Mas precisei me conter, me corrigir, me lembrar do que era real.
Chris era meu amigo, além disso.
E eu não podia me permitir sonhar com nada mais. Porque sonhar, no fim das contas, sempre me deixava em pedaços, tanto que eu já era quebrada demais para me permitir me entregar mais uma vez.
(...)
Assim que chegamos em casa, eu não esperava nada além do silêncio acolhedor do meu lar. Mas, ao cruzarmos a porta, fomos recebidos por uma explosão de vozes, cores e emoção.
— Surpresa!
O ar foi arrancado dos meus pulmões.
A sala estava transformada. Balões azul-claro e branco flutuavam pelo teto, presos por fitas douradas reluzentes. Uma faixa enorme pendia na parede, escrita com letras douradas: Bem-vindo, Theodore!
Mas nada disso foi o que realmente me fez estremecer. O que me deixou
