Capítulo 45. Apartamento de Sophie

912 Words
Theodore chegou em poucos minutos em frente ao prédio de Sophie. Ele ficou no carro olhando para o prédio ponderando se deveria entrar ou não. Ele respira fundo passando a mão pelos cabelos nervosamente, ele não entendia bem o que era aquela inquietação que apertava dentro dele. Sophie era apenas sua noiva falsa, irritante, arrogante.. linda. Ele desce do carro, segue para a portaria, o porteiro não hesita em deixá-lo entrar, afinal todos na cidade sabiam sobre o noivado. Apesar dele estranhar que Theodore nunca tinha entrado lá, ele apenas passa o código do elevador, Theodore agradece com um leve aceno de cabeça e sobe. Sophie se assusta ao ouvir o som das portas do elevador se abrindo, dando acesso direto em sua sala. Sophie estava jogada no enorme sofá. Cabelos presos em um coque bagunçado, short jeans curto e uma regata branca. Ela se sobressalta assim que escuta o barulho e encontra Theodore entrando calmamente em seu apartamento. — Mas... que isso ? Como entrou ? — Ela pergunta com os olhos arregalados enquanto ele vem em sua direção. — Pelo elevador — Responde calmamente. Sophie solta um suspiro irritado. — Sempre engraçadinho né, nem parece que é dono de uma multinacional. — Responde seca. Theodore passa os olhos lentamente sobre Sophie, sem ligar se ela percebia ou não. Ele repara o short ridiculamente curto, deixando suas pernas a mostra, a regata que marca a curva da cintura, os s***s, o coque bagunçado deixando claro que ela nem sequer penteou o cabelo naquele dia. — Você não tá me parecendo dona de uma multinacional também, e você é.— Respondeu provocando de volta. Sophie cerra os olhos, irritada. — O que faz aqui ? Algum problema na empresa ? — Não, tudo sob controle lá. Apenas vim ver se estava viva, afinal não respondeu minhas mensagens, nem ligações. — Estou viva como pode ver, se era isso que te incomodava, pode ir. Theodore solta um suspiro longo. — Da para perceber que não está bem! Comeu algo hoje pelo menos ? Sophie solta uma risada seca, sem humor. — Não é da sua conta, Theodore. Sério, não sei o motivo de tanta preocupação. — Você é minha noi— Theodore começou mas foi interrompido. — Noiva falsa..— Interrompeu seca — Sou sua noiva falsa, é isso que somos, uma p***a de uma farsa.— Nós — Sophie faz um gesto com a mão indicando os dois — não somos NADA. — diz em tom levemente irritado. Theodore respira profundamente, frustado. — Eu sei, mas minha preocupação é sincera, p***a. Se você tivesse pelo menos atendido a merda do telefone, eu não estaria aqui. — Sabe o que mais me irrita em você, Theodore? Essa pose aí de bom moço, como se não tivesse me obrigando a casar com você. Theodore da uma risada seca, baixa, sem humor. Ele a encara por longos segundos, os olhos verdes faiscando entre raiva e algo mais. — Eu vi a publicação de Emma. Eu só quis vir.. ver como você estava. O semblante de Sophie muda, ela respira fundo, os ombros caem, a postura defensiva desmorona. —Vo.. você não tem esse direito, Theodore, vir aqui, aparecer como se..como se realmente se importasse— a voz de Sophie fica trêmula. Theodore se aproxima mais, ficando a menos de três passos dela. — Eu me importo de verdade com você Sophie. Sophie aperta os olhos, ela odiava a forma sincera que ele falava. A certeza na voz. Odiava que ele conseguia fazer ela sentir. Ela não queria, não podia, mas não conseguia mais evitar. — Sai... Sai daqui agora, p***a— Sophie diz se aproximado empurrando Theodore até o elevador. Theodore da três passos largos para trás, surpreso. Sem pensar muito, segura o pulso de Sophie fazendo-a parar, sem força, apenas para que ela pare de empurra-lo. Theodore olha e a vê com os olhos marejados, se aproxima puxando-a pela cintura, abraçando ela forte. Sophie arregala os olhos assim que seu corpo colidi com o dele, mas no fundo ela sabia que precisava daquele abraço. Ela permite, fechando os olhos, sentindo a força e a segurança que Theodore conseguia passar. Theodore acaricia as costas de Sophie com a ponta dos dedos. Abaixa a boca próximo ao ouvido dela. — Seu pai teria muito orgulho em ver a mulher e a empresária que você se tornou.— sussura em tom baixo para ela. Sophie ri baixo, sem humor. — Se ele tivesse vivo, o que será que ele diria, em ver a filha dele casando por causa de um contrato i****a. — Se ele tivesse vivo, ele teria que casar comigo, por causa de um contrato i****a. — Theodore retruca sem pensar,só fala. Sophie cerra o cenho, a resposta de Theodore a pega de surpresa. Mas o jeito bobo dele de ser, encantava ela na mesma proporção que irritava. Ela afasta o rosto do peito dele, e acaba rindo alto. — Você é péssimo para consolar alguém, sabia? — É, você tem razão. Desculpe por isso. Eles continuam perigosamente perto. Sophie encara Theodore ainda sentindo a força de seus braços a envolvendo. Sem querer, o corpo dela acaba a traindo, Sophie acaba descendo os olhos brevemente para a boca de Theodore, ele percebe. — Sophie? — O que, Beaumont? Eles se encaram por alguns segundos, a respiração de Theodore acelerando. O coração de Sophie disparado de um forma que ela tinha certeza que ele podia sentir.
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