Evelin Brown Ele está ali. Encostado no balcão. Copo na mão. William. O ar se torna denso, sufocante. Por um instante, meus pulmões esquecem como respirar. Apenas encaro aquele homem, aquele fantasma do meu passado, que me observa com uma expressão de puro tédio, como se eu fosse nada. Seus olhos azuis frios me percorrem devagar, avaliando, medindo, pesando minha insignificância. Nos lábios dele, o mesmo meio sorriso presunçoso que já foi capaz de me desarmar um dia. Hoje, só me enoja. — Evelin... — ele arrasta meu nome como se saboreasse o momento. — Ficou surpresa em me ver aqui? Sua voz desliza pelo ar como uma lâmina afiada, cortando tudo no caminho. Cada músculo do meu corpo se enrijece. Meu coração não bate de saudade... ele pulsa de ódio. A última vez que vi esse homem

