Sofia ficou em silêncio, as palavras de Yuri ecoando na sua mente como uma melodia que ela não sabia se devia ou não acompanhar. A sinceridade dele era como um golpe, mas um golpe doce, que a fazia querer permanecer ao lado dele, mesmo quando uma parte de si não soubesse o que isso significaria. Ela puxou as mãos de volta, não para se afastar, mas para segurá-las contra o peito. O seu coração parecia uma tempestade contida, batendo tão forte que ela tinha certeza de que Yuri conseguia ouvir. O seu russo era doce, ele apenas não via aquilo. — Você me deixaria ir, mesmo que isso o deixasse triste? — a voz dela era quase um sussurro, carregada de uma mistura de curiosidade e incredulidade. Yuri desviou os olhos por um momento, um gesto raro para alguém sempre tão confiante. Quando voltou

