ALIANÇA DE NEGÓCIOS

Capítulo 37. Esse é o problema

Theodore olhando para o Patek Philippe em seu pulso. De cinco em cinco minutos. Impaciente.

Sophie não era de se atrasar. Ele não queria ligar para ela, já tinha avisado que chegou e estava aguardando ela. Mas, Theodore odiava esperar. Uma última olhada em seu relógio. Levantou o olhar e á viu.

Sophie estava indo em direção ao carro.

Vestido champagne acetinado, grudado ao corpo, alças finas, f***a lateral aberta até a coxa, cabelos castanhos escuros soltos em ondas e o maldito batom vermelho vinho que Theodore aprendeu a amar e odiar na mesma proporção.

Porra, pra que tudo isso pra um jantar na casa da mãe dela ? - Theodore pensava sem conseguir desviar os olhos de cada detalhe de Sophie.

— Achei que tivesse se perdido no caminho — ele disse assim que ela se aproximou, abrindo a porta do carro, o tom carregado de ironia.

Sophie ergueu uma sobrancelha, um meio sorriso nos lábios pintados de vinho.

— E perder a chance de ouvir mais uma das suas adoráveis provocações? Jamais.

— Provocação? — Theodore inclinou a cabeça, o olhar descendo por ela com deliberada lentidão. — Eu só estava começando a achar que tinha esquecido do horário… ou que estava ensaiando pra um tapete vermelho.

Ela riu baixo, ajeitando o vestido antes de entrar no carro.

Theodore fechou a porta atrás dela e contornou o carro, murmurando: — Filha da p**a, ela sabe exatamente o que tá fazendo.

Assim que ele entrou, Sophie o encarou de lado.

— Você está mais impaciente do que o normal hoje, Beaumont. Até parece que é você que vai ter que passar horas mentindo para sua família. — Sophie diz em tom provocativo.

Ele girou a chave, o motor rugiu.

— Fique tranquila, você vestida assim consegue tirar a tensão de qualquer conversa.

— Isso soa quase como um elogio — ela respondeu, cruzando as pernas, o tom provocante.

Theodore lançou um olhar rápido, a expressão indecifrável.

— Quase.— Ele responde seco.

— Então falta o quê? — ela perguntou, se inclinando um pouco.

— Falta você parar de testar a minha paciência — ele retrucou, voz baixa, sem tirar os olhos da estrada.

Sophie sorriu, satisfeita com o efeito que sabia estar causando.

— Ah, Theodore… parece que você tem tanta paciência comigo, quanto eu tenho com você. — Ela diz olhando para a estrada.

Ele soltou um suspiro contido, desviando o olhar por um segundo antes de responder:

— Esse é o problema.