Capítulo 7. Ameaça

701 Words
Beaumont Holdings - NY 17/06/2022 8:15 AM Theodore entra na empresa, os olhares dos funcionários não passam despercebidos por ele. Olhares de raiva, alguns de dó, outros pareciam felizes em ver a empresa se afundando. Mas, ele passa como se nada o afetasse, mantendo a pose impecável de um Beaumont. — Bom dia Genevieve, assim que a Senhorita McGoldrick chegar, acompanhe ela até a minha sala de reuniões, e certifique-se que nenhum funcionário apareça por lá, até o final da minha reunião com ela. Entendido ? — O tom de Theodore é firme e autoritário. — Claro, Sr Beaumont, farei como o senhor mandou. Theodore sai sem dizer mais nada, segue até sua sala de reuniões, pegando o contrato e deixando em cima da mesa. Ele está nervoso por dentro, mas , por fora sua postura é fria, calculada, impecável. O relógio marcava 10:00h. Theodore está parado de costas para a porta, observando a movimentação intensa das ruas de Nova York, quando escuta a porta se abrir. — Senhorita McGoldrick— Diz Theodore ainda sem se virar de frente para ela. — Que bom que veio, é uma honra recebê-la na Beaumont Holdings. Theodore se vira lentamente, ficando de frente para ela, ele caminha até ela apertando sua mão levemente. — Sr Beaumont— Diz Sophie, voz baixa, porém firme. — Devo dizer que seu convite foi um tanto quanto... Inesperado. — Eu entendo, mas, temos algo a... discutir, senhorita— Theodore faz um gesto com a mão indicando que Sophie se sente. — E o que exatamente eu teria para discutir com o Senhor ? — Pergunta Sophie com o tom de voz neutro. — Veja bem, Senhorita. Sei que meu nome está estampado em manchetes por aí, e não é novidade que meu pai é um.. covarde, mas, não sou igual ele, e pretendo reerguer essa empresa. E para isso, preciso de você. — O tom de voz de Theodore é firme. — Senhor Beaumont, se deseja algum tipo de parceria entre nossas empresas, sinto em desaponta-lo. Não desejo unir nossas empresas, infelizmente, a Beaumont Holdings está a beira do precipício e não desejo cair junto. — Sophie responde sem rodeios, voz tão autoritária quanto a dele. — Nesse caso, sinto em te informar que já decidiram por você, ou melhor, por nós. — Theodore da uma risada sem humor algum, deslizando o papel do contrato para frente de Sophie. Sophie franze o cenho, confusa com o ato. Ela estreia os olhos ao ler o papel em sua frente. Aliança de negócios. — Que isso ? Algum tipo de brincadeira de mau gosto ?. — Sophie diz segurando o contrato e lendo brevemente. — Não se engane, McGoldrick. Fiquei tão incrédulo quanto você, mas, é do meu interesse, por mais ridículo que seja. — O tom de voz de Theodore é neutro. Sophie lê rapidamente o contrato, com a rapidez de quem é acostumada com papéis e contratos enormes. Sophie se encosta na cadeira e solta em riso baixo, incrédula, irritada. — Se você acha que vai me forçar a seguir esse contrato ridículo, está enganado, Beaumont. — O tom de voz de Sophie é ríspido, firme. — Como quiser, McGoldrick. Se não seguir conforme o contrato exige, usarei sem nenhum hesitação a cláusula seis, fica a seu critério se quer perder tudo, ou compartilhar comigo. — Theodore diz em tom de ameaça, olhando Sophie nos olhos. Sophie volta os olhos para o contrato obsevando a cláusula seis, que deixa claro que caso ela recuse, tudo que é dela, irá para ele, sem chance dela recorrer. O silêncio na sala é denso, a tensão nervosa entre eles é quase palpável. Theodore quebra o silêncio. — Bom— Theodore começa com um suspiro longo. — Você tem três dias para me dar uma resposta, McGoldrick, vá, veja com seu advogado e verá que esse contrato é válido ainda, não tem o que fazer. Aguardo sua ligação. — Ele diz se levantando da cadeira calmamente. — Muito bem, Beaumont. Vejo que é tão sujo, ganancioso, e covarde, quanto seu pai. — Sophie se levanta e saí, sem olhar para ele, ela sai calmamente, não deixando transparecer o ódio que a consumia.
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