Marina e David ainda estavam parados dentro do carro quando o veículo preto e luxuoso estacionou à frente de Lily. O motor roncava com a potência de um predador. Não era um carro que qualquer assalariado poderia sequer sonhar em ter. Muito menos alugar para um fim de semana. Marina inclinou-se para frente, espiando pelo para-brisa. Apertou os lábios num misto de desdém e curiosidade, depois lançou um olhar para David com uma preocupação teatral. "Ah, não," disse ela, com um tom melífluo. "Será que a Lily está se metendo com gente errada? Talvez tenha arrumado um 'patrocinador' novo que está se aproveitando dela? Coitada." Ela fingia compaixão, mas cada palavra era uma fina agulha envenenada. David não respondeu de imediato. Suas mãos se cravavam no volante com tanta força que

