anda sua investigação? Respondo meio sem graça: — Não encontrei informações importantes, apenas a mesma história. Bigwen: — Que história? Kumiko: — Que a minha mãe sumiu do nada e não retornou mais. Bigwen olhou para o rosto de Fengge, sorriu e disse: — Sabe, o nosso irmão Jiang guarda informações bastante interessantes no seu escritório. Fengge: — Nem invente. Bigwen: — Porquê não? Fengge: — Você sabe que o nosso irmão é como um demônio, se ele pega vocês, não tenho como proteger vocês da fúria de Jiang. Kumiko: — E quem disse que ele vai nos pegar? Bigwen: — Ainda mais, seria difícil já que você meu irmão favorito, vai estar nos ajudando. Fengge: — Não posso. Kumiko: — Por quê? Fengge: — Tenho ronda noturna com os meus cavaleiros. Bigwen: — Uma pena irmão. Bem parece que só restou apenas nós dois nesse plano senhorita. Fengge: — Já que vocês são tão insistentes, vão apenas depois que Jiang se deitar, ele dorme como um pedra, então a chance dele pegar vocês é quase nula. Kumiko: — Posso fazer uma pergunta Bigwen? Porquê você está me ajudando? Bigwen: — Bem... tenho motivos pessoais para querer entrar no escritório do meu irmão. Aquele lugar é como o paraíso das escrituras antigas. Então serviçais entram com bandejas com várias comidas atraentes, parecem está uma delícia. Fengge: — Vamos comer, parece delicioso. Kumiko: — Vamos, estou faminta. Bigwen: — Não quer saber o que está prestes a comer? kumiko: — Melhor não. Comi vários pratos deliciosos, pratos que nunca tinha provado na vida, a melhor escolha que fiz foi não saber o que estava comendo, pois, desfrutei de uma maravilha sem igual. Depois que terminamos de comer, Bigwen havia dito que iria passar depois da meia noite no meu quarto, e iríamos para o escritório. Fengge parecia não concorda com o plano, pelo medo de sermos pegos, mais não disse nada, apenas me acompanhou até o meu quarto e saiu para sua ronda noturna. Será que vou me arrepender de entrar sorrateiramente no escritório de Jiang? Será que vou encontrar algo que me ajude? Espero que sim, não quero que todo esforço que eu faça seja em vão.

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