Vicky: A caverna.

1036 Words
Com a tensão ainda pairando no ar, continuamos nossa jornada pelo mundo do jogo. O ambiente virtual, antes sereno, começou a mudar. O céu azul foi gradualmente substituído por nuvens escuras e ameaçadoras, e o vento se intensificou, trazendo um som sinistro. — Parece que estamos indo para uma área mais perigosa — observou YaoWei, com um tom de voz agora mais sério. — Fique atenta. A vegetação ao nosso redor tornou-se mais densa e selvagem. As árvores se torciam de maneira grotesca, e o chão estava coberto por raízes espessas que pareciam se mover com vida própria. O ar estava carregado de eletricidade, e a atmosfera parecia prestes a explodir. De repente, o chão começou a tremer sob nossos pés. Tentamos manter o equilíbrio enquanto o tremor se intensificava, e uma fissura se abriu à nossa frente, revelando um abismo profundo e escuro. — O que é isso? — perguntei, a voz tremendo de medo. — Não sei, mas devemos ter cuidado — respondeu YaoWei, observando o abismo com atenção. — Parece que há algo mais perigoso à frente. A fissura começou a se alargar e, de repente, um rugido ensurdecedor ecoou pelas árvores. Das sombras surgiram criaturas monstruosas, com formas distorcidas e ameaçadoras. Elas se moviam com uma velocidade assustadora e pareciam estar em busca de presas. — Corra! — gritou YaoWei, puxando-me na direção oposta. — Temos que encontrar um lugar seguro! Corremos o mais rápido que pudemos, com as criaturas atrás de nós, seus rugidos ecoando em nossos ouvidos. Desviamos de raízes e pedras que surgiam repentinamente no caminho, e a adrenalina fazia meu coração bater descontroladamente. Encontramos uma pequena caverna oculta entre as árvores e nos atiramos para dentro, ofegantes e assustados. A entrada era estreita, mas conseguiu nos esconder das criaturas que passavam zunindo para fora. — Isso foi por pouco — disse YaoWei, tentando recuperar o fôlego. — Precisamos de um plano. Essas criaturas devem estar guardando algo importante ou um caminho para fora. — Eu só quero voltar para casa — respondi, ainda tremendo. — Mas essas criaturas... Por que elas apareceram agora? — Talvez seja um teste ou um desafio — sugeriu YaoWei. — Pode ser que o jogo esteja tentando nos impedir de avançar. Mas precisamos continuar. A saída deve estar por aqui, e talvez essas criaturas guardem alguma pista. Olhei ao redor da caverna. Era escura e úmida, mas parecia ter alguns símbolos estranhos nas paredes. Pareciam antigos e, talvez, até mágicos. — Veja isso — disse eu, apontando para os símbolos. — Talvez esses sinais possam nos dar alguma pista. YaoWei se aproximou e examinou os símbolos com cuidado. De repente, seus olhos se iluminaram com uma nova determinação. — Esses símbolos parecem ser uma espécie de mapa — disse ele. — Eles indicam um caminho através das cavernas e, possivelmente, uma saída para outro local. Vamos seguir este caminho, mas precisamos ser rápidos e cuidadosos. Com uma nova sensação de propósito, começamos a explorar a caverna, atentos a qualquer sinal de perigo. Cada passo parecia nos levar mais fundo no desconhecido, mas a promessa de encontrar uma saída nos impulsionava. A jornada estava longe de acabar e, apesar do medo e da incerteza, a emoção da descoberta e a esperança de voltar para casa eram mais fortes do que nunca. Enquanto caminhávamos pela caverna em busca de uma saída, enfrentamos vários obstáculos, como lava, parkour, teias de aranha e gosmas estranhas e aparentemente tóxicas. Enquanto avançávamos pela caverna, o caminho se tornava cada vez mais traiçoeiro. Passamos por uma seção onde a lava escorria lentamente pelas rochas, criando um brilho sinistro no ambiente. Tínhamos que saltar de pedra em pedra para evitar o calor escaldante. — Cuidado com os saltos — alertou YaoWei, seus olhos fixos nas chamas. Concentrei-me em cada movimento, tentando não perder o equilíbrio. No entanto, enquanto tentava atravessar um trecho particularmente estreito, um fio quase invisível se esticou entre as rochas. Sem perceber, pisei nele, e uma armadilha se ativou. Um corredor de teias de aranha se estendeu abruptamente, envolvendo-me em um emaranhado pegajoso. — Vicky! — gritou YaoWei, virando-se rapidamente ao ouvir meu grito abafado. A teia me aprisionou e me puxou para uma armadilha de espinhos que emergia do chão. Eu estava em pânico, lutando para me libertar, mas as teias apenas me aprisionavam mais. YaoWei, com uma agilidade impressionante, pulou em minha direção e começou a cortar as teias com sua espada. — Não se mova! — instruiu ele, sua voz tensa enquanto se esforçava para me salvar. Com esforço, ele conseguiu cortar as teias que me prendiam, e, em um movimento rápido, puxou-me para fora da armadilha. O chão onde eu estava havia se afundado, revelando uma armadilha mortal coberta por espinhos afiados. — Você está bem? — perguntou YaoWei, examinando-me com preocupação enquanto eu tentava recuperar o fôlego. — Sim, obrigada — respondi, minha voz ainda tremendo. — Por pouco. YaoWei ofereceu-me uma mão para me ajudar a levantar. A adrenalina ainda corria em minhas veias, e olhei para ele com gratidão. Logo, continuamos a nossa jornada, agora mais cautelosos. Eventualmente, encontramos um corredor que parecia mais promissor. Os símbolos nas paredes começavam a se tornar mais claros, e a sensação de que estávamos perto de uma saída se intensificava. O caminho se estreitava até que encontramos uma grande a******a iluminada por uma luz suave. A saída estava à vista. — Finalmente — disse YaoWei, com um suspiro de alívio. — Vamos sair daqui. Caminhamos com mais confiança em direção à luz, e logo emergimos para fora da caverna. O ambiente ao ar livre era um alívio bem-vindo, e o céu estrelado nos acolheu. — Conseguimos — disse YaoWei, olhando para mim com um sorriso cansado. — Quase fomos derrotados naquela armadilha, mas conseguimos. — Sim, obrigada por me salvar — respondi, sentindo um peso sair dos meus ombros. — Vamos continuar. Ainda temos um longo caminho pela frente. Com um último olhar para a caverna, começamos a caminhar para frente, prontos para enfrentar o que viesse a seguir, com uma nova determinação e uma conexão mais forte entre nós. A jornada estava longe de acabar, mas, juntos, nos sentíamos mais preparados para tudo.
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