como conquistar um mafioso

8

Depois de algum tempo escolhendo os biquínis (já agora, a garota é viciada em biquínis, ela tem um monte), finalmente fomos nos trocar e estávamos prontas.

– seu chefe não vai ficar bravo?_ pergunto enquanto a mesma me guiava em direção a famosa piscina.

– não, ele não tem pelo que ficar bravo_ dá de ombros_ a menos que ele se incomode que vejam você de biquíni_ sorriu fraco.

– e por que ele se incomodaria com isso?_ arqueio a sobrancelha.

– você é gostosa obvio que ele ficaria incomodado se visse você assim na piscina_ fala animada.

– e por que parece que isso te deixa animada?_ a olho confusa.

– porque é o Enzo, eu amaria ver qual seria sua reação_ sorri enquanto chegamos a piscina_ será que mandaria todos fecharem os olhos, ou daria um tiro em quem ousasse apreciar a visão que você proporciona? Isso só saberemos se ele chegar, mas enquanto ele não chega_ tira seus chinelos e joga a toalha em uma das espreguiçadeiras_ vamos aproveitar ao máximo_ correu e deu um pulo na piscina.

Eu ri a olhando incrédula_ essa garota é doida_ larguei minha toalha na outra espreguiçadeira e entrei calmamente na piscina através das escadas. Nadei um pouco naquela água fresquinha, mergulhei e então fui me sentar na borda da piscina, onde Vivi veio ter comigo.

– então, me fale de você Gabie, eu quero te conhecer, ir além daquilo que está escrito na pasta que deram para nós_ fala colocando os braços na borda da piscina, enquanto seu corpo permanece na água.

A olho confusa por sua última declaração_ como assim? Vocês tem uma pasta com informações sobre mim?

Ela assentiu_ todo mundo recebeu, sabe, pra saber quem é você_ deu de ombros.

– e o que vocês sabem sobre mim?_ cruzo os braços.

– bem, eu sei que você nasceu a 13 de outubro de 2002, tem dois irmãos, Ayler que nasceu a 30 de dezembro de 1997 e Elena, nascida a 12 de setembro de 2001, terminou o ensino médio aos 14 anos e se formou com distinção em medicina aos 20, sua mãe morreu em um acidente quando você tinha 11 anos, seu irmão foi preso quando tinha 23 anos por posse de drogas, seu pai se viciou em jogos e álcool, você era uma garota problemática mas de repente virou a nerd da turma, hummm_ parou para pensar_ sua cor favorita é vermelho, você calça 38, sua melhor amiga é sua irmã, ao todo na vida teve 3 namorados, dois dos quais ainda são seus amigos, é fluente em vários idiomas, sabe cozinhar, ama ler, o que me lembra que não mostrei para você a biblioteca da casa, e por fim, pelo que Desmond falou e Cody concordou, você é fria e inexpressiva em determinadas situações_ terminou me analisando.

– cara, vocês pesquisaram até o dia do meu aniversário_ falo impressionada_ foi um belo trabalho, acho que não tem mais nada para te falar sobre mim_ dou de ombros.

– sério? Deve haver muito mais a ser contado, você teve uma vida normal, certeza que deve ter muita coisa incrível para contar_ falou entusiasmada mas logo sua expressão mudou_ quem dera ter tido uma vida normal_ suspira.

– você sempre viveu aqui?_ pergunto curiosa.

– bem, sim, meu pai era um dos homens de confiança do antigo capô, o pai do Enzo, ele morreu em um ataque e então o senhor Sanders cuidou de mim e da minha mãe.

– cuidou? Por que vocês não se mudaram, não foram embora desse lugar? Podiam ter recomeçado em outro lugar_ a olho confusa.

– não é tão simples, nós não tínhamos muita coisa e não teríamos onde morar, sair daqui implicaria muita coisa e sei lá, acho que não tivemos coragem suficiente para simplesmente ir embora_ sorriu sem ânimo nenhum.

– sinceramente, eu acho que te entendo, eu fiz essa pergunta mas no fundo eu mesma não consegui ir embora quando precisamos_ dei de ombros com um sorriso fraco.

– de verdade? Eu achei que você tinha menos complicações na vida, tipo, tirando o facto de seu irmão ter sido preso e o vicio do seu pai, eu achei que você tinha uma vida legal, saindo pra se divertir, muitos amigos, um relacionamento legal_ menciona isso com um sorriso sonhador, me arrancando uma gargalhada.

Ela olha confusa para mim_ eu acho que você está mencionando minha irmã, ela é quem é a sociável entre nós, eu sou mais do tipo, ficar em casa lendo o fim de semana inteiro e raramente sair para me divertir_ confesso.

– sabendo que você é praticamente um gênio, isso não me admira, me admira mais o porquê você tenha mudado de garota problema a super gênio_ me olha curiosa.

– gênio? Nada disso, eu só precisei me tornar numa boa irmã mais nova pra não sobrecarregar meus irmãos, éramos todos crianças, se eu fosse rebelde estaria causando mais problemas que meu pai alcoólatra causava_ dei de ombros_ eu acho que vou seguir os conselhos da minha irmã, ela sempre dizia que eu devia sair e me divertir mais, eu vou fazer isso e vou arrastar você comigo.

– eu não vou recusar, na verdade vou até gostar_ se animou.

– nossa, eu já sabia que você tinha mau gosto, mas não achei que fosse tanto nem, está andando com essa daí? Não me decepcione Vilma_ a tal Karla chega atrás de mim e já vem com deboche.

– não provoque Karla, estamos aqui de boa_ Vilma responde.

– isso eu notei, só não acredito que você seja tão ingénua de confiar na desconhecida_ me olha com desdém.

– ela nunca vai deixar de ser desconhecida se não a conhecermos_ Vilma responde óbvia.

– ela não vai durar muito tempo aqui, não precisa se dar ao trabalho_ Karla fala com convicção o que me faz revirar os olhos.

– olha, eu acho melhor eu subir, obrigada por me chamar para nadar_ como já estava sentada na borda, facilmente sai da piscina.

– está indo porque eu estou aqui?_ Karla fala comigo, mas a ignoro, olhando para minha toalha na espreguiçadeira_ eu estou falando com você_ para na minha frente_ e sempre que eu falar com você, você irá me responder, entendeu?_ me olha de forma soberba.

– eu não sou obrigada a te responder, saia da minha frente_ falo calmamente.

-- ou o que? Vai fazer o que? Mergulhar?_ ela fala a última palavra me empurrando de volta para a piscina.

Dada a surpresa só me apercebo do que ela fez quando estou nadando para a superfície novamente, ela ria de mim, pelos vistos estava se divertindo com a situação, enquanto eu no meu íntimo rogava para que meu lado irritado ficasse calmo, para que eu não fosse e arrastasse a garota pelos cabelos até a água, para que eu me comportasse e cumprisse com o que o i****a me falou, nada de brigas ou confusão, nada de brigas ou... E splash, Karla foi parar na água. Enquanto eu tentava me convencer a ficar calma, sai da piscina, caminhei até Karla, dei um tapa no rosto dela, ela deu outro em mim, eu dei outro tapa nela e segurei seu cabelo, a arrastando até a piscina e jogando ela lá.

– agora percebi a razão de você estar rindo, é divertido desse lado_ falo sorrindo enquanto ela tirava o rosto da água.

– sua filha da put*_ fala com certa dificuldade.

– não fale da minha mãe_ a repreendo.

– se eu falar?_ fala vindo até a borda, mas antes que ela chegasse, eu me joguei na água e começamos uma briga na piscina.

Eram puxadas de cabelo, arranhões, tapas frustrados pela quantidade excessiva de água, tentativas de afogamento e uma Vilma muito empenhada em nos separar, mas que sem muito sucesso desistiu de nos separar, enquanto nós nos atacavamos e proferiamos xingamentos uma contra a outra, até que fomos separadas abruptamente por dois caras, e retiradas da piscina.

– me solte, me solte_ Karla se debatia nos braços do outro cara, enquanto eu já estava solta e tentava enxugar meus cabelos.

– c*****o Karla, para com isso_ Vilma falou para a loira.

– vai se fuder, eu vou matar essa merdinha_ falou me olhando com raiva.

– para de implicar com ela, você é bem crescidinha para isso_ Vilma reclama.

– soltem ela_ a voz de Lorenzo soa e todo mundo parece ficar rapidamente em sentido_ Vilma, eu preciso que você resolva uma coisa para mim, Karla, vá se trocar, vocês podem voltar ao trabalho_ ele fala de forma autoritária e todos o obedecem sem contestar_ você, vem comigo_ fala me olhando seriamente.

Mesmo revirando os olhos, pego minha toalha e o sigo em direção ao interior da mansão, pelos corredores, escadas e finalmente o quarto que agora me pertence, onde o mesmo entra e depois me espera fechar a porta.

– eu não deixei claro que não era pra você se meter em brigas ou confusões?_ pergunta calmamente mas com um tom bem sério.

– eu estava te obedecendo até aquela psicopata chegar e me provocar, eu sinto muito mas não tenho sangue de barata_ falo brava.

– estava me obedecendo?_ diz com incredulidade_ Você lembra qual foi a terceira regra? Se não lembra, a terceira regra era bem clara "tudo o que você quiser fazer tem que primeiro ter minha autorização, sem ela você não o fará", simples assim, e eu não lembro de te autorizar para ficar vestida desse jeito na piscina, estou até sendo generoso porque você nem sequer está vestida_ fala me analisando de cima a baixo.

– tá, eu não pedi sua autorização mas você não estava e..._ ele interrompe minha argumentação.

– isso não é desculpa, e exatamente por eu não estar, você não deveria andar por aí desse jeito, essa casa está repleta de homens, eu nem quero imaginar quantos deles ficaram olhando para sua b***a e... Você está sorrindo?_ me olha incrédulo.

– nossa, ainda não é apaixonado por mim e já ficou enciumado por conta de um biquíni?_ o olho com deboche.

– não teste a paciência que eu não tenho Gabriela_ me olha bravo.

– está bem, eu não vou mais ficar de biquíni por aqui_ cruzo os braços.

– vai ficar de castigo_ fala seguindo para a porta.

– como assim castigo? Você não pode fazer isso_ o olho indignada.

– eu posso e vou, me convença a não fazer_ me olha desafiador.

– cara, você adora ser convencido hein, custa só deixar passar essa? Eu não sou uma criança pra você por de castigo_ cruzo os braços indignada.

Ele sorri de canto_ você precisa ser lembrada que me pertence?

– nem esqueço, você vive me lembrando disso_ reviro os olhos.

– então deveria ser grata, eu te dei até a oportunidade de me convencer a não te castigar, eu sou incrível, por que você vive reclamando?_ abre a porta.

– nhe nhe nhe nhenhe_ imito sua última frase revirando os olhos.

– então aja como uma adulta_ fala fechando a porta atrás de si.

– aja como uma adulta_ imito sua fala com uma voz irritante_ i****a, como eu vou te convencer, eu não consigo nem me convencer a gostar de você, e você não facilita minha vida, argh, babaca_ atiro uma almofada para a porta e sigo irritada para o banheiro, indo finalmente tomar meu banho.