02

932 Words
ALMA GONZALEZ NARRANDO. ANO DE 2024, CARTEL DO MÉXICO SINALOA. Eu cresci sabendo que estava prometida para um mafioso Russo, durante todos esses anos eu fui criada para isso, foram aulas de russo, de etiquetas, de tudo para ser uma esposa exemplar. Eu sempre soube das regras e tradições da Máfia, só que uma coisa que eu nunca soube foi do rosto do meu futuro marido, eu não sei quem ele é. Já ouvi muitos rumores por ai, que ele é um homem r**m, frio e que todos temem a ele. Eu não sei a idade dele, não sei se ele é um homem bonito, não sei a cor dos seus olhos ou dos seus cabelos. Estou em frente ao espelho, sentada na banco que tenho em frente a minha penteadeira, sempre fui vaidosa, a chica que anda com o cabello ordenado e o batom vermelho. A mi madre sempre me ensinou que la belleza de las mujeres mexicanas es diferente, precisamos ser vaidosas. Por falar em mi madre, eu cresci ouvindo as lamentações dela sobre as decisões do mi padre, sempre foi tudo muito caótico e todas as vezes que a mi madre vinha conversar comigo sobre o casamento, ela chorava, nenhuma madre quer se separar de tu chica. Ir para outro país, viver longe da mi família, longe dos meus costumes. Termino de passar o batom em minha boca, vejo se ficou borrado e me perfumo. Hoje, eu completo os meus dezoito anos e junto com a minha festa de aniversário, será a minha festa de despedida, amanha eu embarco para a Rússia e irei viver aquilo que foi combinado quanto eu tinha poucos dias de vidas. Coloquei a minha sandália, abri a porta do quarto e desci. Mi madre estava no final da escada a minha espera, ela estava linda e com lágrimas nos olhos. — Mi chica, como estas bonita. — Não chora madre, eu vou ficar bem, durante dezoito anos eu fui preparada para isso. — Irei sentir sua falta, minha companheira de todas as horas. Sou filha única, mi madre sempre teve medo de engravidar novamente, medo do destino que mi padre poderia traçar para essa criança e por este motivo está sofrendo muito com a minha partida. — Como estas bonita filha. — Mi padre me abraçou. — Feliz aniversário mi chicha, que você seja muito feliz. — Ele disse e finalizou o abraço. Não, eu não sinto raiva dele. Ele, fez o que tinha que fazer para se manter vivo e se não tivesse feito isso, eu teria crescido sem um padre e sabe lá Deus o que teria sido de mim e mi madre. A festa estava muito bem decorada, muitas flores, comida e muita, mas muita cerveja e tequila. Todo os soldados e suas famílias do Cartel de Sinaloa estavam presentes, muitas pessoas aqui me viram crescer, ajudaram mi madre a me criar. E tinha música, muita música, preciso deixar claro aqui o quanto eu amo dançar. Os mariachis que estão tocando em minha festa, são bem animados. — baila comigo? — Emilio, filho de um dos soldados me convida. — Sim. — Respondi e peguei em sua mão. A salsa é uma dança caliente e envolvente. Além dos nossos corpos dançarem juntos, os nossos olhos estão grudados um ao outro. Por alguns instante, eu esqueci tudo o que estava a minha volta, eu e o Emilio crescemos juntos, sempre houve um jogo de interesse, por mas, que mi padre nunca deixou eu ficar a sós com um chico, eu e o Emilio nós beijamos quando eu tinha apenas 13 anos. Ninguém sabe sobre isso, apenas nós dois e ele nunca quis que eu fosse embora. — Ei, Alma. — Mi padre fala. O padre de Emilio puxou ele pelo braço e acabou com a nossa dança. — Você é uma mulher comprometida. — Mi padre chama a minha atenção, me pegando pelo braço. — Me solta, eu sei que sou uma mulher comprometida, não precisa ficar me lembrando. — Eu respondi, puxando o meu braço. — Yolanda, você precisa aprender a controlar a sua chica. — Ele disse com grosseria. — Ninguém precisa me controlar padre, eu sei o que fazer, você me treinou por dezoito anos para ser uma esposa perfeita. — Alma, chega ou... — Ou o que padre, irá me bater? Bate, bate aqui na frente de todo mundo. — Eu aumentei o tom de voz e o meu pai virou um tapa na minha cara. — Vá para o seu quarto, a festa acabou para você. — Ele gritou e todos me olharam. — Omar, por el amor de Dios. — Chega Yolanda, ou você irá sair da festa também. — Ele gritou com a minha madre também. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, eu sai do meio da festa e subi as escadas correndo indo diretamente para o meu quarto. Deitei na cama e comecei a chorar. — Que destino de mierda. — Chorei. A música do lado de fora continuava, eu podia ver pela janela do meu quarto todos dançando, bebendo e felizes. Inclusive, mi padre. Alguém bateu na porta do quarto, eu corri para a minha cama e fiquei esperando para ver quem iria entrar por aquela porta... O que vocês acharam da atitude do pai de Alma? Vocês já me seguem no **? Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos. Adicionem o meu livro na biblioteca clicando no ❤
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD