Capítulo 2

1633 Words
— Peter? Sou eu, abre a porta. Espero alguns minutos. Bato novamente. Quando vou b*******a terceira vez, um rapaz abre. — O Peter está? — Está dormindo. Acabei de trazê-lo do bar do prédio. — Eu vou m***r o Peter! Ahhh… A tarde toda ligando e ele não atende. Que d***a! – passei pelo rapaz e fui ao quarto dele. — Acho que vocês brigaram. Ele estava indo pra terceira garrafa de whisky. E chorava por uma tal de Olívia, que tinha o traído com o irmão dele, na casa dos pais dele… Desço as escadas novamente. — Você está me dizendo que Olívia traiu Peter com um moleque de 21 anos na casa que eles iriam morar? Eu vou m***r aquela c****a! Eu não acredito. Meu Deus! – sento no último degrau e fico olhando pro nada. O rapaz senta ao meu lado. — Você não é a namorada dele? — Olívia é… Era a noiva dele. c****a! Desculpe! – olho pra ele. — Sou Helena, funcionária e amiga do Peter. E você é…? — Sou Matheus, vizinho do andar de cima. Suspiro. — Me desculpe Matheus, eu estava preocupada com o Peter, ligo pra ele só dá caixa postal e você diz que ele estava no bar… Era pra termos nos apresentado ali na porta – sorrio pra ele envergonhada. — Não se preocupe. Que bom que você não é a Olívia – ele RI. — Bom… Vou pra casa. Qualquer coisa é só subir mais um andar. Boa noite Helena. — Obrigada por cuidar do Peter. Vou dormir no quarto de hóspedes caso ele tenha uma recaída. Acho q vou ter que esconder as bebidas da casa por hoje. — Então vou indo. — Boa noite Matheus. E obrigada de novo. Matheus fecha a porta e eu tiro os sapatos para ver Peter. Abro a porta de seu quarto. Ele está dormindo sem sapatos? Matheus foi um ótimo vizinho. Comprarei uma lembrança pra ele amanhã como agradecimento. Sigo para o quarto de hóspedes, ao lado do de Peter, tiro as roupas e vou tomar um banho. Provavelmente, amanhã não vamos ao Café. Ligo o chuveiro aproveitando pra lavar o cabelo e hidratar com os produtos caros de Peter. Shampoo caro no quarto de hóspedes? Eu não posso. Nem tenho quarto de hóspedes… Termino o banho, seco o cabelo com o secador que Peter deuxou pra mim aqui, essa já é a milésima noite que durmo aqui. Acho que somos mais amigos do que chefe e empregada. Ele é como um irmão mais velho, carinhoso, atencioso, chato, implicante, exigente, mas muito, muito cuidadoso. Peter cuida de todos os seus funcionários, se precisa de algo ele ajuda, se precisar de apoio ele está lá. Como Olívia conseguiu trair um homem tão bom assim? A distância não pode ser desculpa, se não Peter poderia traí-la com as clientes lindas e elegantes que deixam o numero pra conseguir esse homem. Não sei o que fazer pra Peter melhorar. Acho que só o tempo mesmo. Ele não vai esquecer, disso eu sei, pois foi com o irmão dele e sua noiva, não foi uma ficante ou namorada, foi traído pela noiva. Iam casar em Dezembro. Foram 4 anos juntos, em vão. Pelo menos ele não casou com ela ou descobriu essa m***a depois de ter se casado. Como ele descobriu? Amanhã vou fazer um suco de laranja e vamos ter uma conversa. Apago a luz já vestida pra dormir. Sempre deixo roupa minha aqui e na casa de Jeff, deito e lembro que não apaguei a luz. Reviro os olhos. Levanto e apago a luz. ♣♣♣♣♣ Acordo com um barulho na parede ao lado. Onde estou? Saí do Café e fui pra casa de Peter, vizinho de Peter trouxe Peter do bar porque bebeu todas por causa da vaca da Olívia. Lembrei. Estou na casa de Peter e preciso tomar banho para conversar com ele. Quinze minutos depois estou cheirosa e vestida. Desço as escadas, viro à direita e vou até a cozinha fazer um suco de laranja. Pego 2 analgésicos e 1 maçã, ponho na bandeja com o copo de suco pra Peter. Abro a porta devagar. Destruição, caos e desordem é o que temos pra hoje no quarto do meu amigo. Ele está sentado na cama com as mãos na cabeça. — Hey! Trouxe pra você remédio e suco – sento-me ao seu lado e mostro a bandeja. — Obrigado Ellie! Por que está aqui? Foi m*l pela bagunça, não estou num dia bom –. Afirmou. — Eu sei. Seu vizinho do último andar lhe trouxe pra casa ontem. Estava no mesmo bar que você. Desabafa comigo. Como você está se sentindo? – olho emseuu olhos e só vejo dor. Aliso sua mão, confortando-o. — Estou com raiva, Ellie. Magoado, puto, irritado. Como ela pôde fazer isso com nós dois. Os pais dela pagaram tudo pra ela ter um casamento de princesa que ela fez questão. Dizia que me amava, mas que os pais dela iriam pagar pelo casamento. Eu a amava. Eu sabia que a distância ia nos fazer ficar mais tempo separados, mas eu ofereci minha casa pra ela vir morar antes do casamento. Ela recusou várias vezes durante esses 2 anos de noivado.— Respira fundo e n**a com a cabeça.— Sempre dizia que só queria morar junto depois de casar, que queria passar mais tempo com os pais porque logo vinha morar comigo, que a gente aguenta só 2 anos—. Ele fica cada vez mais irritado e grita. — MENTIRA! TUDO MENTIRA! Ela estava desde o início do nosso noivado transando com meu irmão Ellie. Sabe o que são 2 anos vivendo em função de uma pessoa? Trabalhando muito apenas para viajar todos os finais de semana para vê-la? Mandar mensagem todo dia e ligar porque você se preocupa? Foram 2 anos de ilusão Helena. Ela nunca me amou –. Eu estou chorando com ele. Eles eram baixos, muito baixos. Eu apenas o deixei falar. Não tenho o que dizer. — Descobri Quinta-Feira de noite. Fui fazer uma surpresa pra ela, antes fui para casa de meus pais deixar a mala. Chegando lá vi o carro dela estacionado, mas o carro dos meus pais não estavam. Achei estranho, mas entrei. Ouvi barulho de coisas caindo no chão, pensei que tinham invadido a casa com ela lá – RI sem humor – quase morro de preocupação e quando abro a porta do quarto que era MEU, os filhos da p**a estavam fazendo s**o, na MINHA CAMA, NA p***a DO MEU QUARTO – ele levanta e bebe o remédio com o suco – Meus pais chegaram e viram o mesmo que eu. A c****a da Olívia de quatro e Daniel atrás dela. Minha mãe gritou. Foi somente aí que eles notaram nossa presença. Meu pai tirou meu irmão do quarto aos socos. Minha mãe chorava olhando a v***a tentando se cobrir com o lençol. E eu não consegui sair do lugar. Eu, Helena, eu estava em choque. Meu pai ligou para os pais dela, demorou pouco, chegaram. A filha deles do mesmo jeito que estava ficou. Eu não conseguia falar, tinha um bolo enorme na garganta me impedindo de perguntar o porquê. Minha mãe teve que tomar um calmante junto com a mãe de Olivia, meu pai e o pai dela se desculparam com todos que ligaram para cancelar o casamento. Ah!Ellie! Todos esperavam eu dizer algo, mas eu só dei um beijo na mamãe, um abraço no meu pai e saí pra dormir num hotel—. Ele deita na cama e me puxa para o lado dele. — Na manhã seguinte, depois de melhorar da ressaca dos calmantes que tomei, fui na casa dos meus pais pra avisar que voltaria pra São Paulo. Cheguei lá e encontrei todo mundo novamente. Adivinha? Mais uma surpresa… — Ainda tem mais? Eu não acredito! – Peter assentiu. — A filha da p**a está grávida do meu irmão, Ellie. GRÁVIDA! Cheguei na hora que ela disse que amava Daniel. Daniel disse que ele só gostava de f***r com ela e que o filho não era dele, que podia ser meu, e que como ela me traía com ele, era bem possível que ela tivesse mais de um amantes, afinal ele disse: “eu fodo com você e várias outras benzinho, você deve fazer o mesmo”. Ela tem 32 anos, Ellie, 32. Se ela me amasse nada disso teria acontecido. Meu pai teve que levar minha mãe para o hospital porque ela começou a ter sintomas de infarto, passei a manhã de sexta com ela. Não sei o que resolveram entre Daniel e Olívia, mas meu pai expulsou Daniel de casa. O cara tem 21 anos e faz uma molecagem dessa! Eu nem olhei pra Olívia. Depois que minha mãe melhorou, voltamos pra casa. Falei com eles que não tinha como o bebê ser meu porque nos últimos meses quase não fazíamos s**o, mas que quando chegasse a hora eu faria o teste de DNA. Então, eu peguei um táxi e fui pro aeroporto. Cheguei e fui direto pro bar do prédio, nem sei como parei em casa. — Pet, vá tomar um banho para relaxar o corpo. Volte e estará tudo limpo e arrumado, aí te conto como você chegou em casa—. Abraço ele forte e lhe dou um beijo na bochecha. —Quer ajuda para tirar a roupa? — pergunto balançando as sobrancelhas tentando fazê-lo rir. — Se quiser… – sorri sem humor. Odeio vê-lo assim. Suspiro e empurrou ele pro banheiro. Varro os cacos do vaso e do abajur, coloco tudo no saco de lixo, sacudo a cama e estiro os lençóis. Levo o lixo para a cozinha e guardo tudo.
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