Lisa Hernandes Nos afastamos do beijo, ofegantes. O ar parecia rarefeito entre nós. Mas antes que qualquer palavra escapasse dos meus lábios, o pânico me dominou. Sai correndo. Literalmente. Atravessei a multidão como se minha vida dependesse disso, tropeçando em passos apressados até o banheiro. Tranquei a porta atrás de mim e encostei as costas na madeira fria. Soltei o ar que nem percebi que prendia. — Jesus Cristinho amado… o que foi aquilo? O gosto do beijo dele ainda estava na minha boca. Um beijo quente, molhado, dominador. Um beijo que me pegou desprevenida. — Merda… agora ele deve estar achando que sou maluca. Quem beija alguém e sai correndo como se tivesse visto o capeta? Toque na porta. Duas batidas. Três. — Lisa, abre, sou eu! — era a Louise. Destranco e abro. O so

