Capítulo 4

2086 Words
Acho que se passou umas duas horas desde que eu sai da casa para correr. Paro na frente da mansão e decido me sentar na escadaria, faço uma leve massagem no meu tornozelo. Pra tentar aliviar a dor que estava naquela área. Meu pé ta doendo? Sim. É uma dor insuportável? Claro que não. Eu vou morrer? Pode preparar o funeral meu amigo. mais pelo menos eu coloquei um terço dos meus pensamentos em ordem. Isso mesmo um terço, ainda falta organizar duas partes de meus pensamentos. Quer dizer eu nem coloquei os meus pensamentos em ordens, tá tudo uma bagunça ainda. Eu nem sei porque digo que a corrida me ajuda, ela me distrai, assim como o vôlei. Eles me tiram do mundo real, me fazem esquecer oque está acontecendo a minha volta, me faz esquecer sobre a minha mãe e tudo que ocorre dentro da casa. Deixo isso de lado, Tudo oque eu realmente preciso agora é de um banho e da minha cama. Não quero me estressar pensando nessa coisas. Me levanto, mancando um pouco e ando até a porta a empurrando, e em seguida a tranco com a chave que tava na fechadura. Todos devem estar em casa Já, então eu subo direto pro me quarto tomando cuidado pra não fazer barulho. Entro no meu quarto e retiro o tênis enquanto tranco a porta. Acendo a luz do quarto e abro as cortinas que tampava a vista da parte de trás da mansão. Vou no meu closet e pego um short Jeans e uma blusa larga. Vou na minha gaveta e pego um conjunto de peças íntimas e vou para o banheiro. Tomo um banho e ao por as roupas eu escuto alguém Bater na porta do quarto. Arqueio uma sobrancelha. Ninguém bate na porta, sem ser a minha mãe. Solto o meu cabelo e o prendo novamente em um coque mais arrumadinho. Saio do banheiro e procuro o meu chinelo no quarto, e novamente alguém bate na porta e eu acho o chinelo em baixo da cama, o calço e olho pra porta. Se fosse a Daniella, ela já teria me gritado. – como sempre. Me abaixo no chão e tento ver o calçado da pessoa que está do outro lado da porta. Não dá pra ver. Quem é que foi que pois a porta tão estreita no chão, nem a sombra da pra ver direito. Me levanto do chão. Por que o ser humano não me chama? Não deve saber meu nome. Isso deve ser isso mermo Destranco a porta e em seguida a abro, vendo o filho de Marco. Pelo que minha mãe disse, é Tayler. O garoto estava encostado na parede do lado, e parecia estar impaciente. Até eu estaria, afinal quase dez minutos esperando – Diga – e assim que as palavras saiem, ele se desencosta da parede e me olha. Deve ter pensado que eu já estava dormindo e não iria levantar para atende-lo. – Marco mandou você descer. – Ele deu uma ênfase legal no mandou. Então tiro a conclusão que o garoto foi é obrigado a vir aqui. Depois Marco pergunta por o garoto não gosta dele – ele quer conversar com a gente. Assinto e entro de novo no meu quarto, deixo a porta aberta e pego o meu celular em cima do travesseiro. Se fosse pra aturar meu padrasto, que eu esteja com o meu celular pra me distrair. Saio novamente do quarto e fecho a porta, o Tayler já estava no final do corredor, quase descendo as escadas. Então eu vejo, o quão animado ele está para conversar com seu pai. Passo pelo corredor e começo a descer as escadas, indo em direção a sala. No últimos degrau eu vejo Marco e seu filho. Em Completo silêncio – Oque houve Marco? – me sento num dos sofás, e estico as minhas pernas. Marco continua no silêncio, então eu também fico. Mas estranho, o cara sempre tentava puxar assunto e fica quieto agora. Passa uns cinco minutos e meu padrasto continua ali, sem falar nada. Nem a respiração dele da pra escutar. Pego o meu celular e o desbloqueio, indo diretamente para o aplicativo de mensagens. Entro no do g***o da turma e finjo ler tudo, saio da conversa e entro na do meu pai. Pai Oi coisinha linda do papai. Cê tá bem? A Nicole quer saber que dia você vai vir aqui. Sua tia tá com saudades de você, filha. Quando tiver v*****e de responder, pode me mandar mensagem. Sempre tenho tempo pra você. Sorrio com a mensagem do meu pai. O Rodrigo realmente me conhece. Ele Sabe que eu só respondo quando eu quero. Ele me conhece melhor do que a minha mãe, a mulher que moro desde o meu nascimento. Me Oi Diz pra Nicole que eu só vou se ela fizer o meu bolo. Se não eu não vou kkk Levanto um pouco a cabeça e vejo que Marco ainda ta quieto. O filho dele, estava ao lado, mexendo no celular. E eu noto o quão parecidos eles são, quer dizer só nos olhos. Mas no jeito eles se parecem. Eu Já falei que eu não sei lidar com as pessoas? Pois é, eu não sei lidar. E a minha v*****e nesse momento é de jogar uma almofada na cara do me Padrasto. Me ajeito no sofá, ficando com a postura reta, cruzo as minhas pernas e fico olhando fixamente pro noivo da minha mãe. E observo como o corpo do mesmo fica tenso. Tá desconfortável é? Tô nem aí, não quer falar, que fique desconfortável. – Tem como falar logo, seja lá oque você quer? – Controlo o meu tom de voz, mas mesmo assim ela saiu um pouco rouca. – Não posso ficar a noite toda aqui esperando você falar, tenho aula amanhã. E nisso, ele me olha nos olhos. Com raiva, eu creio. Onde a minha mãe foi conhecer esse cara? Lá na loja de animais? – Oque você fez com a sua mãe? – Arqueio um sobrancelha sem saber do que ele tá falando. – Assim que você saiu, ela começou a querer te seguir. Falando que você a odeie. Pego o meu celular de novo, e começou a mexer nas redes sociais. – Se a sua mãe adoecer, você vai ser a culpada Nathallie. – E novamente, ele começa a falar. – Você não tem o direito de fazer isso, odeia ela por que? Porque ela te tirou do seu país e pensou na felicidade dela? Você não tem o direito disso. Olha pra ele e olho pro horário no painel do meu celular. Já ia dar dez e meia da noite. Tenho que acordar cedo amanhã. Me levanto do sofá, e passo pelo sofá onde meu padrasto tá, fingindo que não escutei nada. Esse é o jeito, pra não falar m***a pra ele. – vai fingir que não ouviu, vai ficar muda de novo. – Marco fala e eu continuo andando. Até ele gritar. – eu exijo que me responda. – Ah exige? – coloco o pé no primeiro degrau da escada. Eu tava evitando respondê-lo, pois a casa ainda é dele. Mas se der de ficar me enchendo o saco, gritando comigo. Nem meu Pai e Daniella gritam comigo – Você não é o meu pai pra exigir alguma coisa de mim. [...] Me mexo na cama ao sentir algo encostar na minha testa. Sem me importar, eu bato no ponto em que estava a parada que me encostou. E sinto a dor do meu t**a, bem no meio da minha testa. Mas não me levanto, só tiro um pouco mais a coberta do meu corpo. E novamente algo encosta na minha testa. Então bato mais forte. – Aí, c*****o. – massageio o local atingido e escuto uma risada. Feminina. Me viro e me cubro com o edredom. Risada? Feminina? Tô dividindo o quarto com alguém? E eu pensando que tinha um pernilongo na minha testa. Abro meus olhos e arqueio a sobrancelha ao perceber que eu não estava sozinha no meu quarto. Mais que d***a, eu não tinha trancado a porta? Tiro a coberta de cima de mim e vejo a Paloma no quarto. Paloma? Oque ela tá fazendo aqui? A garota segurava um copo de água vazio, apenas com uma pequena quantia de água dentro. – O Tayler pediu pra te acordar, cê vai com a gente hoje. Ela tá falando grego? Eu Sabia que deveria ter aprendido a língua dos Deuses. Tsc, dei mole. Mais que d***a. Me sento na cama e olho pro despertador, não era nem seis horas ainda. Será que é muito tarde pra desistir dos estudos? Não aguento mais, acordar cedo pra estudar. Jogo o meu corpo pra trás e passo a mão nos meus olhos. Com certeza os meus tapas me acordaram nem tô sentindo mais v*****e de dormir. Sei la, bateu uma v*****e de me jogar da ponte agora. – Como entrou? Pergunto para a lutadora e começo a piscar os olhos. Vontade de dormir de novo, v*****e de voltar pro tempo que eu estudava à tarde. Paloma se joga – literalmente – no meu sofá e eu fico olhando. Já que ela ainda estava com o tênis dela. Que o tênis não esteja sujo, por favor meu Deus. Oro mentalmente. Pois eu teria que lavar o sofá, já que eu não gostava de deixar as funcionárias terem trabalho com as coisas do meu quarto. E parecendo saber oque eu estava pensando, a lutadora retira os tênis – que não encostaram no sofá – e os atira de qualquer jeito no chão. – O Tayler disse onde ficava o seu quarto e o quarto tava destrancado. Devia tranca-lo quando for dormir – diz como se fosse a coisa mais normal de todas. Eu já disse que eubconheci ela ontem? – Você n******e ir a pé. É longe pra p***a. Me sento de novo na cama, e me levanto em seguida. Passo a mão no meu cabelo – solto – totalmente bagunçado. Por que eu fui cismar de dormir com ele solto? Vontade de ficar mais tempo no banheiro né? Deve ser isso. Estás a ficar mais burra pequena Nathallie. Puxo os fios do meu cabelo todo pra trás e o amarro em um coque – totalmente – bagunçado. – Pode descer se quiser, eu vou demorar. – Digo e começo a andar em direção ao closet e vejo ela se levanta do sofá e pega seus tênis com a mão e sai do meu quarto. Não era mais fácil ela ter posto o tênis e depois ter saído? Fico olhando pra porta com a sobrancelha arqueada, e sem mais nem menos... – Beijos – a lutadora aparece na porta do meu quarto e me manda um beijo – flor do meu jardim. E em seguida sai de novo. Que isso? Comediante? Vou até a porta e a tranco, vai que ela resolve voltar? Sigo na direção no banheiro. [...] – O Adrian volta hoje – Iih gente. Quem é esse? Observo Esther colocar o fone no ouvido – O que é uma grande e bela admiração. Ele só vem a partir da segunda semana de aula. Pego mais um biscoitinho do pote e fico mexendo no meu celular. Boto o biscoito na boca e começo a mastigar. – Duvido que ela vá hoje. – Yago diz rindo e eu olho pra ele e quando ele ameaça a olhar pra minha direção eu volto a atenção pro celular e pego mais um biscoito. – Aquele lá só vem se ele quiser mesmo. – Ele acabou de mandar mensagem, dizendo que está saindo de casa. – Tayler, diz e eu bebo um gole do suco de uva e vejo que todos se levantam da mesa e eu continuo na mesa e bebo mais um gole de suco. Mas que suquin bom, rapaz. – Vamos. Me estico pra pegar mais um biscoito e sinto olhos em mim. Pego uns cinco biscoitin pelo menos e olho na direção da galera. Eu sei que eles estão esperando eu levantar também, mas sei lá. – Tão falando comigo? – e nisso eu sinto a Paloma me puxar pra fora de casa. Iih eu em. Cadê minha mochila? Vejo Esther a carregando e ela me entrega em seguida – Obrigada. Dou uma mordida num biscoito e começo a andar em direção do carro de Tayler. Ele praticamente me obrigou a isso. Eu nem queria ir de carro.
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