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1073 Words
–Limpa a baba irmão!—Sarah debocha ao meu lado. –Tá chapano é?—Me faço de desentendido. –Meu amor, pra tu pegar ela de novo vai ter que ralar meu filho.—dá risada. –Quem ralar? Tá falando com quem? –Com quem mais amado?—debocha.–Perdeu uma cacheada daquela seu babaca. —Eu não perdi ninguém sua maluca.—bebo a minha cerveja.–Não se esquece que eu sou cachorro, tô nem aí pra essa garota sua louca. –Haram...sei... Ela sai dançando, em direção a amiga. A outra já tá aos beijos com um cara. Sarah que não me invente de sair pegando todo mundo nessa p***a. Ou eu vou ter que quebrar a cara demais um desgraçado. Sou super protetor em relação a ela mesmo. Não quero ver a minha irmã grávida e perdida, tendo um filho sem pai. Eu mato o desgraçado que engravidar ela um dia. ••• A festa ainda tá rolando, Sarah já tá quase bêbada. Me aproximo dela e a puxo pelo braço, do meio do povo. –Bora pra casa!—digo a arrastando pra fora do povo. Já tá quase todo mundo bêbado. Uns se agarrando, quase transando de um lado e outros botando as tripas pra fora. Eu só bebi, não usei droga hoje e já algo muito bom. Tô quase bêbado, mas não muito. Ainda aguento beber muito mais que isso. –Eu quero ficar...—diz rindo pro vento.–Larga de ser chato Lucca, me deixa curtir... –Tu nem tá curtindo nada e cala a boca que eu vou te levar pra casa. Eu vim de moto, não vai da pra levar ela nesse estado. Vai que ela se joga de cima da moto. –Aê menor!—chamo um menino que tava do outro lado da calçada. –Fala aê chefia.—faz toque comigo. –Manda a voz pra Arthur aí, chama ele aqui fora. –Já é. Ele chama no radinho e depois volta a olhar pra mim. –Já tá vindo. –Valeu aí cria.—faço joinha.–Leva meu robô lá em casa depois já é? –Demorô. Ele olha pra minha moto e dá um sorriso. –Tava quanto quando tu pegou ela?—toca no acelerador. –27.5K –Já deve ter subido de preço. –É, deve. Sarah resmunga ao meu lado,a todo custo tentando se soltar e voltar pra festa. Nem sei onde anda as amigas dela, deve tá fodendo pelos cantos. Arthur chega uns segundo depois. –Bebeu de mais não é priminha?—debocha de Sarah que tá sentada na calçada,de cabeça baixa. –Vai se f***r Arthur!—manda o dedo do meio pra ele que sorri ainda mais. –Olha a boca mocinha! –Ah vai tomar no cu na moral mermo. –Vou pegar teu carro pra levar ela em casa demorô?—aviso a ele. –Não pede mais não é?—cruza os braços.–É de mãe Joana? –Eu não vou comer teu carro não viado. –Cuidado!—joga a chave e eu pego antes que caia no chão.–Se tiver um arranhão eu levo a tua moto. –Aqui oh que tu vai levar a minha moto!—mando o dedo pra ele.–Bora logo Sarah! Ela se levanta e cambaleia, mas não chega a cair. –Tá bem aí pirralha?—pergunto ao ver ela mudar de cor, parece tá passando m*l ou algo assim. –Eu...eu...—ela não termina de falar quando se curva e começa a vomitar tudo. Viro o rosto ao sentir o fedor horrível. –Credo!—Ouço a voz de Pérola perto.–Tu bebeu um monte mesmo em mulher? Sarah não fala nada. Só continua a vomitar sem parar. Faz força até que para. –Eu nunca mais vou beber na minha vida.—diz limpando a boca podre com as costas das mãos.–Me leva embora aí mano. –Tu teve o que menina?—Gabriela chega acompanhada por um cara, não é o mesmo que ela tava de pegando lá dentro.–Que fedor! Tampa o nariz e faz cara de nojo. –Só eu que embebedei nessa merda?—ainda xinga se levantando, tonta. –Descontrolada! –A gente te avisou pra não misturar as bebidas, mas como sempre não escutou a gente.-Gabriela cruza os braços. –Bora logo! Sarah entra no carro depois de quase morrer de tanto bater a cabeça na porta. Se embola com o cinto e decide não colocar..Dirigo rápido até em casa. É quase 5 horas da tarde. –Bebeu de mais é menina?—minha mãe pergunta ao ver Sarah entrar em casa cambaleando. –Mãe eu quero morrer!—Se jogo no chão e começa a chorar. –Para de drama garota.—minha mãe revira os olhos.–Sobe pro quarto, toma um banho e vai dormir. Vou levar uma aspirina pra você depois. –Quando sou eu que chego bêbado, ninguém faz isso né mãe?—cobro. –Tu para de coisa viu? –É só a verdade sendo dita. Sarah se levanta e vai pro quarto. Agarrada ao corrimão sobe. –Vou voltar pra lá agora. –Vai voltar porque? Já não curtiu o que tinha pra curtir? –Tenho que devolver o carro de Arthur. –Eu sei essa de devolver carro... –Volta num pulo e volto no outro. –Não precisa ir não Lucca, mande uma mensagem pra ele vim buscar depois menino. Faço o que ela pede e mando mensagem pra Arthur. O menor que eu pedi pra trazer a minha moto chega e volta com o carro. Fico em casa, minha mãe fez bolo de chocolate pra mim, já que Sarah tava capotada no quarto. –Tá bom de mais em mãe.—como mais um pedaço. –Deixa pra tua irmã e teu pai. –Cadê o coroa? –Saiu com Lucas e Thiago. Não sei pra onde foi, é dessas coisas aí de vocês. A minha mãe não gosta tanto do que a gente faz, mas é impossível sairmos dessa vida. O que é do meu pai, vai ser meu, e isso não vai demorar. Cuidarei do morro, da minha casa, do lugar que eu cresci e vou morrer. Nunca vou desistir do povo que mora aqui.
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