Falcão narrando
Eu estava agoniado com ela nos meus braços, como o desespero dela, o estado que ela ficou. O choro dela era silencioso, mas doía de escutar. A respiração acelerada, os ombros tremendo, as mãos agarradas na minha camisa como se eu fosse a única âncora dela naquele momento.
Sem falar nada, só segurei ela ali, deixando ela chorar. Meu peito queimava de raiva, de impotência, de querer arrancar todo esse sofrimento dela à força, de querer resolver tudo do jeito mais rápido e mais prático possível. Mas tinha coisa que não dava pra resolver na bala.
Eu ia precisar ser paciente.
Aos poucos, fui sentindo que ela começava a se acalmar. O choro foi diminuindo, o corpo dela relaxando contra o meu, a respiração desacelerando. Passei a mão pelos seus cabelos, fui murmurando coisas b
