Theodore chegou em poucos minutos em frente ao prédio de Sophie. Ele ficou no carro olhando para o prédio ponderando se deveria entrar ou não. Ele respira fundo passando a mão pelos cabelos nervosamente, ele não entendia bem o que era aquela inquietação que apertava dentro dele. Sophie era apenas sua noiva falsa, irritante, arrogante.. linda.
Ele desce do carro, segue para a portaria, o porteiro não hesita em deixá-lo entrar, afinal todos na cidade sabiam sobre o noivado. Apesar dele estranhar que Theodore nunca tinha entrado lá, ele apenas passa o código do elevador, Theodore agradece com um leve aceno de cabeça e sobe.
Sophie se assusta ao ouvir o som das portas do elevador se abrindo, dando acesso direto em sua sala. Sophie estava jogada no enorme sofá. Cabelos presos em um coque bagunçado, short jeans curto e uma regata branca. Ela se sobressalta assim que escuta o barulho e encontra Theodore entrando calmamente em seu apartamento.
— Mas... que isso ? Como entrou ? — Ela pergunta com os olhos arregalados enquanto ele vem em sua direção.
— Pelo elevador — Responde calmamente.
Sophie solta um suspiro irritado.
— Sempre engraçadinho né, nem parece que é dono de uma multinacional. — Responde seca.
Theodore passa os olhos lentamente sobre Sophie, sem ligar se ela percebia ou não. Ele repara o short ridiculamente curto, deixando suas pernas a mostra, a regata que marca a curva da cintura, os s***s, o coque bagunçado deixando claro que ela nem sequer penteou o cabelo naquele dia.
— Você não tá me parecendo dona de uma multinacional também, e você é.— Respondeu provocando de volta.
Sophie cerra os olhos, irritada.
— O que faz aqui ? Algum problema na empresa ?
— Não, tudo sob controle lá. Apenas vim ver se estava viva, afinal não respondeu minhas mensagens, nem ligações.
— Estou viva como pode ver, se era isso que te incomodava, pode ir.
Theodore solta um suspiro longo.
— Da para perceber que não está bem! Comeu algo hoje pelo menos ?
Sophie solta uma risada seca, sem humor.
— Não é da sua conta, Theodore. Sério, não sei o motivo de tanta preocupação.
— Você é minha noi— Theodore começou mas foi interrompido.
— Noiva falsa..— Interrompeu seca — Sou sua noiva falsa, é isso que somos, uma p***a de uma farsa.— Nós — Sophie faz um gesto com a mão indicando os dois — não somos NADA. — diz em tom levemente irritado.
Theodore respira profundamente, frustado.
— Eu sei, mas minha preocupação é sincera, p***a. Se você tivesse pelo menos atendido a merda do telefone, eu não estaria aqui.
— Sabe o que mais me irrita em você, Theodore? Essa pose aí de bom moço, como se não tivesse me obrigando a casar com você.
Theodore da uma risada seca, baixa, sem humor. Ele a encara por longos segundos, os olhos verdes faiscando entre raiva e algo mais.
— Eu vi a publicação de Emma. Eu só quis vir.. ver como você estava.
O semblante de Sophie muda, ela respira fundo, os ombros caem, a postura defensiva desmorona.
—Vo.. você não tem esse direito, Theodore, vir aqui, aparecer como se..como se realmente se importasse— a voz de Sophie fica trêmula.
Theodore se aproxima mais, ficando a menos de três passos dela.
— Eu me importo de verdade com você Sophie.
Sophie aperta os olhos, ela odiava a forma sincera que ele falava. A certeza na voz.
Odiava que ele conseguia fazer ela sentir. Ela não queria, não podia, mas não conseguia mais evitar.
— Sai... Sai daqui agora, p***a— Sophie diz se aproximado empurrando Theodore até o elevador.
Theodore da três passos largos para trás, surpreso. Sem pensar muito, segura o pulso de Sophie fazendo-a parar, sem força, apenas para que ela pare de empurra-lo.
Theodore olha e a vê com os olhos marejados, se aproxima puxando-a pela cintura, abraçando ela forte.
Sophie arregala os olhos assim que seu corpo colidi com o dele, mas no fundo ela sabia que precisava daquele abraço. Ela permite, fechando os olhos, sentindo a força e a segurança que Theodore conseguia passar.
Theodore acaricia as costas de Sophie com a ponta dos dedos. Abaixa a boca próximo ao ouvido dela.
— Seu pai teria muito orgulho em ver a mulher e a empresária que você se tornou.— sussura em tom baixo para ela.
Sophie ri baixo, sem humor.
— Se ele tivesse vivo, o que será que ele diria, em ver a filha dele casando por causa de um contrato i****a.
— Se ele tivesse vivo, ele teria que casar comigo, por causa de um contrato i****a. — Theodore retruca sem pensar,só fala.
Sophie cerra o cenho, a resposta de Theodore a pega de surpresa. Mas o jeito bobo dele de ser, encantava ela na mesma proporção que irritava.
Ela afasta o rosto do peito dele, e acaba rindo alto.
— Você é péssimo para consolar alguém, sabia?
— É, você tem razão. Desculpe por isso.
Eles continuam perigosamente perto. Sophie encara Theodore ainda sentindo a força de seus braços a envolvendo. Sem querer, o corpo dela acaba a traindo, Sophie acaba descendo os olhos brevemente para a boca de Theodore, ele percebe.
— Sophie?
— O que, Beaumont?
Eles se encaram por alguns segundos, a respiração de Theodore acelerando. O coração de Sophie disparado de um forma que ela tinha certeza que ele podia sentir.