Evelin Vanderbilt
Parada, como se soubesse que eu sairia naquele exato instante.
Lyra.
Ela me olhou de cima a baixo com o mesmo deboche silencioso que havia demonstrado durante todo o jantar. Os lábios pintados se curvaram num sorriso irônico e venenoso.
— Até que demorou. Achei que tivesse fugido pela janela.
— Ah, Lyra! Sinto lhe informar que jamais fugiria de um jantar realizado na casa dos meus sogros. — disse com a cabeça erguida, sem pestanejar.
Falei e tentei passar por ela, minha paciência pendendo por um fio. Mas antes que meus passos cruzassem a linha da tolerância, senti sua mão fina e gelada agarrar meu braço com uma força surpreendente.
— Você acha que engana quem, Evelin? — sua voz era venenosa, escorria desprezo.
Virei-me devagar, meu olhar fixo no dela como uma lâm
