Falcão narrando
Dia hoje tá correria, eu já matei dois que tentaram me passar a perna. Quer usar as parada tem que ter dinheiro pra bancar, se não tem, nem entra no jogo que se não pagar e vala, papo só, não tem desenrolado não
Sai da boca depois de acertar minhas parada tudo e comer a maluca da Sarinha
- coe eu tenho que ir lá p***a, se liga, tenho que sair hoje pra resolver essa p***a, tu fica na visão do morro, não é pra ficar de guerra com b****a não, controla tuas p**a que hoje meu morro tá na tua mão em, piloto - eu falo com o meu sub pela décima vez hoje
- chato pra c*****o, Ainda bem que tu vai nesse puteiro, assim esquece as b****a que eu como- ele reclama e sai batendo a porta como sempre
Esse arrombado é meu primo, meu braço direito, esquerdo, olhos e ouvidos. Somos feito cão e gato, brigamos o dia todo. Já falei com a minha tia que qualquer hora eu mato esse corno, chato.
Nós nascemos quase juntos, minha mãe e minha tia, que é irmã do meu pai, engravidaram quase juntas. Meu pai que já era dono daqui na época quase matou o meu tio, porque ele era vapor na época, e tirou a virgindade da minha tia, tudo na escondida, meu pai surtou, ele é super protetor e foi um caos, que logo passou.
Meu tio morreu tem dois anos, não foi em guerra não, pelo contrário. Morreu dormindo, infartou, foi horrível, maior correria.
Meu pai ainda estava na ativa, e se aposentou no mesmo dia. Me entregou o morro de vez e não quis saber de mais nada. Eles eram tão colado quanto eu e meu primo. A família inteira sofreu pra c*****o. Minha tia sente muita falta dele ainda, piloto voltou a morar com ela pra ela se ocupar um pouco, e é um dia após o outro né, não tem muito o que fazer, quando chega a nossa hora. Mas nunca estamos preparados, isso é fato.
Graças a Deus eu ainda tenho meus coroa comigo. Não moro com eles, mas perturbo eles todo santo dia, porque se não, não sou eu
Hoje o dia estava por conta, eu tô com um mexicano aí pra negociar uns bagulho novo, e ia junto com o chefe da faccao nessa boate de stripp pra negociar com o cara lá
Mas antes eu gosto de deixar tudo certo na favela, sou chato pra c*****o com o morro, gosto de tudo certo, por isso eu brigo com o piloto o dia inteiro, se deixar ele fica de delivery de b****a o dia todo. Não que eu seja muito diferente, mas a minha responsa é f**a, meu pai mesmo aposentado me cobra e exige que eu seja o melhor sempre, e eu mantenho a linha de tudo o que ele me ensinou
- o mãe, tem comida não ? Tô com fome - eu já entro na casa dos meus pais gritando
- o garoto chato, eu já te deixei sem janta algum dia ? - ela grita da cozinha e eu vejo ela e meu pai jantando
- coe nem me esperaram mano - eu falo e ela da um tapa no meu braço quando eu sento do seu lado
- mano é o c****e, me respeita que eu sou sua mãe - ela fala e eu já começo a me servir
- vai onde ?- meu pai se pronuncia me vendo todo apressado
Esse eu não vou saber nunca mentir pra ele, ele sabe me decifrar só pelo meu jeito, absurdo esse coroa
Eu falo pra ele o que vou fazer e jantamos junto como todos os dias. Terminei de jantar e sai correndo antes que a louça sobrasse pra mim, só escutei minha mãe me xingando todo, mas eu já estava longe porque não sou b***a né
Fui pra casa e tomei o banho, me vesti naquele pique bolado, do jeito pra comer umas cinco p**a pelo menos, e vazei pra pista, bonitão pique galã mesmo
Sou procurado, tenho nome vazado na rua, mas ninguém conhece o meu rosto, e uso identidade falsa quando vou pra pista, e ainda molho a mão das pessoas certas, não sou nenhum i****a né
Cheguei na boate e o peixão já estava chegando também. Parei no estacionamento e não demorou muito ele colar do meu lado com o nosso futuro aliado.
- satisfação, falcão - eu falo com o mexicano que aperta a minha mão
Faço o toque com o peixão e entramos na boate, segurança daqui é uma merda, isso porque segundo o peixão eles melhoraram essa semana o esquema, se isso é o melhor…
Nós pedimos umas bebidas e começou um show de uma dançarina no palco que fez a boate ir a loucura
- antes de negociarmos temos que apreciar essa beldade…- o peixão fala e eu olho pro palco
Que mulher! p***a! Sensual, dança pra c*****o, tem um olhar que parecia imã pra mim. Em determinado momento ela me olhou e eu fiquei vesgo, parecia que o mundo ao redor havia sumido, parecia que aquele show era pra mim. Bizarro.
Eu fiquei louco observando ela dançar e sensualizar até ela sumir do palco.
Não sei explicar, mas algo naquela mulher me chamava de uma forma magnética que me fez levantar e ir até o c*****o pra exigir por ela
- como assim ela não pode ser contratada ?- eu pergunto puto ao ouvir o seu “não”, sobre ela - isso aqui não é um puteiro, c*****o ?- eu falo puto e ele passa a mão no rosto
- temos belas meninas, das melhores qualidades, mas ela não está disponível - ele fala e eu dou um murro no balcão
- 30 mil, eu pago, mas eu quero ela- eu falo e vejo sua mandíbula travar, mas ainda sim a resposta não mudou. Que ódio.
Eu me sentei revoltado. Voltei pra mesa me sentindo contrariado, e eu não aceito um não, nunca. Começamos a negociar mas o olhar daquela mulher não saía da minha cabeça. O mexicano também já estava me irritando com esse papo mole que nem a p**a no meu como me distraia
E pra ser sincero eu nem vi quando ela veio parar aqui
- coe mexicano, já falamos que o bagulho é certo- eu me irrito- nós queremos comprar a tua droga, só que tu tem que facilitar no transporte, c*****o, tá achando que nós somos otarios nessa p***a também ?- me altero depois dele colocar um monte de impecilho no bagulho
Ele ia responder mas eu vi a minha perdição vindo falando com os clientes. Ela sorria, sensualizava, mas ninguém tocava nela, no máximo na sua mão, e ela logo desviava, eu estava bolado já com aquela p***a. Observei alguns homens dando dinheiro pra ela, e ela sorria e passava a mão no ombro deles enquanto se afastava, mas ela não deixava nenhum deles a tocar, e isso me deixou ainda mais instigado. Até que ela passou perto de mim e eu não me contive e a segurei
Seu olhar é algo que penetra a alma, sua mão quente, assim como o calor que ela transmitia na sua dança, seus lábios carnudos e sua expressão marcante, ela me olhou rápido, sua voz doce, e ela logo se afastou me negando.
Aquilo me consumiu, ela sumiu, e eu enlouqueci ali naquele local.
Alguns momentos depois ela voltou, dançou mais uma vez, e eu novamente fui levado pela sua dança a um lugar paralelo. Eu tinha certeza que ela estava dançando para mim
Quem é essa mulher ? Por que ela é intocável ? Como uma mulher num puteiro não se envolve com nenhum cliente ? c*****o! Eu estava enlouquecendo.
Ela foi embora do palco sobre uma chuva de aplausos, e eu permaneci sério, encarando ela, e buscando o seu olhar, nossos olhares se cruzaram e ela logo tratou de desviar. Seu mistério me trazia curiosidade, e desejo, e eu quero essa mulher!
Nem que eu venha aqui todas as noites, mas eu quero ver a mulher que há por baixo daquela máscara. Ah se quero…
A negociação com esse mexicano foi um porre, cara chato do c*****o, eu não vou ficar insistindo em droga de ninguém não, já logo dei o papo reto
- irmão, não sou vagabundo de insistir não, não insisto nem por b****a, quem dirá por droga, nossa oferta é a que falamos, se não quiser é contigo mesmo.- eu falo me levantando- aguardo a sua resposta - eu falo e saio do puteiro
Não comi ninguém aqui, minha mente estava fervendo, eu quero saber quem é aquela mulher…
Fiquei ali fora um tempo pra ver se via ela saindo, mas nada… não vi nada, então decidi ir pro morro de volta, não tenho medo da pista mas não sou i****a de ficar moscando né
Fui pro morro e eu estava puto, o olhar dela, aquele jeito, p***a, não saia da minha mente, ela me chamando de “amor” com deboche, se afastando, as duas putas no meu colo eram inúteis, perante a ela
Cheguei na favela e fui direto pra boca, eu estava uma pilha. Fui direto pra minha sala, coloquei uma carreira de pó na mesa e cheirei com tudo, querendo esquecer aquele olhar, aquele maldito olhar.
Estava na frente da boca e a Sarinha já vinha marcando ponto de novo
- oi amor, vim te dar bom dia vida - ela fala e só de ouvir a palavra “amor”, me deu asco
- amor o c*****o, entra nessa sala e fica de quatro pra eu comer essa p***a - eu falo bolado com ela e olho pra frente vendo uma moradora subindo com uma bolsa grande do lado, e o cabelo pro rosto, nem liguei.
Fui pra boca com a Sarinha e taquei firme nela, só que todas as vezes que eu estava quase gozando, aqueles olhos vinham com tudo na minha mente e eu não conseguia, eu me desconcentrava, eu perdia o chão, o ar…
- p***a- eu socava mais forte nela, e ela já gritava feito louca, me deixando mais irritado - cala a boca p***a- eu grito e soco com os olhos daquela dançarina preso a minha mente
Mas que p***a, ela é uma p**a, querendo ou não, que c*****o, por que ela não sai da minha mente ?
- vai some, sara- eu falo depois de gozar muito m*l, e cheiro mais uma carreira de pó
- ué amor, assim ? Nossa, você sempre me deu moral, que isso cara- ela fala e eu já fico nervosa
Puxo ela do jeito que ela estava pra fora da minha sala e jogo suas roupas lá fora
- que p***a - eu acendo um cigarro e decidi sair pelo morro, peguei uma moto da boca e fui dar um giro
Aqueles olhos… malditos olhos cor de mel… tão marcantes, tão vibrantes, p***a…
Passei pela praça e vi outra v***a me dando mole, mandei subir e fui rasgando pelo morro acima e levei ela pro abate, mas de novo, nem com ela me chupando, e fazendo o serviço completo, eu gozava como precisava pra me sentir aliviado
- inferno - eu grito puto quando chego em casa sozinho, e me jogo no chuveiro frio.
Fui obrigado a tocar punheta lembrando dela dançando naquele pole dance, lembrando que parecia ter apenas nos dois ali… c*****o
Me joguei na cama cansado depois de gozar enlouquecidamente pensando naquela mulher, e fumei um baseado ali deitado mesmo, e fiquei fritando a mente até apagar, mas a última coisa que vi quando fechei os olhos foi ela jogando beijo pra mim sorrindo
Tô ficando louco!