Prólogo

1183 Words
Existe o amor? Sim, ele existe, cresci vendo meus pais apaixonados, meu pai admirando minha mãe, praticamente endeusava ela e ela cuidando dele com tanto amor. Isso me fez crescer com um desejo de querer o mesmo para mim, ao passar dos anos, minha infância e adolescência sempre estive a procura do meu par perfeito, me apaixonava tão fácil para depois perceber que não era correspondido. Pode parecer besteira, mas ter muito dinheiro às vezes pode ser desvantagem, pessoas atrás de status e uma vida confortável fazem de conta que nos amam, mas depois percebemos que apenas fomos usados. Me mantive fiel a procura do amor verdadeiro e essa procura se cessou quando cheguei a faculdade. Mesmo que meu pai quisesse que eu seguisse seus passos estudando gestão empresarial, fui atrás do meu sonho, ser advogado. Cursando direito conheci Beatriz, uma menina meiga, de vida social estável, mas perto da família parecia que não tinha nada, mas isso não importava. A sua doçura o seu caráter, isso me encantou, seu apreço pelas flores e cuidado com os animais, demonstravam o quanto seu coração era imenso, foi impossível não me apaixonar. Nos tornamos amigos e enfim veio o primeiro beijo, a partir daquele beijo, eu soube que não queria nunca mais estar longe dela. Ali mesmo no primeiro ano de faculdade a pedi em namoro, no começo ela se assustou com meu mundo, mas logo minha mãe a fez se tornar modelo e assim ela se encaixou. Ela apenas não queria depender financeiramente dos Launder. No segundo ano a pedi em casamento, mesmo que todos diziam que estava sendo precipitado eu sentia que era ela, a mulher da minha vida, assim que entraram as férias nos casamos, aproveitamos os dias de descanso e viajamos em lua de mel e ali, nós dois descobrimos o sexo o que nos fez nos apaixonar mais um pelo outro. Para o desespero da minha esposa sua mãe se descobriu com câncer, descobriu tarde, e minha sogra teimosa como só ela, não quis aceitar que eu pagasse os melhores médicos, vendo minha doce Beatriz desesperada a incentivei a passar uns dias com sua mãe e assim a levar para saber uma segunda opinião médica ela concordou. Após um fim de semana na casa que dei a ela assim que nos casamos, uma casa afastada onde ela se conectava com a natureza, com o sonar dos pássaros e o cheiro das rosas, a levei no aeroporto. Apesar de me formar em Direito, acabei por assumir a empresa da família, após meu irmão mais velho, Arthur Launder, sofrer uma decepção com sua noiva e acabar por se alistar no serviço militar, ele que deveria assumir a empresa estava for a de cogitando precisei fazer isso, Beatriz me convenceu dizendo que a família precisava de mim e que assim que Arthur se reerguesse eu poderia assumir meu sonho e abrir meu escritório de advocacia. Naquele final de semana não entendi o motivo, mas, Beatriz reuniu todos os Launder em casa, na casa de campo para um almoço, até Arthur veio e o motivo não poderia me deixar mais extasiado do que deixou. DOMINICK Uma família feliz, isso é o que todos que olham para à família Johnson veem. Meu pai se tornou um diretor executivo sem igual, não somos milionários, mas somos ricos, temos tudo que precisamos. Minha mãe ela é a típica herdeira socialite, teve de tudo e foi mimada, meu pai teve que provar a meu avô o quando merecia ser marido dela. Mas o amor que sentiam um pelo outro era nítido e de dar inveja. Meu pai perdeu os pais em um acidente minha avó era assim como eu ruiva e com sardinhas no rosto, todos nós sentimos muito a perda deles, mas o pior de tudo, foi quando meus avós maternos se foram. Minha mãe ficou tão dependente emocionalmente do meu pai que chegava a sufocá-lo, era como se ela contasse os minutos que ele levava no trânsito entre o serviço dele e a nossa casa, com isso vieram tantas discussões, mas no fim acabam se amando. Hoje com um pouco mais de maturidade entendo que uma relação se mantém firme na base da confiança e quando a confiança acaba, as dúvidas frequentes, insegurança se tornam brigas, e excesso de brigas, leva ao fim e nem sempre é de forma pacífica, sempre é turbulenta. Mas voltando a meus pais, a turbulência veio e veio de forma que abalou a todos, minha mãe havia saído para o salão e eu estava no colégio, pelo que entendi cheguei logo em seguida dela em casa, ouvi os gritos, coisas quebrando e decidi me sentar na calçada e esperar a briga passar, pelos gritos e ofensas era explícito o quanto ambos estavam exaltados. Não conseguia entender o que diziam, foi só quando escutei uma terceira voz, uma voz familiar que decidi por levantar e entrar. Assim que abri a porta vi a casa totalmente bagunçado, vasos de flores, pratos e copos jogados ao chão. Meu pai de um lado da ilha, sem camisa, todo vermelho, imagino que minha mãe bateu nele, minha mãe de outro, com lágrimas nos olhos, seus olhos de um vermelho de fúria, ela estava com uma blusa de mulher na mão e na porta dos fundos da casa vi a Debby nossa vizinha tampando os s***s com as mãos, tudo fez sentido, mesmo ser nova, um pré-adolescente, eu entendi, meu pai traiu minha mãe com a vizinha e o pior dentro de casa. Essa briga virou noite adentro, por fim eu subi, coloquei meus fones e fui fazer tarefas do colégio. Quando percebi que os gritos diminuíram pensei que havia acabado, mas não eles apenas haviam mudado o cenário, foram para a casa de Debby, desci e comecei a catar os cacos e organizar a casa, arrumei algo para comer, subi, tomei um banho e me deitei na cama esperando que essa tormenta acabasse. Quando acordei era cedo, horário de ir para o colégio, meu pai estava sentado no sofá da sala, com duas malas ao lado dele. — Dom, minha princesa, estou saindo de casa, estou me separado de sua mãe, mas jamais irei te abandonar. — Me leva com você papai? — É melhor ficar com sua mãe, papai trabalha muito e preciso que ela cuide da minha princesa. Estarei sempre aqui. — Tá bom papai, não demora para voltar. Eu achei, juro que achei que seria temporário, mas os papéis do divórcio vieram, logo minha mãe surtou e não deixava meu pai em paz, nem a Debby, meu pai pediu transferência de cidade e levou com ele a Debby que perdeu o emprego após diversos escândalos de minha mãe na frente da empresa, com isso ficou muito difícil ver ele e cada dia as visitas dele demoravam mais tempo. Minha mãe começou a beber, chegava em casa tarde da noite, meses se passaram, um ano, ela conheceu Liam, eu achei que ela voltaria aos eixos, ser a mulher linda, estilosa, mais não, quando Liam se mudou para nossa casa, foi quando o pesadelo começou.
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