McGoldrick Corporation- NY
17/06/2022 10:40h
Sophie entra na empresa com a postura altiva que aprendeu a ter desde cedo. Por mais que estivesse com a mente girando, furiosa. Mantinha- se calma por fora, tom de voz baixo, andando devagar.
— Bom dia Sra McGoldrick.
— Bom dia Felicity. Como vai ?. Por favor cancele toda minha agenda do dia, quero ficar a sozinha hoje. Obrigado. — Sophie diz em tom baixo e segue para sua sala, entrando e trancando a porta.
Se senta em sua cadeira de couro, soltando um suspiro longo, deixando de lado sua postura inabalável.
— Maldito— murmura baixo, pensando em Theodore. — Como ele ousa me ameaçar com uma velharia dessas. — Sophie pega o contrato na mão, olhando para ele como se fosse um pedaço de lixo.
Ela pega seu celular, discando o número do seu advogado.
— Felippo, como está, querido?. Preciso que verifique um contrato para mim, com extrema urgência.
— Bom dia, Sra McGoldrick. Me envie fotos do contrato, verifico agora mesmo para a senhora.
— Obrigado, me envie respostas o mais rápido possível. — Sophie diz e logo desliga o celular.
Ela tira foto de todas as páginas do contrato e envia a Felippo.
Minutos depois, Felippo respondeu com uma análise detalhada, enviando fotos e anotações em anexo.
— Senhora, o contrato é juridicamente válido. Apesar de datado de 26/02/1974, todas as cláusulas foram formalmente assinadas por Victor Beaumont e Charles McGoldrick, com testemunhas da época. A vigência é indefinida, e nenhuma revogação foi registrada. Ele destacou especialmente a cláusula de emergência: O casamento obrigatório em situações extremas ainda se mantém como instrumento legal para garantir a aliança.
Sophie recostou-se na cadeira, absorvendo cada palavra.
O contrato, que parecia uma relíquia do passado, ainda tinha poder sobre suas decisões e sobre o futuro das empresas. Cada cláusula desde a fusão das corporações até a coabitação e a fidelidade, permanecia em vigor, pronta para ser usada como arma ou proteção.
Ela olhou novamente para as fotos enviadas por Felippo, um frio percorreu seu corpo.
— Filho da puta.— Murmurou baixo, o ódio era evidente em seus olhos.
Se recusasse cumprir o que o contrato exigia, Theodore não hesitaria em reivindicar todas as ações da família McGoldrick. Algo que ela lutou para manter no topo.
Se aceitasse, teria de lidar com Theodore de forma íntima, em um casamento imposto pela cláusula de emergência.
A decisão não era apenas sobre poder ou riqueza. Era pessoal, estratégica e emocionalmente carregada.
Sophie fechou os olhos por um instante, respirando fundo. A jogada de Theodore tinha dado o efeito desejado por ele, ela sabia agora que qualquer movimento precisava ser calculado com precisão cirúrgica.
— Então vai ser assim... Mas vai ser do meu jeito — murmurou, um sorriso frio surgindo nos lábios. — Vamos ver se ele está preparado para acompanhar o que vem de brinde das ações McGoldrick.