De volta a Itália

1247 Words
De volta a Itália Gregório Estava ansioso para voltar para a Itália, contava os minutos para voltar para a mulher que me odiava com todas as forças. Andreas Miller me ligou dizendo que gostaria de falar comigo pessoalmente, que já tinha a resposta do meu pedido de união e aliança. Era claro em sua voz o quanto estava irritado por ser pressionado a dar tal parecer. Andreas Miller não era do tipo que cedia, seu filho estava indo pelo mesmo caminho. Tenho certeza que meu futuro sogra estava com raiva, já planejava meu assassinato. Ele deve querer me matar em algum momento antes do casamento para não ter que me dar a sua filha como noiva. Uma tortura básica ou um tiro a queima roupa, esperava qualquer coisa de Andreas Miller. Mesmo sabendo que ele não teria como negar tal acordo que tinha proposto a ele, ainda assim, rondava sobre a minha cabeça a nuvem do pessimismo. Eu não tinha sorte, mesmo sabendo que “sorte” era um substantivo. Uma força invencível a que se atribuem o rumo e os diversos acontecimentos da vida; destino, fado. E não me sentia “sortudo” já fazia tempo, aliás, tem anos que acredito que a sorte não estava ao meu lado. Por isso ainda acreditava que iria receber um grande “não” na cara assim que colocar os pés na casa dos Miller. Com tais possibilidades, acreditava que tudo era possível de ser recebido daquela família. De Andreas Miller querer ver pessoalmente a minha cara de i****a ao receber a notícia. Lívia riu por mim por ser tão t**o a esse ponto. Eram tantas possibilidades que rondava a minha cabeça, e nenhuma certeza, que a cada minuto me irritava mais. Não ter controle absoluto da situação me fazia ficar irritado, querendo resolver tudo do meu jeito. Então organizei tudo na Alemanha, e voltei correndo para saber qual seria o veredito sobre a minha proposta. Não conseguia nem me concentrar direito em nenhum dos meus próprios negócios. Culpa dessa dúvida, era como se eu vivesse somente para esse casamento, como se eu vivesse somente pela resposta afirmativa de Lívia. O jatinho sobrevoava o céu com rapidez e agilidade, eu estava tempo demais perdido em meus pensamentos. Olho para meu subchefe, trouxe Caio comigo, nem ele estava aguentando o m*l humor de Cassandra, pediu pelo amor de Deus para vir comigo. Ele me afirmou que se fosse obrigado a ficar trabalhando com Cassandra mais um dia, ele a mataria com as próprias mãos. E isso vindo dele não se encaixa somente em uma ameaça dita da boca para fora, Caio cumpriria o que prometeu sem pensar duas vezes em como isso deve ser errado. E o mesmo queria também acompanhar de perto alguns possíveis clientes para as nossas armas, a clientela estava ficando importante e seleta. Eu estava modificando e melhorando os meus negócios, com a ajuda de Caio. Seria a máfia com as melhores armas a ser vendida, seriamos conhecidos com o melhor poderio de armas. - Está com fome? – Puxo assunto. - Não, já estamos quase chegando... – Caio era assim, prático e quase não me dava trabalho. Diferente da minha atual conselheira. Não gostava de deixar Cassandra sozinha tomando conta de tudo, mas precisava também de Caio comigo. Fora que depois que eu exigi que ela achasse um noivo, minha conselheira virou uma outra pessoa. Uma mulher amarga e reclamante, ninguém estava aguentando Cassandra e suas manias. Era estranho, sentia que eu não a conhecia mais. Eu nunca tinha visto Cassandra tão revoltada e reclamante de tudo que era feito, ela sempre era tão solicitada, mas agora, somente não reclama do ar, porque não tem com quem reclamar diretamente. - Que bicho mordeu a Cassandra? – Perguntei ao Caio que trabalhava em seu notebook. Precisava começar a atender o que estava acontecendo com a minha conselheira. - Não sei, mas desde que você anunciou que iria se casar com Lívia, e depois deu aquele fecho nela, a mulher surtou de vez! – Ele nem me olha, estava digitando algum balancete sobre o mês de vendas das nossas armas. - Cassandra não sabe nem disfarçar o seu mau humor. Eu já não sou gentil por natureza, então, me mantenho longe para não fazer besteira. Eu gostava muito do trabalho da Cassandra, claro que se ela está ao meu lado, muito se deve ao que o pai dela fez no passado. No entanto, ela era esforçada, ela sempre estava disposta a aprender, trocar figurinha e parecia estar gostando do seu novo cargo. Eu sentia que devia algo para a família dela, todos me ajudaram tanto nos meus tempos mais sombrios. Entretanto, não pude trocar gratidão por um alto cargo em minha máfia. Por isso ensinei tudo que sabia, ela era a minha melhor amiga também. A questão é que ela não pode querer tomar decisões e questionar tudo que eu quero fazer, eu ainda era a droga do chefe, a p*** do Dom. - Eu estou sendo até generoso com ela, deixei que ela escolhesse com quem queria casar. Todos têm que casar na máfia, não é algo que eu tirei da minha cabeça. É uma lei que existe antes dos meus avôs. Não entendo como ela pode ser tão chata, e me arrisco até a dizer que está sendo ingrata com as suas atitudes. Caio levantava os seus olhos do computador, parecia que ele tinha enxergado algo que eu não estava conseguindo ver ainda. Ele era bastante observador, ele deveria ter visto algo que eu não estou vendo. - Eu acho que Cassandra está escondendo algo, é como se ela estivesse escondendo os seus próprios sentimentos ou segredos. - Diz assim que terminar seu raciocínio. - Desde que você anunciou que vai se casar, Cassandra reclama de tudo. Vive falando m*l da sua noiva... - Ele me olha. - Ela odeia a sua noiva. – Não era uma constatação, era uma afirmação. Sua sinceridade me pegou desprevenido, Caio tinha o dom de me deixar sem palavra. Ele era um dos homens mais leais que eu tinha em meu comando, aquele que daria a vida por mim sem pensar duas vezes. Eficaz e silencioso, eu podia confiar nele a missão mais absurda e complicada que já existiu. Caio iria lá e fazia como somente ele sabe. No entanto, ele era muito fechado, mas observador. Se Caio está agora me dizendo que Cassandra mudou com a minha decisão de me casar com Lívia. Era algo preocupante, e se ela fala m*l da minha mulher, isso é um absurdo. - Tem certeza disso? Que ela fala m*l da Lívia? – Caio revira os olhos. – Okay, entendi...- Paro e me sinto um i****a. - Porr*! – passo a mão nos cabelos me sentindo um i****a. Caio me observar como se me entendesse. - Ela gosta de você! – Diz sem remorso. – Cassandra te ama, e está p**a por não ser a sua noiva. - Merda! Merda! Merda! – Bato na mesa irado. - Como eu posso ser tão i****a? Caio me olha como se já soubesse a resposta, mas não fala nada porque ainda sou o seu Dom. Obrigada pelas palavras de carinho e amor ❤️ Vou terminar os livros que já comecei, e vejo o que eu vou fazer da minha vida. No entanto, eu estou sim em outra plataforma, se quiser saber, me segue no i********: @dhaautora03. Lá vou anunciar as datas dos novos livros.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD