E o amor que explodiu dentro do meu peito foi avassalador. Era como se, pela primeira vez, eu pertencesse a algum lugar. Como se tudo finalmente tivesse um sentido. As lágrimas rolavam em meu rosto, enquanto eu acariciava seu rostinho com as pontas dos dedos. — Oi, meu amor… — sussurrei e uma lágrima caiu em sua testa. Ele se mexeu, soltando um som baixinho, e eu ri, mesmo em meio ao choro. — Eu esperei tanto por você… Tantas noites em claro, tantas lágrimas, tanto medo… mas você chegou e agora nada mais importa. Ele abriu os olhos pela primeira vez, e eu engasguei com a emoção. Olhos claros, tão parecidos com os do pai, mas seus cabelinhos castanhos eram como os meus. Perfeito... Simplesmente perfeito. Meus lábios roçaram a sua pele macia, e naquele instante, todos os anos

