Angela narrando A água quente escorria pelo meu corpo enquanto eu tentava acalmar minha respiração. Era estranho me sentir assim, ansiosa, nervosa, insegura, tudo ao mesmo tempo. Eu nunca passei por isso. Nunca tive um encontro de verdade. Nunca me permiti viver algo assim. Enquanto a espuma do sabonete deslizava pela minha pele, eu pensava no que viria pela frente. Peixão era intenso, determinado, e eu sabia que ele não era do tipo que recuava diante de nada. Mas eu… Eu era um turbilhão de incertezas. Esfreguei as mãos no rosto, como se isso fosse capaz de afastar todas as minhas dúvidas. Eu precisava me concentrar. Não tinha por que me sentir assim. Ele já deixou claro que não iria me pressionar. Que queria que eu fosse no meu tempo. Mas meu corpo ainda carregava marcas, cicatrizes

