capítulo 04

1447 Words
Bianca narrando Eu estava muito nervosa, não faço ideia de onde começar, mais não posso deixar esse homem morrer se não eu também não saio daqui, e eu não aguentei tudo isso do Rodrigo até hoje pra morrer assim, só não posso abrir a boca e rezar pro meu sogro não entrar aqui, toda hora passa uma viatura e confesso que estou com muito medo disso acontecer, porque esse lugar vai virar uma loucura. Respirei fundo com o tal homem me olhando, ele quer que eu faça isso, tudo bem, vou fazer só espero conseguir salvá-lo. Depois que rasguei a camiseta dele vi várias tatuagens no seu corpo grande e musculoso, peguei algumas coisas que uso pra fazer a cirurgia nos pets, esterilizei todo o lugar e olhei pro rapaz que tá com a arma apontada pra mim. Bianca: preciso de espaço pra não contaminar ele, vou abri-lo, então isso pode acabar trazendo bactérias pra ele, não vou mentir não faço ideia do que estou fazendo, mais tentarei fazer o melhor pra salvar ele tudo bem? Só me de um espaço.- eu falo com ele que abaixa a arma e vai um pouco pra trás, comecei a prepará-lo, peguei o bisturi 10 e já fui abrindo ele, minhas mãos tremiam com medo de errar, mais eu tava fazendo o meu melhor, toda hora eu olhava pro relógio, já que estou em uma briga com ele, as 7 horas o meu patrão chega, agora são 4:20 da madrugada, já consegui retirar as dias balas, uma causou muito sangramento e eu quase me desesperei por que não estava achando de onde vinha, agora estou aqui suturando a barriga dele pra poder abrir a perna, espero que esteja mais fácil e a bala não esteja alojada também, meu celular já tocou algumas vezes e imagino ser o Rodrigo, tô orando a Deus pra esse psicopata não aparecer por aqui. Bianca: agora só falta a ferida da perna. Xxx: isso aí, tá fazendo um bom trabalho doutora, valeu aí por salvar meu irmão.- ele fala e agora entendo que toda essa agitação dele era medo de perder o irmão. Cortei a calça até o local do tiro e graças a Deus a bala tinha atravessado a perna dele, então isso é bom, quando tem saída assim é não sangra e porque as veias e nervos da perna estão intactos. Limpei bem o ferimento dele, dei os pontos que ele ia precisar, depois coloquei um curativo e estava pronto, olhei no relógio e já era 5 horas da manhã, gracas a Deus eu já terminei, peguei um talão de receita e fui escrever uns medicamentos que ele fosse precisar. Bianca: prontinho, aqui está a receita, ele não pode fazer esforço pra não estourar os pontos, e precisa de repouso, agora vão que preciso limpar essa bagunça antes do meu chefe chegar.- eu falo pra ele que confirma, ele vai até a bolsa que estava com um deles e tira um bolo de dinheiro, eu arregalo os olhos e ele me estende a mão pra pegar o dinheiro. Xxx: aqui doutora, pelos seus serviços, salvou grandão mesmo jae. Bianca: não tive muita escolha, mais agradeço.- eu falo empurrando o dinheiro e ele n**a, um dos homens vai até a porta e olha pra ver se podem sair. Ele faz sinal pro cara que tava parado na minha frente. E eles vem pegar o homem que estava na mesa, ele deixou o dinheiro em cima do balcão e eles saíram da clínica, respirei fundo agradecendo a Deus por ter me ajudado e agora é só limpar toda essa bagunça antes do senhor Antônio chegar, vou tirar um dinheiro desse que ele deu e colocar no caixa como pagamento dos matérias usados, já que aqui temos controle de tudo, então assim não vai parecer que fui obrigada a operar um homem invés de um pet. Comecei a recolher tudo, guardei o restante do dinheiro no meu esconderijo já que não posso levar pra casa, tava de costas pra porta quando ouvi ela abrir, me virei achando que poderia ser eles mais uma vez, e me deparei com o meu sogro parado ali. Neves: pelo visto sua noite foi bem agitada né Bianca.- ele fala olhando toda a bagunça que ainda está por aqui. Bianca: sim, um paciente que se machucou feio, ele tava sangrando bastante.- eu falo tentando não transparecer que estou mentindo. Neves: hum, não sei como consegue dar conta de cuidar de tudo sozinha por aqui, ainda mais com "pacientes" .- ele fala andando em volta da mesa que está suja ainda. Bianca : olha senhor eu preciso limpar tudo aqui antes de acabar meu horário, o senhor quer alguma coisa ? .- eu pergunto pra ele que n**a olhando tudo Neves: não, e vê se atende as ligações do Rodrigo, ele disse que está te ligando desde as 2 da manhã, sua operação durou tudo isso?. - ele pergunta e eu sei o que ele está fazendo, tá tentando me interrogar. Bianca: como eu disse pro senhor, o paciente se machucou feio, então acabei demorando mesmo na operação, e foi bastante complicado o caso dele. Neves: tudo bem, só vê se tranca a poeta viu, alguns bandidos do vidigal estão soltos oela cidade tocando o terror, vai que eles entram aqui e descobrem que você é mulher de policial e nora do sargento do bope. Bianca: pode deixar sogro.- eu falo pra ele sorrindo, ele odeia que eu chame ele assim. Ele saiu e eu voltei a fazer o que precisava, limpei tudo, desinfetei com álcool e quando olhei no relógio já estava dando meu horário, o senhor Antônio chegou e assim que abriu o caixa ele estava todo feliz. Antônio: noite agitada Bianca?. Bianca: nem te conto senhor Antônio, mais já vou indo tá bom, tô muito cansada.- eu falo com ele que Sorri é ascena com a cabeça. Antonio: vai com Deus minha filha, e bom descanso.- ele fala e eu pego a minha bolsa saindo da clínica, ainda tem alguns carros de polícia andando pelas ruas, então acho que não pegaram eles, peguei o meu carro e fui pra casa, agora é aguentar o Rodrigo, preciso me livrar logo desse homem, uma coisa que o meu sogro falou me chamou muita a atenção, ele disse que os homens era do vidigal e se eu fugir do Rodrigo, já sei exatamente pra onde vou. Cheguei em casa e o Rodrigo estava sentado no sofá me esperando, assim que passei pela porta ele veio igual um bicho pra cima de mim segurando nos meus cabelos, e gritando que nem um louco. Rodrigo: tava fazendo o que, que não me atendeu sua filha da p**a ?.- ele fala pegando o meu celular na bolsa enquanto me segura. Bianca: eu estava ocupada, tive um paciente que demorou muito e precisou de cirurgia.- eu falo com ele que olha a tela do celular. Rodrigo: olha aqui, 32 ligações sua inútil do caralho.- ele fala batendo com o celular no meu rosto fazendo a tela trincar e meu rosto cortar, senti o sangue escorrer e tentei sair das mãos dele.- quando eu te ligar você tem que parar tudo o que está fazendo e me atender entendeu Bianca? Tô de saco cheio de você já sua filha da p**a. Bianca: então me deixa ir.- eu grito na cara dele que vira um tapa no meu rosto. Rodrigo: tá perdendo a noção das coisas c*****o, tu fala direito comigo, te deixar ir um c*****o, daqui a poucos meses eu vou assumir o lugar do meu pai no bope e vou ganhar bem, e aí você não vai mais precisar trabalhar, vai viver trancada dentro dessa casa Bianca: você não pode fazer isso, eu não vou largar o meu emprego, eu não estava fazendo nada, estava trabalhando pode perguntar pro seu pai, ele esteve na clinica. Rodrigo: eu sei disso, eu mandei ele lá, agora pensa que lindo, eu ter que mandar meu pai atrás de você porque tu não atende a p***a do celular. Bianca: eu estava trabalhando Rodrigo, achei que você estivesse de plantão. Rodrigo: e eu estava, por isso não consegui ir lá, agora sobe e vai lavar essa cara toda fudida aí que tá manchando o tapete de sangue.- ele fala me soltando e eu não penso duas vezes saindo dali e subindo as escadas, enquanto eu tomava banho eu ia pensando no que fazer e já está decidido, não salvei a vida homem em troca de nada, mais isso vai me ajudar de certa forma, porque agora eu preciso de ajuda pra me livrar desse louco e me livrar desse relacionamento toxico.
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