Sofia não se lembrava de como tinha chegado ao seu quarto, mas assim como das outras vezes ela pensava que tinha sido um dos seus seguranças. Naquele dia ela entrava mais tarde na universidade então resolve apenas escovar os dentes e ir tomar café de pijama mesmo, assim que ela sai do seu quarto os seus olhos se arregalam ao ver o homem a sua frente, e aquilo nem era a pior parte, ela sentia o seu ventre se contrai com o sorriso que ele tinha no rosto ao caminhar na sua direção.
Os olhos de Sofia examinam o peito de Yuri sentindo a sua boca secar, ele estava suado e sem camisa usando apenas um calção folgado e ténis, mas aquilo apenas servia para deixá-lo mais atraente aos seus olhos, e em parte para matar a curiosidade que ela sempre tinha tido sobre as tatuagens dele.
Ele se aproxima e fecha os seus braços em torno dela e ela sente o seu rosto se humedecer no suor que cobria a sua pele, e diferente do que ela esperava não estava achando aquilo nojento, pelo contrário, o cheiro de suor que ele exalava era diferente de tudo o que ela já tinha sentido, era masculino, puro e a fazia querer sentir mais daquele odor.
Sofia sentiu o calor irradiando do corpo de Yuri quando ele a puxou mais para perto, prendendo-a delicadamente contra a parede fria do corredor. O contraste da superfície gelada nas suas costas e o calor abrasador do peito nu dele fazia a sua respiração falhar. Ela ergueu os olhos, encontrando o olhar intenso de Yuri. Havia algo predatório e ao mesmo tempo carinhoso na forma como ele a observava, como se estivesse lendo cada pensamento e emoção que passava por sua mente.
— Yuri, o que você está fazendo? — Sua voz saiu trémula, quase um sussurro enquanto ela encarava aqueles olhos azuis que sempre a fazia perder o fôlego.
Ele não respondeu. Em vez disso, inclinou-se, o rosto perigosamente próximo ao dela. Sofia prendeu a respiração quando sentiu os lábios dele tocarem levemente a sua orelha, um arrepio subindo pela espinha. O calor da sua respiração parecia incendiar a sua pele, e ela apertou os punhos ao lado do corpo, tentando manter algum controle.
— Estou apenas... conversando com você, meu amor — murmurou ele, a voz rouca e cheia de provocação.
Antes que ela pudesse responder, os lábios de Yuri começaram a trilhar um caminho lento pelo pescoço dela, deixando pequenos beijos que enviavam ondas de calor por todo o seu corpo. A sensação era ao mesmo tempo torturante e deliciosa. Cada toque era calculado, cada movimento parecia uma promessa de algo mais, e Sofia sentia que estava perdendo o controle de si mesma.
Ela tentou dizer algo, mas as palavras se perderam em um suspiro longo e trêmulo quando os dentes dele roçaram suavemente a sua pele. Os seus joelhos fraquejaram, e ela precisou apoiar as mãos no peito dele, sentindo a firmeza dos seus músculos sob os dedos. Isso só a deixou ainda mais desconcertada.
— Você... você não pode fazer isso... — conseguiu murmurar, mas a hesitação na sua voz traía as suas palavras. Yuri ergueu o rosto, os seus olhos cravados nos dela, e sorriu com aquele sorriso que sempre fazia o seu coração bater descompassado.
— Não posso? — Ele inclinou a cabeça, fingindo curiosidade, enquanto os seus dedos percorriam suavemente o braço dela, provocando arrepios. — Então me diga para parar, Sofia. Apenas diga.
Ela abriu a boca, mas nada saiu. O coração dela estava tão acelerado que achava que ele podia ouvir. A tensão entre eles era palpável, e Sofia sabia que estava perdendo a batalha contra os seus próprios sentimentos. A sua mente dizia que deveria afastá-lo, mas seu corpo... o seu corpo ansiava por mais.
Quando Yuri percebeu que ela não diria nada, aproximou-se ainda mais, sua presença dominadora, mas ao mesmo tempo incrivelmente gentil. Ele inclinou o rosto, tocando a ponta do nariz no dela antes de sussurrar:
— Você quer que eu pare, Sofia?
Ela fechou os olhos, lutando contra as emoções que a consumiam. Cada fibra do seu ser parecia em conflito, mas, no fundo, havia uma verdade que ela não conseguia negar. Não, ela não queria que ele parasse. Sofia apenas desejava se perder nas sensações que ele lhe causava.
Yuri viu a hesitação dela se transformar em rendição, e isso o fez sorrir novamente. Ele sabia que estava invadindo cada barreira que ela havia construído, mas também sabia que não estava forçando nada. Estava apenas esperando que ela aceitasse o que ambos sentiam, mesmo que ela ainda relutasse em admitir.
Sofia sentiu o toque dos lábios dele novamente, desta vez mais lento e mais firme, como se ele quisesse marcar aquele momento. Ela não conseguiu evitar: um suspiro escapou, carregado de emoções que nem ela conseguia explicar. Era desejo, era raiva de si mesma por se render, era algo mais profundo que ela ainda não sabia nomear.
Ela abriu os olhos e encontrou os de Yuri. Neles, viu não apenas paixão, mas algo mais — algo que a deixava ainda mais vulnerável. Talvez fosse cuidado. Talvez fosse amor.
— Eu odeio quando você faz isso comigo — sussurrou, a voz quase inaudível. — Yuri sorriu novamente, mas desta vez havia um toque de ternura na sua expressão.
— Não, meu amor. Você odeia que não consegue resistir a mim — respondeu ele, baixinho, antes de inclinar-se novamente para beijá-la, desta vez nos lábios.
Ele estava certo, e o fato dela ter que admitir isso tocava em um ponto doloroso no seu peito. Nos últimos dias Sofia tinha evitado Yuri como uma praga, ela tinha medo do que ele causava no seu corpo e mente e achava que se afastando dele resolveria aquele problema, ela estava errada, e a prova estava bem diante dos seus olhos.
Yuri era fogo puro enquanto devorava a boca de Sofia sem pudor algum, ela podia sentir a ereção dele pressionar contra a sua barriga e geme com aquele contato, a suas mãos envolvem o pescoço de Yuri se pressionando contra ele, tudo o que ela desejava era aquele calor que emanava do seu corpo. As consequências? Ela lidaria com aquilo depois, no momento tudo o que lhe importava era o russo enorme pressionado contra o seu corpo.